Primavera do Leste / MT - Segunda-Feira, 15 de Dezembro de 2025

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Avô morre de Covid e família faz vaquinha para pagar R$ 188 mil em hospital



Uma família de Paranatinga (a 373 km de Cuiabá) vive o drama de, além de perder um familiar para a Covid-19, pagar uma dívida R$ 188 mil pelo custo da internação em UTI. Sem plano de saúde, a família recorreu a internação particular para tentar salvar a vida de José Ferreira Nascimento, de 86 anos, que não resistiu e veio a óbito no último sábado (19), depois de 19 dias internado no Hospital Unimed de Rondonópolis. Eles pedem ajuda em uma vaquinha virtual – clique aqui.

A dívida era para ter sido paga nesta terça (21), conta a neta de José, Thais Alves Borges, de 27 anos. Na manhã desta quarta (22), os familiares conseguiram adiantar o pagamento de R$ 20 mil, que foi arrecadado entre amigos e parentes. “Tinhamos que pagar pelo menos uma entrada por que eles estavam cobrando”, disse.

Com esse adiantamento, o Hospital Unimed deu um prazo de 15 dias a família para pagar o restante da dívida.

Thais explica que, após o quadro do avô piorar, eles procuraram ajuda médica, mas não havia leitos de UTI na cidade. O próprio secretário municipal de Saúde de Paranatinga disse que não havia vagas e que saída poderia ser a internação particular. Eles chegaram a voltar para casa, porém, com uma nova piora do idoso, eles o levaram até o Hospital Unimed de Rondonópolis, onde havia vaga.

“A gente teve que levar para [hospital particular para] salvar a vida dele. Não tinha outro jeito. Se fosser esperar pelo SUS, teria morrido assim que teria dado entrada. Não esperávamos que o valor chegasse a tudo isso”, conta Thais.

Depois de mais duas semanas, pouco antes de José vir a óbito, a Unimed já notificou os familiares da dívida – R$ 134 mil pelo custo da internação. Após 19 dias de UTI, o idoso não resistiu e veio a óbito no último sábado (19). A dívida foi atualizada para R$ 188 mil, mas a família “não tem condições de pagar tudo isso”.

Uma prima chegou a fazer uma vaquinha na internet. Até o momento foram arrecadados, pouco mais de R$ 9 mil. Thais também conta que recorre a ajuda por todos os lados. Já buscou a Prefeitura de Paranatinga, mas não teve resposta até o momento. Enquanto isso, a família vê outras formas de arrecadar o montante.

Fonte: RD News / Allan Pereira



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política

Zambelli renuncia após decisão do STF, e Câmara convoca suplente para assumir mandato


A decisão ocorre após o presidente da Câmara solicitar um parecer jurídico sobre a determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que anulou a votação do plenário

A Câmara dos Deputados oficializou neste domingo (14) a saída de Carla Zambelli (PL-SP) do Parlamento. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), comunicou que a deputada apresentou renúncia ao mandato, o que levou à convocação imediata do suplente Adilson Barroso (PL-SP) para assumir a vaga.

A decisão ocorre após o presidente da Câmara solicitar um parecer jurídico sobre a determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que anulou a votação do plenário que havia mantido Zambelli no cargo. O entendimento de Moraes, posteriormente confirmado por unanimidade pela Primeira Turma do STF, reafirmou a cassação do mandato, conforme já havia sido decidido anteriormente pela Corte.

Em nota oficial, a Câmara informou que a deputada comunicou formalmente sua renúncia à Secretaria-Geral da Mesa neste domingo. Diante disso, Hugo Motta determinou os trâmites administrativos para a posse do suplente.

Ao justificar sua decisão, Alexandre de Moraes classificou a deliberação do plenário da Câmara como inconstitucional, afirmando que houve violação aos princípios da legalidade, moralidade e impessoalidade, além de desvio de finalidade. Para o ministro, a Constituição é clara ao atribuir ao Poder Judiciário a competência para decretar a perda de mandato de parlamentares condenados criminalmente com trânsito em julgado.

Segundo o magistrado, nesses casos, cabe à Mesa Diretora apenas formalizar a perda do mandato, sem margem para decisão política. Moraes também ressaltou que o STF mantém esse entendimento há mais de uma década, desde o julgamento do mensalão, em 2012.


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