Primavera do Leste / MT - Domingo, 23 de Novembro de 2025

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Com 5 incêndios florestais em andamento, MT pode estender período proibitivo de queimadas



O período proibitivo de queimadas na zona rural, que teve início no dia 15 de julho e tem previsão de encerramento no próximo dia 30, poderá ser estendido por até um mês pelo governo estadual diante do longo período de estiagem e do número de ocorrências registradas pelo Corpo de Bombeiros.

Atualmente, Mato Grosso tem cinco incêndios florestais em andamento em unidades de conservação. Entre as áreas que ainda queimam estão o Parque Estadual Serra de Ricardo Franco, em Vila Bela da Santíssima Trindade, a 562 km de Cuiabá; a Reserva Particular do Patrimônio Natural do Sesc Pantanal, em Barão de Melgaço, a 121 km da capital; e a Área de Preservação Ambiental Cabeceiras do Rio Cuiabá, na capital.

De acordo com o comandante do Batalhão de Emergências Ambientais, tenente-coronel Paulo Barroso, a estiagem prejudica o trabalho do Corpo de Bombeiros.

“Nesse período longo de estiagem, a umidade gira em torno de 20% e 30%. Isso potencializa a severidade dos incêndios florestais, dificultando o combate, o controle e a extinção dos incêndios”, disse.

Este ano, Mato Grosso registou aumento de 5,67% no número de incêndios florestais, quando comparado com o mesmo período do ano passado. Porém, se comparado com os outros nove estados que integram a Amazônia Legal, o estado tem queimado menos este ano.

Segundo o tenente-coronel Barroso, de julho até o dia 10 de setembro, os bombeiros foram acionados para apagar 1.680 queimadas florestais, mas, por falta de equipe, conseguiu atender apenas 582 chamados.

 Diante desse cenário e dependendo das condições do tempo, o vice-governador e secretário estadual de Meio Ambiente (Sema), Carlos Fávaro (PSD), disse que poderá estender o período proibitivo na zona rural até o dia 30 de outubro. Vale ressaltar, porém, que na zona urbana as queimadas são proibidas o ano todo.


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Casa demolida sem ordem judicial: morador de 45 anos perde moradia após ação da associação do Assentamento Vale Verde


O drama vivido por Ronildo Cardoso Ventura, 45 anos, morador há mais de 13 anos no Assentamento Vale Verde, tomou proporções alarmantes após a demolição completa de sua residência no último sábado, dia 22. A ação foi realizada sem qualquer ordem judicial, utilizando — segundo testemunhas — recursos financeiros da própria associação de moradores.

 

A demolição foi autorizada pelo presidente da associação, Eliseu Barbosa Souza, que afirma que Ronildo estaria em débito com a entidade e, por isso, teria concordado em devolver o imóvel e o lote. No entanto, a defesa de Ronildo sustenta que nenhum processo judicial existe e que o documento apresentado pela associação não possui reconhecimento em cartório.

 

Há ainda um agravante: Ronildo afirma que assinou o papel sob efeito de álcool, sem plena consciência do conteúdo, e que o documento foi levado até ele por um morador conhecido como Madrugada. A situação levanta questionamentos sobre a validade e a legalidade desse suposto acordo.

No dia da demolição, uma pá carregadeira teria sido contratada com dinheiro da associação, demolindo completamente a casa onde Ronildo viveu durante mais de uma década. Desde então, ele está desabrigado, vivendo de favor em casas de amigos e vizinhos.

 

Sentindo-se ameaçado e injustiçado, Ronildo registrou boletim de ocorrência e conta agora com centenas de assinaturas de moradores que confirmam seu histórico e sua permanência no local. Os documentos serão encaminhados às autoridades na tentativa de reverter o que seus apoiadores classificam como uma violação flagrante de direitos.

 

O caso expõe um embate delicado dentro do assentamento e levanta preocupações sobre abuso de poder, coerção, insegurança jurídica e violação do direito à moradia — princípios protegidos pela legislação brasileira.

 

As investigações devem avançar nos próximos dias, enquanto Ronildo tenta reconstruir, ao menos emocionalmente, o que perdeu em minutos.


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