Primavera do Leste / MT - Quinta-Feira, 20 de Novembro de 2025

HOME / NOTÍCIAS

Região

Homem que trabalhava ilegalmente como dentista é flagrado atendendo paciente



Homem que atuava ilegalmente como dentista é detido em flagrante atendendo paciente em Cuiabá — Foto: Polícia Civil de Mato Grosso/Assessoria

Homem que atuava ilegalmente como dentista é detido em flagrante atendendo paciente em Cuiabá — Foto: Polícia Civil de Mato Grosso/Assessoria

Um homem que exercia ilegalmente a profissão de dentista foi detido ao ser flagrado atendendo um paciente em uma clínica, no Bairro Novo Paraíso, em Cuiabá.

A situação ocorreu nessa quinta-feira (13). O suspeito, que tem 41 anos, é auxiliar de protético e não tem formação como dentista.

O falso dentista foi alvo de uma operação da Delegacia Especializada do Consumidor (Decon), do Conselho Regional de Odontologia (CRO) e do Procon Municipal.

Policiais e fiscais encontraram materiais e prontuários com o falso dentista em Cuiabá — Foto: Polícia Civil de Mato Grosso/Assessoria

Policiais e fiscais encontraram materiais e prontuários com o falso dentista em Cuiabá — Foto: Polícia Civil de Mato Grosso/Assessoria

Ele foi interrogado na sede da Decon, em Cuiabá, e responderá a Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por exercício ilegal da profissão. Depois do depoimento, o suspeito foi liberado.

A operação de fiscalização do exercício profissional de odontologia teve início após o CRO receber informações sobre um consultório em que o auxiliar de protético atuaria como dentista.

Com base nas informações, os policiais da Decon, os fiscais do Procon e agentes do CRO foram até a clínica. Eles onde encontraram o suspeito no momento em que atendia um paciente, sem nenhum dentista profissional no local.

Homem foi flagrado atendendo um paciente em uma clínica, no Bairro Novo Paraíso, em Cuiabá — Foto: Polícia Civil de Mato Grosso/Assessoria

Homem foi flagrado atendendo um paciente em uma clínica, no Bairro Novo Paraíso, em Cuiabá — Foto: Polícia Civil de Mato Grosso/Assessoria

Questionado se possuía diploma de odontologia, ele informou que trabalhava com uma dentista, não era graduado na profissão e que apenas tinha qualificação de auxiliar de prótese dentária, com registro em Santa Catarina. No entanto, ele disse ter perdido o registro há muito tempo.

No local foram apreendidos três receituários sem o nome completo e o número de inscrição do CRO.

Ainda no interrogatório, ele disse que fazia orçamentos para clientes da clínica e declarou que não sabia que não podia atuar em procedimentos mais simples da área de odontologia.

Fonte: G1 Mato Grosso



COMENTÁRIOS

0 Comentários

Deixe o seu comentário!





*

HOME / NOTÍCIAS

política

Demarcação de terras indígenas em MT: após novos decretos, AMM e entidades vão ao STF cobrar segurança jurídica


Preocupados com o impacto das novas demarcações de terras indígenas em Mato Grosso, o presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, Léo Bortolin, levou a Brasília uma pauta de emergência em defesa dos municípios. Ao lado de representantes do agro e do Legislativo estadual, ele participa de reunião com o ministro Gilmar Mendes, nesta quinta-feira (20/11), feriado da Consciência Negra, no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a comitiva, os decretos publicados nesta semana geram insegurança jurídica para prefeituras, produtores rurais e para a economia de Mato Grosso.

 

As entidades questionam decretos assinados nesta semana pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que homologam a demarcação das terras indígenas Manoki, Uirapuru, Estação Parecis e Kaxuyana-Tunayana. Ao todo, são cerca de 2,45 milhões de hectares distribuídos entre Pará, Amazonas e Mato Grosso. Com essas homologações, chega a 20 o número de territórios indígenas confirmados desde 2023, de acordo com a Casa Civil.

 

Em Mato Grosso, as novas demarcações atingem diretamente áreas produtivas nos municípios de Diamantino, Campos de Júlio, Nova Lacerda, Conquista D’Oeste e Brasnorte. Prefeitos e produtores já vinham manifestando preocupação com o avanço de processos de demarcação e revisão de limites territoriais. “O que está em jogo em Mato Grosso não é um debate abstrato. São prefeituras que podem perder parte importante da receita de uma hora para outra, sem tempo de adaptação e sem diálogo. Os prefeitos estão inseguros, os produtores apreensivos. Nosso pedido é por segurança jurídica e previsibilidade”, afirma o presidente da AMM, Léo Bortolin.

 

Em cidades como Brasnorte, a ampliação da Terra Indígena Manoki atinge propriedades rurais consolidadas e pode reduzir de forma significativa a base de arrecadação do município. O prefeito de Brasnorte, Edelo Ferrari, destaca o impacto direto nas contas públicas e nos serviços prestados à população. “Se essa ampliação for mantida, o município vai perder arrecadação e ter que cortar serviço. Não estamos falando só de fazenda, estamos falando de escola, saúde, estrada. Para Brasnorte, o prejuízo é enorme e muito difícil de reverter”, aponta o prefeito.

 

Para o presidente da Aprosoja Mato Grosso, Lucas Costa Beber, muitos produtores rurais foram pegos de surpresa pelos decretos de demarcação. “Tem assentamento, área com CAR e famílias que estão há muitos anos na mesma região. O produtor olha para o decreto e pensa: tudo o que construí está em risco? Isso é uma insegurança jurídica enorme”, avalia.

 

Vilmondes Tomain, presidente da Famato, ressalta que a pressão não recai apenas sobre o setor produtivo, mas também sobre os gestores municipais. “Essas áreas não são só números em mapa. São municípios inteiros tentando manter serviço público funcionando, enquanto produtores se sentem vulneráveis com medo de perder o patrimônio de uma vida. Precisamos de responsabilidade e equilíbrio”, diz.

 

A deputada estadual Janaína Riva avalia que o diálogo com o ministro Gilmar Mendes é essencial para levar a realidade mato-grossense ao centro do debate no STF. “O ministro foi receptivo e conhece o estado. Quando explicamos que um município pode perder até 20% de receita, fica claro que não se trata apenas de discutir limites, mas de discutir a continuidade dos serviços para a população”, afirma a parlamentar.

 

Como encaminhamento, ficou definido que, já na próxima segunda-feira, a AMM e as demais entidades envolvidas irão se reunir para protocolar uma ação com o objetivo de suspender todos os processos que tratem de novas demarcações ou remarcações de terras indígenas envolvendo Mato Grosso, tanto na esfera administrativa quanto na judicial. A intenção é garantir segurança jurídica até que haja maior clareza sobre critérios, procedimentos e impactos para os municípios e para a economia do estado.

 

Participaram da reunião com o ministro Gilmar Mendes o presidente da AMM, Léo Bortolin, o deputado estadual Eduardo Botelho, a deputada estadual Janaína Riva, o prefeito de Brasnorte, Edelo Ferrari, o presidente da Aprosoja Mato Grosso, Lucas Costa Beber, e o presidente da Famato, Vilmondes Tomain.

Assessoria


Antenado News