Primavera do Leste / MT - Sexta-Feira, 09 de Maio de 2025

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Doenças ligadas à falta de saneamento geram custo de R$ 100 mi ao SUS



As internações hospitalares de pacientes no Sistema Único de Saúde (SUS), em todo o país, por doenças causadas pela falta de saneamento básico e acesso à água de qualidade, ao longo de 2017, geraram um custo de R$ 100 milhões. De acordo com dados do Ministério da Saúde, ao todo, foram 263,4 mil internações. O número ainda é elevado, mesmo com o decréscimo em relação aos casos registrados no ano anterior, quando 350,9 mil internações geraram custo de R$ 129 milhões.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cada dólar investido em água e saneamento resultaria em uma economia de US$ 4,3 em custos de saúde no mundo. Recentemente, organizações ligadas ao setor privado de saneamento, reunidas em São Paulo, reforçaram a teoria da economia produzida por este investimento. Pelas contas do grupo, a universalização do saneamento básico no Brasil geraria uma economia anual de R$ 1,4 bilhão em gastos na área da saúde.

No mesmo evento – Encontro Nacional das Águas – os representantes das empresas apontaram que dos 5.570 municípios do país, apenas 1.600 têm pelo menos uma estação de tratamento de esgoto e 100 milhões de brasileiros ainda não têm acesso à tratamento de esgoto.

Atualmente, de acordo com o Instituto Trata Brasil, apenas 44,92% dos esgotos coletados no país são tratados. O Brasil tem uma meta de universalização do saneamento até 2033. Este objetivo previsto no Plano Nacional de Saneamento Básico, representaria um gasto de cerca de R$ 15 milhões anuais, ao longo de 20 anos. E este é um dos desafios para os governantes a serem eleitos em outubro.

A reportagem da Agência Brasil visitou Maceió, capital de Alagoas, cidade onde o percentual de coleta de esgoto é 11 pontos percentuais inferior à media do país (51,9%).

Maceió

Quem chega a Maceió logo se deslumbra com azul do mar e a simpatia dos moradores. Mas, basta um olhar mais atento em direção oposta à praia para concluir que o deleite visual produzido pela natureza disputa espaço com canais de esgoto a céu aberto. O mais grave é que grande parte dos dejetos, que corre ao longo de rios e riachos e cruza diversos bairros da cidade, acaba desaguando no mar.

“Temos praias lindas, mas nós não usamos porque sabemos que são bem poluídas. Temos a Lagoa Mundaú, dentro da cidade, e correndo para ela que tem vários braços de rios e riachos que, inclusive passam por bairros nobres, e todos servem para despejo de dejetos e lixos das casas”, lamentou a advogada Rita Mendonça.

Alagoana e atuante em direitos humanos, Rita reconhece que foram feitos investimentos na área de saneamento, mas a população cresceu em velocidade desproporcional aos recursos aplicados. Outro alerta recai sobre a falta de conscientização dos próprios habitantes. “As pessoas jogam lixo nesses rios e riachos porque não podem esperar o lixeiro passar. E todos desembocam no mar”, lamentou.

A realidade para quem vive o dia a dia na capital alagoana tem reflexos que vão além da balneabilidade das praias urbanas. Na economia, famílias que já vivem em situações mais precárias e dependem da pesca do sururu correm o risco de terem a fonte de renda comprometida. Em 2014, o molusco, largamente encontrado nas regiões lacustres de Alagoas em função dos encontros de água doce e salgada, foi registrado como patrimônio imaterial do estado. Moradores, agora, relatam e lamentam a redução do volume pescado em decorrência da poluição da água.

Saneamento básico em Maceió
Em Maceió, moradores reclamam que esgoto e lixo ficam a céu aberto – Carolina Gonçalves/Agência Brasil

 

O comércio é também alvo do problema. Empresária e dona de uma loja de roupas no bairro da Jatiúca, Vanessa Taveiros, aponta para o esgoto que corre ao lado de um dos restaurantes mais badalados de Maceió. “Já foram feitas várias denúncias e nada é feito. Quando chove, tudo fica alagado, tem ruas aqui na Jatiúca que nenhum carro passa e os lojistas ficam sem vender porque fica tudo interditado”, disse.

Na saúde, os problemas relacionados ao saneamento aparecem em números de sete dígitos. Segundo o Ministério da Saúde, em todo o estado, ao longo de 2017, foram gastos mais de R$ 2,2 milhões com 5.183 internações no SUS de pacientes com doenças ligadas à falta de saneamento básico e acesso à água de qualidade. No mesmo ano, em todo o país, o total de gastos com este tipo de internação somou R$ 100 milhões.

O rol dessas doenças inclui desde diarreias e problemas dermatológicos até infecções mais graves, cólera, sarampo, além do agravamento de epidemias, já que a exposição do esgoto a céu aberto aumenta condições para a proliferação do mosquito transmissor de dengue, chikungunya e zika.

Maceió não é uma cidade planejada e é possível ver que o problema do saneamento afeta todas as classes econômicas. Algumas ruas começam na praia, como na Jatíuca, com prédios e casas visualmente de classe média alta, e terminam em trechos extremamente pobres. O despejo de lixo nos rios e riachos é feito por parte da própria população, mas também é parte dos alagoanos que lamenta os efeitos dessa prática.

Saneamento básico em Maceió
Capital alagoana sofre com a falta de saneamento básico – Carolina Gonçalves/Agência Brasil

“Não vou esquecer nunca. A gente saia da escola e vinha direto para a Praia da Avenida. Era aqui que passávamos os finais de semana com a família também. Agora é impossível”, lamentou o taxista, de 54 anos, que não quis se identificar. Segundo ele, até dejetos de um hospital foram lançados pelo canal que desemboca na praia que faz parte de seu imaginário.

A concessão dos serviços de saneamento é da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) que, em função do período eleitoral, preferiu não conceder entrevistas. Em nota enviada à Agência Brasil, assessores informaram que, dos 102 municípios do estado, a Casal opera em 77. Desses, 12 têm rede coletora de esgoto, incluindo Maceió. Em vários municípios do interior, existem obras de implantação de rede da Funasa e da Codevasf, que são órgãos federais. “Somente após a conclusão dessas obras é que os sistemas são entregues para a Casal operar”, destacaram os assessores.

De acordo com o Ministério das Cidades, estão previstos no orçamento investimentos da ordem de R$ 277 milhões para a capital alagoana. Esse total inclui desde abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos e estudos e projetos. “Já foram concluídos 5 empreendimentos, no valor de R$ 76,5 milhões, beneficiando 83,8 mil famílias”, informou a assessoria do órgão.

Ainda diante de números produzidos pela pasta – divulgados pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) – em 2016, 96,2% da população de Maceió foram atendidas com rede geral de abastecimento de água e 40,3%, com coleta de esgoto, “independentemente de existir tratamento”. Com relação ao total da população representada pelos municípios que responderam ao SNIS no ano de referência, Maceió tem o índice de abastecimento de água superior à média do Brasil (93%) e índice de atendimento total de esgoto 11 pontos percentuais inferior ao do país (51,9%).

Fonte: Agência Brasil



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cidade

Sinfra de Primavera do Leste conclui restauração de importante via do Distrito Industrial


Secretaria de Fazenda

Anteriormente, o local estava tomado por grande buraco, onde se acumulou um grande volume de água da chuva e lama

COORDENADORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL – 07/05/2025

 

A Secretaria Municipal de Infraestrutura (Sinfra) de Primavera do Leste conclui na tarde dessa quarta-feira (7) a restauração do asfaltamento da Rua Eudevir Viecilli, no Distrito Industrial, que é uma via bastante movimentada e dá acesso à bairros importante da cidade. Anteriormente, o local estava tomado por grande buraco, onde se acumulou um grande volume de água da chuva e lama, que chegou inclusive a provocar acidentes de trânsito e colocava a integridade dos veículos e condutores em risco.

 

O serviço feito a pedido do prefeito Sérgio Machnic, que esteve pessoalmente no local e se comprometeu a agilizar uma solução rápida e duradoura para o problema. “A situação estava de um jeito que não dava para continuar. Tinha uma enorme poça de água suja com lama que estava causando acidentes e gerando insegurança e prejuízos para a população. E o problema já vinha se arrastando a muito tempo”, declarou o gestor.

 

De acordo com o secretário Victor Diniz, titular da Sinfra, o problema era causado pela falta de manutenção preventiva e agravado pela falta de condições para o escoamento da água das chuvas, que acabavam por acumular no local. “O asfalto não resiste à água parada em cima dele, acaba com a sua durabilidade. Esse trabalho que fizemos consiste em retirar todo o borrachudo” como chamamos, que é o resto do pavimento antigo e refazendo toda a sua base e sub-base, para que seja um trabalho que dure por muito tempo”, explicou.

 

Ainda de acordo com o secretário, foram usados materiais de qualidade para que o novo asfalto feito no local dure por bastante tempo. “A gente tem que dar sustentabilidade, tem que ter uma um reforço, porque senão ele não tem resistência. Por isso que a gente faz esse trabalho que é demorado mesmo, mas que é mais duradouro. As pessoas que usam essa avenida estavam correndo risco, pois ao desviar dos buracos, em especial um buraco bem grande, corriam o risco de colidir com algum veículo que viesse na outra direção”, completou Diniz.

 

O resultado do trabalho foi comemorado pelo pequeno empresário Maxley Peres dos Santos, que tem uma borracharia em frente ao local onde ficava o maior dos buracos. “Esse buraco tem praticamente um ano, já vem da gestão anterior e a gente vinha brigando para resolver. Tinha gente que caía dentro, se machucava, quebrava o carro. Agora ficou 100%, o pessoal que trabalhou aí está de parabéns. Toda a equipe está de parabéns externou.

 

Ele lembrou que o prefeito Sérgio Machnic esteve pessoalmente no local e prometeu para ele que mandaria resolver a situação, o que de fato aconteceu. “Ele esteve aqui no sábado e hoje é quarta-feira e o problema já está resolvido. Agora é vida nova agora, é outro tipo de vida de agora em diante. Eu estou surpreso com a agilidade e com a qualidade com que o serviço foi feito. Eu só tenho que agradecer ao prefeito e à equipe dele”, concluiu Maxlei.


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Região

Alunos da escola militar fazem visita técnica a setores e departamentos da prefeitura


Gabinete do Prefeito

A visita faz parte das atividades da matéria de Recursos Humanos do curso de Administração da instituição de ensino

Um grupo de alunos da Escola Técnica Estadual Militar Tiradentes Welito Pereira Duarte esteve visitando na manhã dessa quarta-feira (7) os setores e departamentos da Prefeitura de Primavera do Leste. A visita faz parte das atividades da matéria de Recursos Humanos do curso de Administração da instituição de ensino e o objetivo foi proporcionar a vivência na prática daquilo que eles aprendem na teoria em sala de aula.

 

 

De acordo com o Sargento Wagner, que faz parte da Coordenação Disciplinar da Escola Tiradentes, a visita técnica tem o objetivo de complementar o aprendizado da turma de estudantes. “Esses alunos fazem parte de uma turma do segundo ano do ensino médio e eles fazem curso técnico em Recursos Humanos e eles estão aqui na prefeitura fazendo essa visita técnica porque para nós isso é importante, porque todo aprendizado contribui com a sua formação. Eles estavam bastante ansiosos e curiosos para saber como tudo funciona por aqui e fazendo perguntas e estão conhecendo um pouco do que eles podem enfrentar futuramente nas suas carreiras profissionais”, apontou.

 

Para a professora Vânia Macedo, que ministra a disciplina de RH para a turma, a visita contribui muito com a formação dos alunos como futuros profissionais da área. “Hoje eles estão visitando setores aqui da prefeitura porque eles estão estudando nesse bimestre gestão de cargos, benefícios e salários. Então achei pertinente trazer eles aqui prefeitura para conhecerem todos os setores, os departamentados. Eu vejo que eles estão contentes e curiosos, principalmente no aspecto principal que é o RH”, afirmou.

 

Ela destaca ainda a importância do contato direto com aquilo que aprendem na teoria em sala de aula. “O curso deles é técnico, o que exige que tenham conhecimento técnico. Quando eles veem a coisa acontecendo na prática, ajuda no aprendizado. A teoria é importante, mas a prática também é importante. Até porque no meio deles podem ter alguns que futuramente podem ser servidores da prefeitura, trabalhando aqui nos setores”, completou.

 

A educadora contou ainda que a recepção por parte dos servidores municipais foi a melhor possível e todos foram muito bem recebidos nos diversos setores e departamentos por onde passaram.

Fazendo parte do grupo, o estudante Murilo Henrique Silva Leite se mostrou impressionado com o que viu. “Eu estou achando bem intuitivo, principalmente para a gente adquirir um pouco mais de conhecimento, porque além da parte teórica a gente está entrando em contato com a parte prática, onde os trabalhadores estão no seu dia a dia. O que eu acho que é benéfico para nós que estamos cursando o RH e confesso que está superando as minhas expectativas, que era um pouco abaixo. Mas quando eu cheguei aqui eu vi que é tudo bem organizado, vi que é um trabalho em equipe e dá para perceber que cada setor é interligado”, concluiu.

 

A visita técnica foi encerrada no gabinete do prefeito Sérgio Machnic, onde os estudantes foram recepcionados pela secretária Chefe de Gabinete Carol Donin, que explicou as atribuições da sua pasta e enalteceu a visita. “É sempre muito bom quando os jovens cidadãos vêm conhecer de perto o nosso trabalho e aprender mais sobre como funciona a prefeitura. Eles estão de parabéns e agradeço a todos pela visita”, externou.

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