Primavera do Leste / MT - Segunda-Feira, 25 de Novembro de 2024

HOME / NOTÍCIAS

geral

A construção da notícia sem a ótica do jornalismo



Da Redação

A Definição de Sensacionalismo segundo o dicionário Aurélio: 1.Divulgação e exploração, em tom espalhafatoso, de matéria capaz de emocionar ou escandalizar. 2. Uso de escândalos, atitudes chocantes, hábitos exóticos, etc. Com o mesmo fim. 3. Exploração do que é sensacional na literatura, na arte etc.

No livro de Danilo Angrimani, Espreme que sai sangue, ele ressalta que a imprensa sensacionalista, servem mais para desviar o público de sua realidade imediata do que voltar-se a ela. Com essa reflexão, não é difícil se voltar para os veículos de comunicação de nossa cidade, de nosso estado ou País, que tem essa prática, de utilizar uma notícia como um produto em que se comercializa a informação.

O Fait divers tem como nutrientes as lendas e crenças, política, economia, pessoas e animais, entre outros. A narrativa destas notícias sensacionalistas, transportam o leitor, é como se ele estivesse lá. Exemplifica-se esses termos para contextualizar o que alguns veículos de comunicação, tem utilizado, e neste caso aqui citado, com as notícias de política.

Recentemente um site de notícias de Rondonópolis tem utilizado o formato sensacionalista para soltar notícias políticas no município de Primavera do Leste. A caracterização do jornalismo praticado, além de utilizar todas as faces do sensacionalismo, também se conduz pela possível negociação da notícia. Outra característica é na construção da notícia, em que não se ouve as partes antes de publicar, favorecendo só uma versão e a única forma que as pessoas citadas envolvidas têm para esclarecer os fatos é por meio de uma nota como direito de resposta.

Este site Rondonopolitano publicou uma notícia dizendo que vereadores da Câmara de Primavera do Leste nega acesso a informações. No texto é dito que por meio de uma denúncia de um cidadão primaverense, em que o mesmo pede explicações em relação a uma viagem em que vereadores participaram de um curso de formação legislativa,e as informações não foram obtidas. O cidadão solicita cópias de passagens áreas e do contrato de aquisição do curso. Com um linguajar chulo, construiu-se uma notícia que não respeita os critérios de noticiabilidade, e assim o site colocou no ar.

Primeiramente o jornalista quando se torna graduado, após um estudo de quatro anos, é aprendido quanto seus princípios, sua ética e moral. Ocorre que em nossa sociedade este profissional que utiliza do sensacionalismo, na maioria das vezes não passou por uma formação acadêmica, e o intuito muitas vezes é meramente comercial, ou querendo sempre tirar proveito de alguma situação. Não há como confiar em um site que se intitula jornalístico, mas que atua com fofocas, difamações, sem respeitar os critérios de notícia.

Desta maneira, ainda sobre a notícia, citada acima, o jornalista para escrever uma denúncia como esta tem que primeiramente priorizar o interesse coletivo, e não individual. Assim teria que entrar no portal da transparência para saber se todas as informações do curso estão descritas, como passagens áreas, valores de diárias e também o valor do curso e seu objetivo. Após esse procedimento, o jornalista entraria em contato com a Casa de Leis, para saber como descreve o regimento interno em que o legislador teria ou não o direito de acesso a cursos. E para finalizar, o jornalista teria que entrar em contato com todos os vereadores que estão citados no documento para ouvir cada um e assim descrever o fato. Ou por fim, o jornalista faria um artigo de opinião com abordagem ampla sobre o caso, exemplificando: como funciona a participação do legislativo em cursos? O poder legislativo destina valores para que o vereador se qualifique? Para o cidadão, esses cursos traz melhoria com projetos de lei e indicação para o município?

A falta de visão jornalística e perceptiva na construção da notícia é nítido neste caso e em outros, e tem se tornado cada vez mais comum a prática do sensacionalismo político por essa imprensa que denominamos como imprensa marrom, imprensa amarela, sensacionalista, entre outros nomes que a disciplina de gênero jornalístico e outras, explicam muito bem na universidade.

O vereador Luis Costa (PR) que é um dos legisladores citados na notícia, tem sofrido uma série de ataques por meio desta imprensa marrom, que desde o ano passado, por ter sido candidato a Deputado Estadual, contrariando muitos políticos e grupos políticos, tem tido seu nome frequentemente citado em redes sociais e sites de notícias sensacionalistas. Além do vereador Luis Costa, outros legisladores têm sofrido ataques, sem serem ouvidos antes da notícia ir ao ar. Atualmente Primavera do Leste tem alguns cidadãos que já são pré-candidatos a vereadores e prefeitos para a próxima eleição e na tentativa de ganhar espaço na mídia e também publicidade, tem utilizado meios desonestos para atacar a Casa de Leis de Primavera do Leste.

Diante desta perspectiva política turbulenta, o que se espera dos veículos de comunicação e principalmente dos jornalistas que os representam é a ética profissional, mais neutralidade, mais coerência e principalmente que siga a premissa do jornalismo que é checar as informações e ouvir todas as partes envolvidas, para que haja de fato a notícia.



COMENTÁRIOS

0 Comentários

Deixe o seu comentário!





*

HOME / NOTÍCIAS

Região

Polícia ‘caça’ feminicida que matou companheira a golpes de picareta, em Rondonópolis,


Autor usou uma marreta e picareta para golpear a vítima, que chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos


A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Rondonópolis realiza buscas pelo paradeiro do homem que matou a companheira a golpes de marreta, na noite desta quarta-feira (20.11), na cidade | PC-MT
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Rondonópolis realiza buscas pelo paradeiro do homem que matou a companheira a golpes de marreta, na noite desta quarta-feira (20), na cidade.

Francisca Pereira da Silva, de 38 anos, foi agredida dentro de casa, no bairro Jardim Vetorasso, no final da noite de quarta-feira, pelo companheiro, Antônio Sousa de Jesus, 57 anos. Ele usou uma marreta e depois uma picareta para desferir os golpes contra Francisca.

A vítima chegou a ser socorrida pelo Samu ao Hospital Regional de Rondonópolis, mas não resistiu à gravidade dos ferimentos e morreu logo após dar entrada na unidade de saúde.

Francisco fugiu em uma motocicleta Honda CG 125, logo após o crime.

A equipe da DHPP está com as diligências para localizar o pedreiro. Quem tiver informações que possam levar ao paradeiro de Francisco, pode entrar em contato com o disque denúncia da Polícia Civil, pelo 197, ou no telefone da DHPP: (66) 98156-0028.


HOME / NOTÍCIAS

Polícia

PF prende 3 e destrói máquinas usadas em garimpo ilegal em MT


A Polícia Federal, em ação conjunta com o IBAMA, a FUNAI e com a Polícia Civil, encerrou, nesta sexta-feira (22/11), uma ação de repressão a crimes ambientais e à ordem econômica nas Terras Indígenas Nambikwara e Vale do Guaporé, em Mato Grosso. A ação visou combater a extração ilegal de ouro e realizar a desintrusão de áreas atingidas pelos garimpeiros, inutilizando instrumentos e maquinários empregados na atividade de garimpagem ilegal.

A operação foi desencadeada a partir de uma informação da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), relatando a presença de garimpeiros ilegais na região. Os suspeitos estariam usurpando matéria-prima da União, por meio da extração ilegal de minério de ouro e desmate de madeira.

Ao chegar no local, a equipe policial flagrou caminhões e tratores utilizados para realizar o desmate e transporte da madeira extraída, bem como, grande quantidade de madeira pronta para ser retirada da Terra Indígena.

Durante as ações de repressão à extração ilegal de madeira, foram apreendidos dois tratores, dois caminhões e cinco motos, sendo ainda inutilizados três tratores. Sete pessoas foram autuadas por infração ambiental.

Em continuidade aos trabalhos em campo, as equipes localizaram uma frente de garimpo ilegal no interior da TI Nambikwara. A polícia prendeu em flagrante três pessoas por porte ilegal de arma de fogo, extração ilegal de minério e usurpação de matéria prima da União. Outras 14 pessoas foram autuadas pelo Ibama por infrações ambientais.

Quanto aos instrumentos utilizados pelos criminosos, foram apreendidos seis veículos, uma escavadeira hidráulica e uma arma de fogo. Também foram inutilizadas no local outras quatro escavadeiras hidráulicas.

Após o encerramento das atividades em campo, todos os autuados serão relacionados na investigação em curso, cujo objetivo é identificar os financiadores das atividades ilegais.

Midia Jur


HOME / NOTÍCIAS

política

Veja organograma de como funcionava esquema de fraude e desvio de recursos em prefeitura de MT


Por g1 MT

O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) apresentou um organograma com os seis presos na Operação Gomorra, que foi deflagrada nessa quinta-feira (7)mostrando como funcionava o esquema entre os investigados por fraude de licitações e desvio de recursos em Barão de Melgaço, a 121 km de Cuiabá. De acordo com o MP, esse mesmo grupo tem contratos, que agora são investigados, com mais de 100 prefeituras e câmaras municipais .

No documento apresentado pelo MP, em conjunto com a Polícia Civil, é possível identificar que Edézio Corrêa, líder do grupo, contava com a ajuda e apoio da convivente: Tayla Beatriz Silva Bueno Conceição, dos sobrinhos: Roger Corrêa da Silva, Waldemar Gil Corrêa Barros e Jânio Corrêa da Silva, da irmã: Eleide Maria Correa, e da sócia: Karoline Quatti Moura (veja abaixo a ligação entre eles).

Para viabilizar o esquema, quatro empresas foram criadas com o objetivo de firmar contratos fraudulentos com as prefeituras e câmaras municipais. Cada integrante da organização ficou responsável pela administração de uma dessas empresas, garantindo o funcionamento do esquema e a manipulação dos processos licitatórios.

Organograma mostrando como funcionava o esquema de desvio — Foto: MPMT

Organograma mostrando como funcionava o esquema de desvio — Foto: MPMT

O que cada integrante fazia:

  • Tayla: sócia da Pontual Comércio e Serviços de Terceirizações LTDA;
  • Roger: sócio da Pantanal Gestão e Tecnologia LTDA;
  • Eleide: sócia da Saga Comércio e Serviço Tecnologia e Informática LTDA e foi sócia da Centro América Frotas LTDA de janeiro a março de 2020;
  • Waldemar: foi sócio da Saga Comércio de 2017 a 2020;
  • Jânio: sócio ativo da Centro América desde 2007
  • Karoline: proprietária da Karoline Quatti Moura e PP

O g1 tenta localizar a defesa dos investigados.

De acordo com o MP, Karoline fazia movimentações desde o ano de 2019 e, até 2020, movimentou mais de R$ 8,3 milhões para a Saga Comércio, durante esse período.

Além disso, a investigação constatou que o esquema de fraude consistia em manipular processos licitatórios para garantir contratos fraudulentos entre a administração pública e empresas de fachada. O modus operandi envolvia a participação ativa de prefeitos municipais, que, como ordenadores de despesa, facilitavam a fraude e garantiam a continuidade do esquema, mesmo após a prisão de alguns dos investigados. Até o momento, não foi divulgado o nome de prefeitos ou vereadores envolvidos na organização criminosa.

As investigações também revelaram que o grupo atuava principalmente em prefeituras do interior de Mato Grosso, sendo o município de Barão de Melgaço, um dos principais alvos das fraudes.

A investigação identificou quatro empresas que, embora legalmente registradas, eram utilizadas de maneira indevida para viabilizar as fraudes. No caso específico de Barão de Melgaço, o esquema se tornava ainda mais evidente, com as empresas sendo contratadas para fornecer serviços e produtos que, na prática, nunca eram entregues, ou eram entregues de forma inadequada e superfaturada.

Diante às fraudes, o Ministério Público solicitou à Justiça uma série de medidas cautelares para impedir que o grupo siga atuando. Entre as medidas requeridas, estão a suspensão das atividades econômicas das empresas envolvidas no esquema e o afastamento do sigilo de dados eletrônicos. A Justiça manteve a prisão temporária dos integrantes do grupo.

Além disso, o MP e a Polícia Civil também solicitaram a busca e apreensão de computadores, notebooks, celulares e documentos nos endereços residenciais e profissionais dos investigados, para coletar mais provas que possam esclarecer o papel de cada envolvido e detalhar a atuação do grupo criminoso.

Entenda o caso

 

Nesta quinta-feira, após a prisão dos envolvidos, o Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) divulgou uma lista com supostos contratos firmados pelo grupo com mais de 100 prefeituras e câmaras municipais de Mato Grosso (veja lista no final da matéria).

Conforme a investigação, em Barão de Melgaço, a 121 km de Cuiabá, os suspeitos utilizaram ‘cartões coringa’ como mecanismo para desvio de combustível e prática de sobrepreço — valor cobrado acima do preço justo de forma abusiva.

De acordo com o Naco, a identificação do esquema ocorreu após a análise de todos os processos licitatórios homologados pela Prefeitura de Barão de Melgaço com uma empresa, desde o período de 2020 até a atualidade.

A investigação

 

Durante a investigação, foi constatado que outras empresas que participaram desses processos tinham sócios pertencentes à mesma família do proprietário da empresa. Além disso, algumas dessas empresas nem sequer estavam em operação.


HOME / NOTÍCIAS

cidade

Servidores são alvos de operação que investiga aliciamento de eleitores indígenas para influenciar resultado de eleição em município de MT


Envolvidos teriam coagido indígenas a transferirem os títulos eleitorais para o município, com o intuito de votarem em determinados candidatos durante as eleições municipais de 2024.

Dois servidores públicos foram alvos de uma operação deflagrada pela Polícia Federal, nesta sexta-feira (8), que investiga um esquema de aliciamento de eleitores indígenas da etnia Enawene Nawe, em Brasnorte, a 580 km de Cuiabá, para influenciar no resultado das eleições municipais deste ano.

A suspeita é que os envolvidos teriam coagido indígenas a transferirem os títulos eleitorais para o município, com o intuito de votarem em determinados candidatos a vereador e a prefeito.

Conforme a investigação da polícia, servidores estariam envolvidos no fretamento de dois ônibus para transportar eleitores indígenas ao município durante o período eleitoral. Segundo a PF, os votos arrecadados seriam para atual prefeito do município, Edelo Ferrari (União), reeleito nas eleições municipais de 2024, com 4.634 dos votos válidos.

g1 entrou em contato com a Prefeitura de Brasnorte, que informou não ter conhecimento oficial dos fatos apurados pela operação e que, assim que tiverem acesso às informações, prestarão os esclarecimentos necessários. Já Edelo não deu retorno até esta publicação.

Prefeito de Brasnorte, Edelo Ferrari, afirma que Brasnorte é o futuro celeiro de Mato Grosso. — Foto: Prefeitura de Brasnorte - MT

Prefeito de Brasnorte, Edelo Ferrari, afirma que Brasnorte é o futuro celeiro de Mato Grosso. — Foto: Prefeitura de Brasnorte – MT

Outros crimes eleitorais

 

Uma outra operação deflagrada também nesta sexta, em Brasnorte, investiga a divulgação de vídeos íntimos, envolvendo outro candidato a prefeito nas eleições 2024.

A Polícia Federal cumpriu quatro mandados de busca e apreensão, com o objetivo de coletar provas que possam identifiquem os responsáveis pela produção e divulgação das imagens.

Policiais apreenderam uma quantia de R$ 100 mil em espécie — Foto: Reprodução

Policiais apreenderam uma quantia de R$ 100 mil em espécie — Foto: Reprodução

Durante as buscas, os policiais apreenderam três celulares, uma pistola, várias munições e uma quantia de R$ 100 mil em espécie.

Em decorrência da posse ilegal de arma de fogo, o suspeito foi preso em flagrante e uma nova investigação foi instaurada para apurar a origem do dinheiro apreendido.

Fonte: G1 MT


Antenado News