Primavera do Leste / MT - Segunda-Feira, 29 de Dezembro de 2025

HOME / NOTÍCIAS

geral

Oncologista alerta que fumantes têm 20 x mais chances de ter câncer de pulmão



O tabagismo está na origem de 90% dos casos de câncer de pulmão entre os homens e 80% entre as mulheres. Os fumantes têm cerca de 20 vezes mais risco de desenvolver a doença e, para piorar, aqueles que não fumam, porém convivem com fumantes, também correm risco de desenvolver a doença.

O alerta é do oncologista clínico Eduardo Dicke e faz parte da campanha de conscientização “Agosto Branco”, desenvolvida pela Clínica de Tratamento Multidisciplinar do Câncer (Oncomed).

Segundo o oncologista, não há como falar em prevenção sem tocar na questão do combate ao tabagismo que é o grande vilão neste tipo de doença, revela o médico. “O profissional pode orientar, mas não tem como obrigar o paciente a parar de fumar, por isso o tratamento contra o tabagismo é multidisciplinar e envolve toda a família e políticas públicas”, ressalta. “O fumante tem que ter consciência de que o fumo prejudica a saúde dele e de quem está a sua volta. Ele precisa querer e dar o primeiro passo para parar de fumar”.

Sempre digo que parar de fumar foi a melhor coisa que fiz por mim e se puder dar um conselho para quem fuma é que pare. Não vale a pena

Ex-fumante

A dona de casa, de 47 anos, que não terá o nome divulgado, conta que fumou por quase 20 anos, deu as primeiras tragadas na juventude, por volta dos 24. Parou de fumar diversas vezes, mas a dependência química e psicológica provocada pelo tabaco a fazia voltar ao vício. “Experimentei e gostei de fumar, e ainda lembro o quanto é gostoso. No entanto, depois de algum tempo me sentia presa e afetada, seja pelas crises de rinite, que aumentaram, falta de ar, seja pelo mau cheiro que impregna no cabelo, mãos e todo o corpo”.

Há 18 anos parou de fumar três meses antes de engravidar, mas voltou oito meses depois do parto. Com a chegada da filha, tentou largar o cigarro por diversas vezes, mas só se viu livre das tragadas há 8 anos. “Sempre digo que parar de fumar foi a melhor coisa que fiz por mim e se puder dar um conselho para quem fuma é que pare. Não vale a pena”.

infográfico câncer de pulmão

Uma das principais formas de prevenir do câncer no pulmão é deixando de fumar. Conheça neste quadro sintomas e formas de tratamento pós diagnóstico

Novos casos

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o país soma 28.220 novos casos de tumores pulmonares ao ano, questões genéticas e história familiar, exposição à fumaça ambiental e exposição a produtos tóxicos como asbestos e sílica são fatores de risco para a doença, mas a grande maioria dos casos câncer de pulmão é relacionada ao cigarro.

Muitos pacientes apresentam outras enfermidades relacionadas ao tabagismo, como a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ou enfisema, e a cardiopatia coronariana.

A taxa de mortalidade depende muito do estágio em que o tumor é diagnosticado. Os sintomas do câncer de pulmão são: falta de ar, tosse, sangramento na tosse, infecções respiratórias, dor torácica, nódulos no pescoço. O especialista pondera ainda que qualquer sintoma prolongado, persistente por mais de 15 dias precisa procurar um médico e fazer a avaliação e os exames adequados. “No inverno as infecções respiratórias tendem a aumentar e no caso de fumantes ativos ou passivos há mais chances de surgirem”.

Parar de fumar sempre vale a pena em qualquer momento da vida

Eduardo Dicke, oncologista

Para mudar a realidade atual, a Medicina tem avançado muito nos últimos anos e é por isso que nos pacientes de risco, principalmente os de antecedentes de tabagismo prolongado ou com histórico familiar da doença, o exame de tomografia computadorizada de alta resolução tem sido incluído nos exames de check-up, o que permite a detecção de casos precoces com maior possibilidade de tratamento cirúrgico.

É um órgão difícil, não é simples o diagnóstico, depende de biopsia pulmonar que é um exame complexo, mas necessário. Os tratamentos variam, mas podem incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapia com drogas direcionadas e imunoterapia. Novos testes moleculares permitem definir a melhor terapia alvo-específica.

Para aqueles que desejam ajudar um familiar a deixar de fumar, o SUS oferece tratamento gratuito. A Secretaria Estadual ou Municipal de Saúde pode informar o local com o tratamento disponível mais próximo da sua casa. Para ter acesso ao tratamento, basta procurar uma Unidade Básica de Saúde que presta o atendimento, levar a identidade e se inscrever no programa de combate ao tabagismo do SUS.

“Parar de fumar sempre vale a pena em qualquer momento da vida, mesmo que o fumante já esteja com alguma doença causada pelo cigarro, tal como câncer, enfisema ou derrame. Quanto mais cedo for descoberto a doença, mais chances de ter bons resultados no tratamento  e até cura”, reforça Dicke.

O especialista afirma que na última década o tratamento evoluiu muito.Há testes de subtipos, medicação específicas com menos chance de efeitos colaterais, porém o apoio familiar ainda continua sendo primordial. “Como todo tratamento que combate um vício, esse amparo que agrega bem-estar e qualidade de vida ao paciente reduz o índice de insucesso” , aconselha.

Fonte: RDNews



COMENTÁRIOS

0 Comentários

Deixe o seu comentário!





*

HOME / NOTÍCIAS

Região

Atuação de MT contra surto de sarampo é reconhecida pelo Ministério da Saúde


A resposta rápida do Estado foi determinante para a identificação oportuna dos casos, a investigação epidemiológica e o bloqueio da transmissão

Reforçamos à população que a vacinação é a melhor e mais eficiente forma de prevenção contra o sarampo

A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES-MT) recebeu uma declaração oficial do Ministério da Saúde em reconhecimento às ações adotadas para conter um surto de sarampo e manter o Brasil livre da circulação endêmica do vírus. O documento destaca a rapidez e a articulação interinstitucional da resposta conduzida pelo Estado.

 

Segundo o secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, as medidas adotadas de forma imediata foram decisivas para que o país não perdesse a certificação internacional de eliminação do sarampo. Ele ressaltou que a atuação técnica e coordenada da SES garantiu a contenção do risco sanitário.

 

O secretário adjunto de Atenção e Vigilância à Saúde, Juliano Melo, explicou que o trabalho envolveu diferentes áreas da pasta. De acordo com ele, a Vigilância Epidemiológica teve papel central, com apoio da Coordenação de Imunização, do Laboratório Central de Saúde Pública do Estado (Lacen-MT) e das áreas de Atenção à Saúde e Atenção Primária, que acompanharam todo o processo.

 

Na avaliação do Ministério da Saúde, a resposta rápida do Estado foi determinante para a identificação oportuna dos casos, a investigação epidemiológica, o bloqueio da transmissão e a prevenção de novos registros da doença. O documento também ressalta o compromisso da gestão estadual com a saúde pública e o fortalecimento das ações de vigilância.

 

A SES atuou em parceria com as secretarias municipais de Saúde, assegurando a distribuição de vacinas, o monitoramento da cobertura vacinal, a investigação de casos suspeitos, a capacitação de profissionais e o suporte técnico aos municípios. Também foram apresentados cenários epidemiológicos para embasar a tomada de decisões.

 

Como parte das estratégias, a unidade móvel do programa Imuniza Mais MT foi disponibilizada a diversos municípios, ampliando o acesso à vacinação, especialmente em regiões mais afastadas dos centros urbanos.

 

Em agosto, o Estado adotou a chamada “dose zero” da vacina contra o sarampo para crianças de 6 meses a 11 meses e 29 dias, como forma de proteção antecipada. As doses previstas no calendário vacinal de rotina seguem sendo aplicadas aos 12 e 15 meses de idade.

 

O sarampo é uma doença altamente contagiosa, transmitida por secreções respiratórias, e pode causar complicações graves, inclusive levando à morte, principalmente em crianças pequenas e pessoas não vacinadas.

Fonte: Mídia Jur


Antenado News