Primavera do Leste / MT - Quinta-Feira, 04 de Dezembro de 2025

HOME / NOTÍCIAS

geral

Veja os impactos após oito dias de paralisação dos caminhoneiros



Um dia após o governo federal anunciar novo acordo com os caminhoneiros, parte dos caminhões continua parada nas estradas pelo oitavo dia consecutivo e as prateleiras dos supermercados estão sem diversos produtos. Os postos estão recebendo aos poucos combustível, mas ainda há registros de filas enormes de motoristas aguardando para encher o tanque.

O presidente Michel Temer disse ter “absoluta convicção” de que a paralisação terminará até amanhã (29). Para convencer a categoria a voltar ao trabalho, o governo aceitou as reivindicações de reduzir em R$ 0,46 por litro o preço do diesel na bomba por 60 dias e eliminar a cobrança do pedágio dos eixos suspensos dos caminhões em todo o país. O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, disse que 30% dos caminhões estão parados e que a desmobilização total deve ocorrer nesta terça-feira.

O último balanço divulgado pela polícia há ainda 594 pontos de aglomeração de caminhoneiros em rodovias federais. Não há vias total ou parcialmente obstruídas e o abastecimento de combustível e o transporte de itens essenciais à população estão sendo restabelecidos aos poucos, sobretudo em aeroportos e para a garantia de serviços públicos essenciais.

Parte da categoria está dividida se volta ao trabalho. No Rio de Janeiro, caminhoneiros cobram novas reivindicações do governo federal: querem maior queda do preço do diesel e mais isenção de pedágio.

Caminhoneiros ainda ocupam trecho da Rodovia Presidente Dutra, em Seropédica, Rio de Janeiro.
Caminhoneiros ainda ocupam trecho da Rodovia Presidente Dutra, em Seropédica, Rio de Janeiro. – Tomaz Silva/Agência Brasil

 

Uso político

Ao conceder entrevista à imprensa, o presidente da Abcam afirmou que grupos políticos estão agindo dentro do movimento para manutenção dos bloqueios. Segundo ele, os grupos atuam contra o presidente Michel Temer e a favor de uma intervenção militar no país. Ele pediu apoio do governo federal para desmobilizar esses bloqueios remanescentes. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que está ajudando a identificar “as falsas lideranças” que estariam ameaçando os caminhoneiros que querem voltar ao trabalho.

Impactos

O cancelamento de voos programados chegou a pelo menos 6%. No total, 91 viagens deixaram de ocorrer até o início da tarde. E dez aeroportos continuam sem combustível, conforme a Infraero.

O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) alertou que alguns pontos de distribuição de GLP, o gás de cozinha, estão com estoque adequado, mas não tem botijões para encher, pois os vazios não estão chegando às bases.

A chegada de produtos às centrais de abastecimento ainda é prejudicada. Os oito dias de paralisação derrubaram em 46,5% a oferta de produtos na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). No total, os atacadistas deixaram de comercializar 29.419 toneladas.

Na Central Estadual de Abastecimento do Rio de Janeiro (Ceasa-RJ), a situação não é diferente: 90% das lojas não abriram por não terem o que vender, e apenas 37 caminhões chegaram ao local. Em uma segunda-feira normal, 400 caminhões trazem produtos do interior do Rio e de outros estados à Ceasa.

Ainda no Rio, as escolas municipais suspenderam as aulas, pois funcionários, professores e alunos não conseguem chegar às escolas. Quase 30% das escolas particulares da cidade também pararam. As prefeituras de Niterói e Nova Iguaçu também suspenderam as aulas nas escolas municipais, e São Gonçalo anunciou que fará o mesmo nesta terça-feira.

No caso dos hospitais, a Secretaria Estadual de Saúde chegou a anunciar a interrupção das cirurgias eletivas, mas reavaliou a decisão e manteve as operações marcadas em cinco hospitais.

Os ônibus ainda operam com parte da frota na maioria das capitais, para economizar combustível.

Prejuízos

Depois de oito dias de paralisação, governos e entidades calculam os prejuízos.

A prefeitura de São Paulo, por exemplo, estima uma queda na arrecadação de impostos entre R$ 100 e R$ 150 milhões na última semana. As indústrias do Rio de Janeiro apontam que 91,5% sofreram algum tipo de impacto e a perda pode chegar a R$ 77 milhões.

O setor de produção de aves diz que os caminhões com rações estão parados em 22 estados e, desde o início da greve, quase 70 milhões de aves morreram por falta de alimentação. Cerca de 1 bilhão de aves e 20 milhões de suínos têm risco de morrer.

A Associação de Comércio Exterior do Brasil projeta que a balança comercial será afetada com perda de US$ 1 bilhão com exportações que deixaram de ser feitas. Os vizinhos, argentinos e paraguaios, sentem os efeitos. Centenas de empresas dos dois países agurdam o fim da paralisação para embarcar mercadorias para o Brasil.

As entidades de classe patronais da indústria divulgaram em rede nacional nesta noite um apelo para que a paralisação dos caminhoneiros termine imediatamente. Alegando questões humanitárias, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) classificou como urgente a volta do reabastecimento de produtos essenciais. O setor exortou as autoridades dos Três Poderes a agirem para normalizar a vida dos brasileiros.”Quem está pagando a conta é a população e o setor produtivo”, disse a entidade.

Durante o dia de hoje, a CNI já havia divulgado uma nota em que considerava inadmissível que a paralisação de caminhoneiros “mantenha o país refém, provocando desabastecimento da população, prejuízos na economia, na mobilidade, na segurança, na saúde e na educação”. A entidade também discorda do tabelamento do frete e sustenta que a proposta, reivindicada pelos caminhoneiros e aceita pelo governo, significará aumento de preços para o consumidor.

Fonte: Agência Brasil



COMENTÁRIOS

0 Comentários

Deixe o seu comentário!





*

HOME / NOTÍCIAS

cidade

Prefeitura e INTERMAT avançam para concluir regularização fundiária das Cohabs Tancredo Neves e Jaime Campos


A ação integra um esforço conjunto iniciado ainda em junho, quando representantes do INTERMAT solicitaram apoio da gestão municipal

O resultado supriu as expectativas e fez com que o prefeito Sérgio Machnic destacasse o trabalho realizando pela equipe

A Prefeitura Municipal de Primavera do Leste, em parceria com o Instituto de Terras de Mato Grosso (INTERMAT), deu mais um passo decisivo para a conclusão dos processos de regularização fundiária nas Cohabs Tancredo Neves e Jaime Campos. Na manhã desta quarta-feira, 3, o prefeito Sérgio Machnic recebeu técnicos do órgão estadual, que permanecerão no município até o dia 5 de dezembro, realizando vistorias essenciais para a emissão dos títulos definitivos.

 

A ação integra um esforço conjunto iniciado ainda em junho, quando representantes do INTERMAT solicitaram apoio da gestão municipal para acelerar a finalização das duas quadras que já estavam aptas para avançar neste ano. Desde então, a Prefeitura, por meio da Superintendência de Habitação, ligada à Secretaria de Assistência Social, realizou visitas, organizou toda a documentação necessária e montou os processos individuais de cada família.

 

O resultado supriu as expectativas e fez com que o prefeito Sérgio Machnic destacasse o trabalho realizando, ressaltando que “por meio destas aões muitas famílias que esperam há mais de 30 anos pelo documento da sua propriedade, poderão realizar o sonho de terem a documentação em mãos e a partir de então, viver de forma mais tranquila, com segurança jurídica. Estamos proporcionando isso a eles, bem como a dezenas de outras famílias no município”.

 

Com relação à equipe da Superintendência de Habitação do município, a principal contribuição foi “garantir que todos os cadastros e documentos estivessem completos. Foram feitas as visitas, informações reunidas e toda a documentação necessária preparada para que o Estado pudesse dar sequência à etapa final, o que começa a ser feito a partir de agora.

 

Ao longo dos três dias, os técnicos do INTERMAT realizam a conferência presencial dos lotes, verificando se cada família está ocupando corretamente a área prevista no projeto original. Essa etapa é indispensável para a emissão dos títulos definitivos, que representam segurança jurídica e realização de um sonho antigo para muitos moradores.

 

Segundo o técnico do Intermat, Carlos, grande parte dos lotes já está em fase conclusiva. “Viemos para fechar o que ficou pendente de ações anteriores, uma vez que o trabalho feito pela equipe no município ficou muito a contento. Já existe protocolo aberto, e agora vamos somente atestar presencialmente que cada morador está, de fato, no lote previsto”, explicou.

 

A equipe também identificou algumas áreas que não constam no projeto original, situações em que moradores ocuparam espaços públicos ou áreas remanescentes. Nestes casos, a regularização seguirá outro procedimento, uma vez que tais espaços pertencem ao município e exigem tratativas específicas, como eventual repasse à Prefeitura e posterior definição de uso.

 

O prefeito Sérgio Machnic e a secretária de Assistência Social, Alexssandra Ziliotto reforçaram que a regularização fundiária é uma das prioridades da gestão, pois representa dignidade e segurança às famílias. A partir daí muitas pessoas que esperaram décadas pelo documento agora têm a oportunidade de recebê-lo, o que demonstra que a gestão está presente “e nosso compromisso é fazer avançar e entregar resultados”, finalizou o prefeito Sérgio Machnic”.

 

Após as vistorias desta semana, a equipe prevê avançar também nas próximas áreas que já possuem processos abertos e estão próximas da etapa de conclusão. O Superintendente de Habitação, Cabral, colocou como meta até maio de 2026, quando Primavera do Leste completa 40 anos, seja possível realizar uma grande cerimônia de entrega dos títulos. Além dos loteamentos Tancredo Neves e Jaime Campos, outras localidades estão em análise para futuras etapas de regularização.


Antenado News