Primavera do Leste / MT - Domingo, 23 de Novembro de 2025

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Vereador Luis Costa participa de festividades em Aldeia Indígena Xavante



Da Redação

Todos os anos as aldeias xavantes localizadas em Novo São Joaquim, a 80 quilômetros de Primavera do Leste, se unem para realizar um domingo festivo, em alusão ao Dia do Índio. Com o apoio de amigos que são simpatizantes da cultura indígena, é possível realizar a confraternização, proporcionando assim uma interação entre os povos indígenas e os brancos.

Além das rodas de conversa que aproxima os visitantes dos índios, os proprietários de fazendas ajudam com a alimentação. Em um ambiente em que a natureza predomina, os irmãos índios apresentaram a Luta Wai, que é uma demonstração de força. A luta é praticada por homens e mulheres, e por causa da festividade alguns homens brancos participaram lutando contra os índios, e de forma descontraída a atividade se tornou brincadeira, lançando assim, risadas e mais risadas.

Além da luta, as meninas moças das aldeias fizeram uma apresentação de dança, com algumas músicas dos brancos, mas com a dança típica da cultura indígena. O vereador Luis Costa (PR), se fez presente pelo segundo ano, e disse que a cultura indígena faz parte de nossa história e devemos muito a eles, principalmente pelo cuidado com a natureza e os animais.

“No ano passado eu vim a convite de um amigo e gostei muito de ter participado, eu cheguei até lutar de forma esportiva, mas não ganhei nada, porque eles são muito fortes..(risos). De lá para cá, nos aproximamos muito e tenho ouvido sempre as reivindicações dos caciques e ajudo por meio de políticas indígenas. Este momento de estar aqui, na casa deles, no ambiente deles, é uma satisfação muito grande porque eu sinto que sou bem recebido, e eles gostam de atenção, já que na sua maioria,  vivem isolados”. Disse Luis Costa.

O legislador tem buscado com Deputados Federais, Senadores, também com o prefeito municipal, a possibilidade para a construção da Casa do Índio (CASAI) em Primavera do Leste. “Estive em Brasília e já pude ver que existem vários projetos da CASAI espalhados em nosso estado, que deram certo. Estou contando com a ajuda dos caciques, também do prefeito, e alguns deputados, para viabilizar o projeto para Primavera, já que os índios necessitam de vim à cidade, e quando vem, não tem onde ficarem. Outro problema é quando as mulheres recebem alta dos hospitais por ter tido bebê, também não tem para onde ir. Por isso estou lutando para que assim eles possam ter um local adequado para ficarem na cidade, quando necessário”.

O evento ocorreu no domingo (29) na aldeia Três Estrelas, participaram entre os índios e brancos mais de 100 pessoas. A organização da festividade foi uma iniciativa dos caciques Graciliano Ponhopa e Carmine Antonio. O evento conseguiu o apoio da Coordenação de Turismo de Primavera do Leste. Foram parceiros os proprietários de fazendas, Emílio Divino Rodrigues, Sérgio Machnic, e Osmar, A Cruz Vermelha de Primavera do Leste, que esteve presente com os voluntários e uma médica, como também o vereador Luis Costa e o amigo da aldeia, Adriano.



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Casa demolida sem ordem judicial: morador de 45 anos perde moradia após ação da associação do Assentamento Vale Verde


O drama vivido por Ronildo Cardoso Ventura, 45 anos, morador há mais de 13 anos no Assentamento Vale Verde, tomou proporções alarmantes após a demolição completa de sua residência no último sábado, dia 22. A ação foi realizada sem qualquer ordem judicial, utilizando — segundo testemunhas — recursos financeiros da própria associação de moradores.

 

A demolição foi autorizada pelo presidente da associação, Eliseu Barbosa Souza, que afirma que Ronildo estaria em débito com a entidade e, por isso, teria concordado em devolver o imóvel e o lote. No entanto, a defesa de Ronildo sustenta que nenhum processo judicial existe e que o documento apresentado pela associação não possui reconhecimento em cartório.

 

Há ainda um agravante: Ronildo afirma que assinou o papel sob efeito de álcool, sem plena consciência do conteúdo, e que o documento foi levado até ele por um morador conhecido como Madrugada. A situação levanta questionamentos sobre a validade e a legalidade desse suposto acordo.

No dia da demolição, uma pá carregadeira teria sido contratada com dinheiro da associação, demolindo completamente a casa onde Ronildo viveu durante mais de uma década. Desde então, ele está desabrigado, vivendo de favor em casas de amigos e vizinhos.

 

Sentindo-se ameaçado e injustiçado, Ronildo registrou boletim de ocorrência e conta agora com centenas de assinaturas de moradores que confirmam seu histórico e sua permanência no local. Os documentos serão encaminhados às autoridades na tentativa de reverter o que seus apoiadores classificam como uma violação flagrante de direitos.

 

O caso expõe um embate delicado dentro do assentamento e levanta preocupações sobre abuso de poder, coerção, insegurança jurídica e violação do direito à moradia — princípios protegidos pela legislação brasileira.

 

As investigações devem avançar nos próximos dias, enquanto Ronildo tenta reconstruir, ao menos emocionalmente, o que perdeu em minutos.


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