Primavera do Leste / MT - Quinta-Feira, 20 de Novembro de 2025

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Vereador Luis Costa participa de festividades em Aldeia Indígena Xavante



Da Redação

Todos os anos as aldeias xavantes localizadas em Novo São Joaquim, a 80 quilômetros de Primavera do Leste, se unem para realizar um domingo festivo, em alusão ao Dia do Índio. Com o apoio de amigos que são simpatizantes da cultura indígena, é possível realizar a confraternização, proporcionando assim uma interação entre os povos indígenas e os brancos.

Além das rodas de conversa que aproxima os visitantes dos índios, os proprietários de fazendas ajudam com a alimentação. Em um ambiente em que a natureza predomina, os irmãos índios apresentaram a Luta Wai, que é uma demonstração de força. A luta é praticada por homens e mulheres, e por causa da festividade alguns homens brancos participaram lutando contra os índios, e de forma descontraída a atividade se tornou brincadeira, lançando assim, risadas e mais risadas.

Além da luta, as meninas moças das aldeias fizeram uma apresentação de dança, com algumas músicas dos brancos, mas com a dança típica da cultura indígena. O vereador Luis Costa (PR), se fez presente pelo segundo ano, e disse que a cultura indígena faz parte de nossa história e devemos muito a eles, principalmente pelo cuidado com a natureza e os animais.

“No ano passado eu vim a convite de um amigo e gostei muito de ter participado, eu cheguei até lutar de forma esportiva, mas não ganhei nada, porque eles são muito fortes..(risos). De lá para cá, nos aproximamos muito e tenho ouvido sempre as reivindicações dos caciques e ajudo por meio de políticas indígenas. Este momento de estar aqui, na casa deles, no ambiente deles, é uma satisfação muito grande porque eu sinto que sou bem recebido, e eles gostam de atenção, já que na sua maioria,  vivem isolados”. Disse Luis Costa.

O legislador tem buscado com Deputados Federais, Senadores, também com o prefeito municipal, a possibilidade para a construção da Casa do Índio (CASAI) em Primavera do Leste. “Estive em Brasília e já pude ver que existem vários projetos da CASAI espalhados em nosso estado, que deram certo. Estou contando com a ajuda dos caciques, também do prefeito, e alguns deputados, para viabilizar o projeto para Primavera, já que os índios necessitam de vim à cidade, e quando vem, não tem onde ficarem. Outro problema é quando as mulheres recebem alta dos hospitais por ter tido bebê, também não tem para onde ir. Por isso estou lutando para que assim eles possam ter um local adequado para ficarem na cidade, quando necessário”.

O evento ocorreu no domingo (29) na aldeia Três Estrelas, participaram entre os índios e brancos mais de 100 pessoas. A organização da festividade foi uma iniciativa dos caciques Graciliano Ponhopa e Carmine Antonio. O evento conseguiu o apoio da Coordenação de Turismo de Primavera do Leste. Foram parceiros os proprietários de fazendas, Emílio Divino Rodrigues, Sérgio Machnic, e Osmar, A Cruz Vermelha de Primavera do Leste, que esteve presente com os voluntários e uma médica, como também o vereador Luis Costa e o amigo da aldeia, Adriano.



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Demarcação de terras indígenas em MT: após novos decretos, AMM e entidades vão ao STF cobrar segurança jurídica


Preocupados com o impacto das novas demarcações de terras indígenas em Mato Grosso, o presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, Léo Bortolin, levou a Brasília uma pauta de emergência em defesa dos municípios. Ao lado de representantes do agro e do Legislativo estadual, ele participa de reunião com o ministro Gilmar Mendes, nesta quinta-feira (20/11), feriado da Consciência Negra, no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a comitiva, os decretos publicados nesta semana geram insegurança jurídica para prefeituras, produtores rurais e para a economia de Mato Grosso.

 

As entidades questionam decretos assinados nesta semana pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que homologam a demarcação das terras indígenas Manoki, Uirapuru, Estação Parecis e Kaxuyana-Tunayana. Ao todo, são cerca de 2,45 milhões de hectares distribuídos entre Pará, Amazonas e Mato Grosso. Com essas homologações, chega a 20 o número de territórios indígenas confirmados desde 2023, de acordo com a Casa Civil.

 

Em Mato Grosso, as novas demarcações atingem diretamente áreas produtivas nos municípios de Diamantino, Campos de Júlio, Nova Lacerda, Conquista D’Oeste e Brasnorte. Prefeitos e produtores já vinham manifestando preocupação com o avanço de processos de demarcação e revisão de limites territoriais. “O que está em jogo em Mato Grosso não é um debate abstrato. São prefeituras que podem perder parte importante da receita de uma hora para outra, sem tempo de adaptação e sem diálogo. Os prefeitos estão inseguros, os produtores apreensivos. Nosso pedido é por segurança jurídica e previsibilidade”, afirma o presidente da AMM, Léo Bortolin.

 

Em cidades como Brasnorte, a ampliação da Terra Indígena Manoki atinge propriedades rurais consolidadas e pode reduzir de forma significativa a base de arrecadação do município. O prefeito de Brasnorte, Edelo Ferrari, destaca o impacto direto nas contas públicas e nos serviços prestados à população. “Se essa ampliação for mantida, o município vai perder arrecadação e ter que cortar serviço. Não estamos falando só de fazenda, estamos falando de escola, saúde, estrada. Para Brasnorte, o prejuízo é enorme e muito difícil de reverter”, aponta o prefeito.

 

Para o presidente da Aprosoja Mato Grosso, Lucas Costa Beber, muitos produtores rurais foram pegos de surpresa pelos decretos de demarcação. “Tem assentamento, área com CAR e famílias que estão há muitos anos na mesma região. O produtor olha para o decreto e pensa: tudo o que construí está em risco? Isso é uma insegurança jurídica enorme”, avalia.

 

Vilmondes Tomain, presidente da Famato, ressalta que a pressão não recai apenas sobre o setor produtivo, mas também sobre os gestores municipais. “Essas áreas não são só números em mapa. São municípios inteiros tentando manter serviço público funcionando, enquanto produtores se sentem vulneráveis com medo de perder o patrimônio de uma vida. Precisamos de responsabilidade e equilíbrio”, diz.

 

A deputada estadual Janaína Riva avalia que o diálogo com o ministro Gilmar Mendes é essencial para levar a realidade mato-grossense ao centro do debate no STF. “O ministro foi receptivo e conhece o estado. Quando explicamos que um município pode perder até 20% de receita, fica claro que não se trata apenas de discutir limites, mas de discutir a continuidade dos serviços para a população”, afirma a parlamentar.

 

Como encaminhamento, ficou definido que, já na próxima segunda-feira, a AMM e as demais entidades envolvidas irão se reunir para protocolar uma ação com o objetivo de suspender todos os processos que tratem de novas demarcações ou remarcações de terras indígenas envolvendo Mato Grosso, tanto na esfera administrativa quanto na judicial. A intenção é garantir segurança jurídica até que haja maior clareza sobre critérios, procedimentos e impactos para os municípios e para a economia do estado.

 

Participaram da reunião com o ministro Gilmar Mendes o presidente da AMM, Léo Bortolin, o deputado estadual Eduardo Botelho, a deputada estadual Janaína Riva, o prefeito de Brasnorte, Edelo Ferrari, o presidente da Aprosoja Mato Grosso, Lucas Costa Beber, e o presidente da Famato, Vilmondes Tomain.

Assessoria


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