Primavera do Leste / MT - Segunda-Feira, 24 de Novembro de 2025

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Hoje é o Dia D da campanha de multivacinação para crianças e adolescentes



Hoje é o Dia D da Campanha Nacional de Multivacinação, os postos de saúde estão abertos em todo o país. Cerca de 47 milhões de crianças e adolescentes menores de 15 anos estão convocados para atualizar a caderneta de vacinas. Segundo o Ministério da Saúde, 53% desse público não estão com a vacinação em dia.

Em 2016, o Brasil registrou a menor cobertura vacinal dos últimos dez anos, por isso, a meta do ministério é resgatar todas as crianças e adolescentes não vacinados e, com isso, iniciar ou completar os esquemas de imunização. Com o slogan Todo mundo unido fica mais protegido, a campanha começou no dia 11 de setembro e vai até o dia 22 de setembro em cerca de 36 mil postos fixos de vacinação.

A presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballalai, alerta que a vacinação é considerada, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a ferramenta que mais resultou positivamente na saúde pública mundial. “Nós morríamos de varíola aos montes, morríamos de pólio ou temos pessoas que até hoje vivem com sequelas da pólio. A gente esquece a vacinação quando não vê mais a doença”, disse.

Segundo ela, muitas doenças que foram erradicadas no Brasil ou mesmo controladas ainda não estão eliminadas e podem representar risco para não vacinados. “Nenhuma vacina é mais ou menos importante. Todas as vacinas são contra doenças potencialmente graves, que podem matar, levar a hospitalização e sequelas”, explicou.

Campanhas antivacinação

As mídias sociais têm sido um espaço de disseminação de falsas informações sobre vacinas, segundo Isabella, criando movimentos antivacinais. A justificativa, em geral, é a de que a vacinação leva ao aparecimento de outras doenças. “Há relatos de casos. A notícia de que uma criança passou mal depois de tomar a vacina rapidamente se espalha por todo o país.”, disse, explicando que não há embasamento científico para esse tipo de informação.

Segundo a presidente da SBIm, uma caso não faz a vacina insegura e, mais importante, as coincidências acontecem. “Vamos imaginar que, no primeiro ano de vida, a criança toma vacina todo mês. É claro que o que ela tiver que apresentar de doença ou problema grave, com ou sem vacina, isso iria acontecer, porque ela [a criança] estará sempre relacionada temporalmente com a vacina”, disse. “Temos tantas drogas com eventos adversos graves e que tratam doenças. Mas não vemos o movimento antibiótico, por exemplo. Então, porque as vacinas?”

Recentemente, o site da SBIm e o Portal Família SBIm foram incluídos pela OMS na lista de páginas que oferecem informações confiáveis sobre vacinas, a Vaccine Safety Net (VSN). “Isso é motivo de muito orgulho, mostra que a gente não pode desistir de comunicar”, disse Isabella.

A médica explica que a vacinação é um direito da criança e do adolescente previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e que os pais que não vacinam seus filhos podem sofrer processos do conselho tutelar e serem obrigados a fazer a imunização.

“Não vacinar quando todos se vacinam é uma zona de conforto porque a chance da criança adoecer é mínima. Mas se temos dois ou três pais que não vacinam e temos uma baixa cobertura por isso, aí essas crianças não vacinadas colocam em risco todas as outras”, disse. Isso acontece porque as vacinas não tem 100% de eficácia, mas ficam em torno de 95% ou 98%, segundo Isabella.

Vacinas disponíveis

De acordo com o ministério, as vacinas disponíveis nesta campanha para crianças menores de 7 anos são: BCG – ID, hepatite B, penta (DTP/Hib/Hep B), VIP (Vacina Inativada Poliomielite), VOP (vacina oral contra pólio), VORH (Vacina Oral de Rotavírus Humano), vacina pneumocócica 10 valente, febre amarela, tríplice viral (sarampo, rubéola, caxumba), DTP (tríplice bacteriana), vacina meningocócica conjugada tipo C, tetraviral (sarampo, rubéola, caxumba e varicela) e hepatite A.

Já as doses disponíveis para crianças e adolescentes entre 7 e 15 anos são hepatite B, febre amarela, tríplice viral, dT (dupla tipo adulto), dTpa, vacina meningocócica conjugada tipo C e HPV.

Em 2017, o Ministério da Saúde fez alterações no esquema de vacinas e, por isso, orienta os pais a irem aos postos de saúde para checar a caderneta de vacinação. As informações sobre a Campanha Nacional de Multivacinação de 2017 estão disponíveis na página www.saude.gov.br/vacinareproteger.



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Casa demolida sem ordem judicial: morador de 45 anos perde moradia após ação da associação do Assentamento Vale Verde


O drama vivido por Ronildo Cardoso Ventura, 45 anos, morador há mais de 13 anos no Assentamento Vale Verde, tomou proporções alarmantes após a demolição completa de sua residência no último sábado, dia 22. A ação foi realizada sem qualquer ordem judicial, utilizando — segundo testemunhas — recursos financeiros da própria associação de moradores.

 

A demolição foi autorizada pelo presidente da associação, Eliseu Barbosa Souza, que afirma que Ronildo estaria em débito com a entidade e, por isso, teria concordado em devolver o imóvel e o lote. No entanto, a defesa de Ronildo sustenta que nenhum processo judicial existe e que o documento apresentado pela associação não possui reconhecimento em cartório.

 

Há ainda um agravante: Ronildo afirma que assinou o papel sob efeito de álcool, sem plena consciência do conteúdo, e que o documento foi levado até ele por um morador conhecido como Madrugada. A situação levanta questionamentos sobre a validade e a legalidade desse suposto acordo.

No dia da demolição, uma pá carregadeira teria sido contratada com dinheiro da associação, demolindo completamente a casa onde Ronildo viveu durante mais de uma década. Desde então, ele está desabrigado, vivendo de favor em casas de amigos e vizinhos.

 

Sentindo-se ameaçado e injustiçado, Ronildo registrou boletim de ocorrência e conta agora com centenas de assinaturas de moradores que confirmam seu histórico e sua permanência no local. Os documentos serão encaminhados às autoridades na tentativa de reverter o que seus apoiadores classificam como uma violação flagrante de direitos.

 

O caso expõe um embate delicado dentro do assentamento e levanta preocupações sobre abuso de poder, coerção, insegurança jurídica e violação do direito à moradia — princípios protegidos pela legislação brasileira.

 

As investigações devem avançar nos próximos dias, enquanto Ronildo tenta reconstruir, ao menos emocionalmente, o que perdeu em minutos.


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