Primavera do Leste / MT - Domingo, 10 de Novembro de 2024

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Vagas limitadas em banca do Detran podem prejudicar quem quer tirar 1ª habilitação ainda em 2019



Para a condução de veículos automotores é obrigatório ter uma certificação que ateste conhecimentos sobre diferentes assuntos ligados ao trânsito. Em Primavera do Leste, quatro autoescolas são responsáveis por formar condutores e juntas, por ano, habilitam cerca de duas mil pessoas na primeira habilitação.

Com a suspensão do simulador, àqueles que buscam a primeira habilitação passam apenas pelo Curso de Formação de Condutores (CFC), exame teórico, 20 horas/aula práticas e por fim, o exame final avaliado por uma Banca Examinadora do Departamento Estadual de Trânsito (Detran).

De acordo com o Roteiro Banca Examinadora, do Detran, Primavera do Leste só deve ter uma nova banca esse ano para formação de novos condutores, sendo em 28 de outubro e 20 de novembro.
As autoescolas formam em torno de 170 alunos por mês, tendo como referência dados do Detran de 2018, porém, o órgão disponibiliza apenas 120 vagas por Banca Examinadora e os exames são feitos a cada 40 dias. Ou seja, a demanda do município é maior do que a oferta do órgão, o que gera um déficit expressivo.

O Diário conversou com os quatro representantes das autoescolas de Primavera, que temem que os alunos sejam prejudicados devido ao número reduzido de vagas e a limitação de bancas. Com essa redução, parte dos que buscam a primeira habilitação só poderão realizar o exame em 2020. Alguns podem perder até mesmo o prazo de 12 meses à formação, ter que iniciar o processo do zero e pagar tudo novamente.

Em 2018, quando foram formados 2.082 novos condutores, as bancas examinadoras aconteciam com maior frequência e maior número de vagas. Os exames eram de 20 em 20 dias e contavam com 200 inscritos.
As quatro autoescolas, representadas por Júlio Márcio Severino, Everton Prieto, Daniel Soares e Alcemir Aguiar, estão dispostas a ajudarem no que for necessário para formar toda a demanda do município, porém, o fato do órgão não tentar buscar uma solução para o problema desanima os empresários.

Outro problema está em relação à redução de bancas na formação de categoria E. Primavera do Leste é polo do agronegócio e o escoamento da safra é feito através de caminhões. Com apenas três exames neste semestre para a mudança de categoria, a geração de empregos e economia do estado também são prejudicados.

O questionamento das autoescolas é em relação a não poder ser feita a ampliação de bancas ou vagas. Os representantes foram até a sede do Detran, em Cuiabá, para tentar reverter a situação, mas não obtiveram sucesso. Buscaram apoio junto a 40ª Ciretran e Câmara Municipal, porém, estes também tiveram as solicitações negadas.

SOLUÇÃO ENCONTRADA POR ÓRGÃO É IMPLANTAÇÃO DE BANCA FIXA A PARTIR DE 2020

Os exames são realizados no pátio da 40ª Ciretran, local cedido às autoescolas para as aulas práticas. Apesar de não ser da jurisdição, a chefe da unidade, Lenice Teixeira, buscou intermediar junto ao Detran para solucionar o problema, no entanto, devido ao afastamento de 41 servidores neste ano de 2019, as bancas foram restringidas.

Lenice explica que a banca é responsável por atender a região e são em média quatro examinadores práticos para a formação das categorias A, B, C e E. Além disto, estes servidores possuem carga horária para a ser respeitada, o que justifica a redução. Recentemente, o vereador Carlinhos Instrutor, acompanhado de outros parlamentares e do prefeito Leonardo Bortolin, estiveram reunidos com o presidente e o diretor de Habilitação do Detran, Gustavo Reis Lobo Vasconcelos e Alessandro Alencar de Andrade.

Na oportunidade, a comitiva de Primavera do Leste tratou sobre a questão das bancas examinadoras do município. A mesma informação repassada pela 40ª Ciretran, foi a justificativa dada pelos representantes do órgão, que é a falta de servidores. A solução apresentada foi a formação de um examinador no município para a realização de banca fixa.

“Como uma saída a curto prazo, questionamos a possibilidade de aumentar vagas para as próximas bancas ou exame adicional até dezembro, mas o presidente não garantiu, apenas disse que pensaria. Espero que atenda nossa solicitação”, explica Carlinhos.

Nossa equipe de reportagem entrou em contato com Detran para esclarecer o motivo do período da cada banca ser estendido e o número de vagas reduzidas. O órgão, através da Assessoria de Imprensa, informou que a motivação é devido ao déficit de servidores para compor a banca examinadora em todo o Estado.

Conforme nota encaminhada, o departamento já tomou as providências necessárias para solucionar este problema e será realizada capacitação nas bancas locais dos municípios. No caso de Primavera do Leste, a capacitação deverá ocorrer até o final do ano.

NOTA NA ÍNTEGRA
O Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT) esclarece que existe um déficit de servidores para compor a banca examinadora em todo Estado, porém, já estão sendo tomadas as providências para suprir essa necessidade, com a realização de
capacitação de bancas locais nos municípios. No caso de Primavera do Leste, a capacitação deverá ocorrer até o final do ano.

Com essas bancas locais será possível ofertar testes práticos de forma quinzenal. O calendário das bancas é formulado pelo Detran-MT com base nas demandas de cada município. Atualmente, os servidores das bancas examinadoras são deslocados de Cuiabá para atender as demandas do interior. O Detran-MT esclarece ainda que o processo de capacitação é demorado, pois o servidor precisa realizar um curso de mais de 200 horas de treinamento.

Fonte: Clique F5/ Pérsio Souza



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política

Veja organograma de como funcionava esquema de fraude e desvio de recursos em prefeitura de MT


Por g1 MT

O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) apresentou um organograma com os seis presos na Operação Gomorra, que foi deflagrada nessa quinta-feira (7)mostrando como funcionava o esquema entre os investigados por fraude de licitações e desvio de recursos em Barão de Melgaço, a 121 km de Cuiabá. De acordo com o MP, esse mesmo grupo tem contratos, que agora são investigados, com mais de 100 prefeituras e câmaras municipais .

No documento apresentado pelo MP, em conjunto com a Polícia Civil, é possível identificar que Edézio Corrêa, líder do grupo, contava com a ajuda e apoio da convivente: Tayla Beatriz Silva Bueno Conceição, dos sobrinhos: Roger Corrêa da Silva, Waldemar Gil Corrêa Barros e Jânio Corrêa da Silva, da irmã: Eleide Maria Correa, e da sócia: Karoline Quatti Moura (veja abaixo a ligação entre eles).

Para viabilizar o esquema, quatro empresas foram criadas com o objetivo de firmar contratos fraudulentos com as prefeituras e câmaras municipais. Cada integrante da organização ficou responsável pela administração de uma dessas empresas, garantindo o funcionamento do esquema e a manipulação dos processos licitatórios.

Organograma mostrando como funcionava o esquema de desvio — Foto: MPMT

Organograma mostrando como funcionava o esquema de desvio — Foto: MPMT

O que cada integrante fazia:

  • Tayla: sócia da Pontual Comércio e Serviços de Terceirizações LTDA;
  • Roger: sócio da Pantanal Gestão e Tecnologia LTDA;
  • Eleide: sócia da Saga Comércio e Serviço Tecnologia e Informática LTDA e foi sócia da Centro América Frotas LTDA de janeiro a março de 2020;
  • Waldemar: foi sócio da Saga Comércio de 2017 a 2020;
  • Jânio: sócio ativo da Centro América desde 2007
  • Karoline: proprietária da Karoline Quatti Moura e PP

O g1 tenta localizar a defesa dos investigados.

De acordo com o MP, Karoline fazia movimentações desde o ano de 2019 e, até 2020, movimentou mais de R$ 8,3 milhões para a Saga Comércio, durante esse período.

Além disso, a investigação constatou que o esquema de fraude consistia em manipular processos licitatórios para garantir contratos fraudulentos entre a administração pública e empresas de fachada. O modus operandi envolvia a participação ativa de prefeitos municipais, que, como ordenadores de despesa, facilitavam a fraude e garantiam a continuidade do esquema, mesmo após a prisão de alguns dos investigados. Até o momento, não foi divulgado o nome de prefeitos ou vereadores envolvidos na organização criminosa.

As investigações também revelaram que o grupo atuava principalmente em prefeituras do interior de Mato Grosso, sendo o município de Barão de Melgaço, um dos principais alvos das fraudes.

A investigação identificou quatro empresas que, embora legalmente registradas, eram utilizadas de maneira indevida para viabilizar as fraudes. No caso específico de Barão de Melgaço, o esquema se tornava ainda mais evidente, com as empresas sendo contratadas para fornecer serviços e produtos que, na prática, nunca eram entregues, ou eram entregues de forma inadequada e superfaturada.

Diante às fraudes, o Ministério Público solicitou à Justiça uma série de medidas cautelares para impedir que o grupo siga atuando. Entre as medidas requeridas, estão a suspensão das atividades econômicas das empresas envolvidas no esquema e o afastamento do sigilo de dados eletrônicos. A Justiça manteve a prisão temporária dos integrantes do grupo.

Além disso, o MP e a Polícia Civil também solicitaram a busca e apreensão de computadores, notebooks, celulares e documentos nos endereços residenciais e profissionais dos investigados, para coletar mais provas que possam esclarecer o papel de cada envolvido e detalhar a atuação do grupo criminoso.

Entenda o caso

 

Nesta quinta-feira, após a prisão dos envolvidos, o Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) divulgou uma lista com supostos contratos firmados pelo grupo com mais de 100 prefeituras e câmaras municipais de Mato Grosso (veja lista no final da matéria).

Conforme a investigação, em Barão de Melgaço, a 121 km de Cuiabá, os suspeitos utilizaram ‘cartões coringa’ como mecanismo para desvio de combustível e prática de sobrepreço — valor cobrado acima do preço justo de forma abusiva.

De acordo com o Naco, a identificação do esquema ocorreu após a análise de todos os processos licitatórios homologados pela Prefeitura de Barão de Melgaço com uma empresa, desde o período de 2020 até a atualidade.

A investigação

 

Durante a investigação, foi constatado que outras empresas que participaram desses processos tinham sócios pertencentes à mesma família do proprietário da empresa. Além disso, algumas dessas empresas nem sequer estavam em operação.


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Servidores são alvos de operação que investiga aliciamento de eleitores indígenas para influenciar resultado de eleição em município de MT


Envolvidos teriam coagido indígenas a transferirem os títulos eleitorais para o município, com o intuito de votarem em determinados candidatos durante as eleições municipais de 2024.

Dois servidores públicos foram alvos de uma operação deflagrada pela Polícia Federal, nesta sexta-feira (8), que investiga um esquema de aliciamento de eleitores indígenas da etnia Enawene Nawe, em Brasnorte, a 580 km de Cuiabá, para influenciar no resultado das eleições municipais deste ano.

A suspeita é que os envolvidos teriam coagido indígenas a transferirem os títulos eleitorais para o município, com o intuito de votarem em determinados candidatos a vereador e a prefeito.

Conforme a investigação da polícia, servidores estariam envolvidos no fretamento de dois ônibus para transportar eleitores indígenas ao município durante o período eleitoral. Segundo a PF, os votos arrecadados seriam para atual prefeito do município, Edelo Ferrari (União), reeleito nas eleições municipais de 2024, com 4.634 dos votos válidos.

g1 entrou em contato com a Prefeitura de Brasnorte, que informou não ter conhecimento oficial dos fatos apurados pela operação e que, assim que tiverem acesso às informações, prestarão os esclarecimentos necessários. Já Edelo não deu retorno até esta publicação.

Prefeito de Brasnorte, Edelo Ferrari, afirma que Brasnorte é o futuro celeiro de Mato Grosso. — Foto: Prefeitura de Brasnorte - MT

Prefeito de Brasnorte, Edelo Ferrari, afirma que Brasnorte é o futuro celeiro de Mato Grosso. — Foto: Prefeitura de Brasnorte – MT

Outros crimes eleitorais

 

Uma outra operação deflagrada também nesta sexta, em Brasnorte, investiga a divulgação de vídeos íntimos, envolvendo outro candidato a prefeito nas eleições 2024.

A Polícia Federal cumpriu quatro mandados de busca e apreensão, com o objetivo de coletar provas que possam identifiquem os responsáveis pela produção e divulgação das imagens.

Policiais apreenderam uma quantia de R$ 100 mil em espécie — Foto: Reprodução

Policiais apreenderam uma quantia de R$ 100 mil em espécie — Foto: Reprodução

Durante as buscas, os policiais apreenderam três celulares, uma pistola, várias munições e uma quantia de R$ 100 mil em espécie.

Em decorrência da posse ilegal de arma de fogo, o suspeito foi preso em flagrante e uma nova investigação foi instaurada para apurar a origem do dinheiro apreendido.

Fonte: G1 MT


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