Primavera do Leste / MT - Quinta-Feira, 22 de Maio de 2025

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Primavera do Leste sedia Fórum de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos da Região Sul de Mato Grosso



Da Redação

O Fórum que discute os impactos dos agrotóxicos teve inicio no ano de 2016, com o objetivo de aproximar e dialogar com a população. O fórum foi criado pelo Ministério Público em parceira com os Centros de Saúde do Trabalhador (CERESTs), com as Secretárias de Meio Ambiente, Pastoral da Terra e sociedade civil organizada, e está em sua terceira edição. O Fórum da Região Sul do Estado quer mobilizar e articular, as pessoas para o entendimento sobre os agrotóxicos e fomentar a agroecologia.

Em Primavera do Leste foi realizado nesta terça-feira, 3, no auditório do Instituto Federal de Mato Grosso, participaram mais de 200 pessoas. A Procuradora do Trabalho de Rondonópolis, Vanessa Martini, atua por meio do Ministério Público, na saúde do trabalhador, com questões ligadas ao meio ambiente, também com prevenções de doença, com denúncias sobre o não uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

“O Fórum de combate aos agrotóxicos engloba tanto o meio ambiente geral e o meio ambiente do trabalho, nós recebemos denúncias que são da internet, quanto denúncias pessoais e por telefone, mas também além de atuar nas denúncias realizamos ações proativas, de ir as centrais de embalagens fazer inspeções, ver se os trabalhadores estão usando os equipamentos necessários. Além disso, as reuniões do fórum são presididas pelo Ministério Público do Trabalho, e também atuamos nesta área de prevenção que são essas palestras para alertar a população, os trabalhadores sobre os riscos da exposição, da necessidade do uso de equipamentos, então atuamos na área preventiva e repressiva e ajuizamentos de ações, quando a empresa ou fazenda investigada não adequa sua conduta”. Explica a Procuradora do Trabalho, Vanessa Martini.

Além das discussões sobre os impactos dos agrotóxicos, durante o Fórum o Promotor de Justiça em Primavera do Leste, Sílvio Rodrigues Alessi Júnior, apresentou o Projeto de Lei 810, da Lei Municipal 1007/2007, que altera o artigo 41. O projeto propõe uma alteração da área em que é aplicado o agrotóxico. Atualmente está área que se aplica é de 250 metros de distância da cidade, o projeto prevê a aplicação em 90 metros da zona urbana da cidade não habitada. Esse projeto de lei com a alteração foi proposto pelo executivo, já que o Governo do Estado, durante a Gestão do ex-governador, Silval Barbosa, baixou um decreto permitindo os 90 metros.

De acordo com o Ministério Público, este decreto não tem fundamento, já que não foi feito nenhum estudo de credibilidade que comprove que a redução não trará impactos ambientais. “O projeto de lei está na Câmara e está tramitando, o MP já tem um posicionamento em relação a isso, que essa diminuição, fere os princípios constitucionais e ambientais e seria um retrocesso ambiental”. Afirma o promotor de justiça, Sílvio Rodrigues Alessi Junior.

O vereador Luis Costa (PR) que é presidente da Comissão de Agricultura e Meio Ambiente na Câmara Municipal em Primavera do Leste menciona que o projeto de lei 810, que altera a área a ser pulverizada, está sendo analisado. “Nós estamos tomando todas as medidas com cautela, para ouvir a sociedade, o MP, também os órgãos ligados a saúde do trabalhador, e iremos sugerir um estudo de impacto, também uma audiência pública, para ouvir toda a população em geral e também o setor do agronegócio. Uma ideia para fomentar o debate seria a construção do cinturão verde, que hoje é apenas uma ideia, mas podemos colocar em prática. O cinturão verde seria também uma forma de chamar o produtor para a responsabilidade ambiental. Sabemos que nossa economia é baseada no agronegócio, no entanto temos que ouvir a população, para verificar todos os dados de pesquisas que falam da incidência de doenças pelos agrotóxicos”. Menciona Luis Costa.

Agrotóxicos

O professor, pesquisador do Instituto de Saúde Coletiva e Núcleo de estados Ambientais em Saúde do Trabalhador, da Universidade Federal de Mato Grosso – campos Cuiabá – com formação em Farmácia Bioquímica e mestrado em Saúde Coletiva, estudioso dos agrotóxicos e da saúde humana, Jackon Rogerio Barbosa, também é colaborador do Fórum e esteve presente em mais uma edição realizada em Primavera do Leste.

Segundo o professor Jackon, hoje o núcleo de pesquisa está finalizando um trabalho que iniciou em 2014 e encerra no ano que vem que vai apontar como está a saúde da população. O recorte desta pesquisa leva em consideração, as cidades de Sapezal, Campos de Júlio e Campo Novo do Parecis, que são os municípios maiores consumidores de agrotóxicos. A pesquisa analisa o ar, a água de beber, todos os tipos de carnes, sendo de peixe, de porco, de boi, também soja, milho, e algodão, também foi coletada sangue humano e urina humana.

“Estamos estudando a contaminação por agrotóxicos e os seus efeitos, como por exemplo, doenças mentais, suicídios, doenças crônicas, entre outras. A pesquisa já está na reta final, e nós já estamos já consolidando os dados. São 15 pesquisadores trabalhando. A pesquisa vai trazer muitas informações e bastante coisa preocupante em relação aos agrotóxicos”. Explica o professor Jackson.

O pesquisador enfatiza ainda que as pessoas tem que entender que agrotóxico é veneno, e se a gente encontra veneno no sangue, mesmo que seja uma quantidade pequena, não importa porque é veneno, agora o impacto a curto, médio e longo prazo é o que o instituto tem estudado.

“A definição de agrotóxico é um biocida, ele vai matar alguma coisa viva que está atrapalhando a produção, e essa coisa viva pode ser uma erva daninha, ou pode ser um inseto, e se mata um ser vivo, como a planta e os insetos, por conseguinte, somos seres vivos. É impossível acreditar que não vai ter efeito em nós. As pessoas tem que entender, mesmo trabalhando com a agricultura familiar, como por exemplo, uma produção de mandioca, e se colocar agrotóxico, estão colocando veneno, e será que isso não vai causar efeito nenhum em mim?”. Conclui o professor.

 

 

 

 

 



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Polícia

PolíciaArmas de faccionados são encontradas dentro de poço em chácara


Diversas munições e 4 armas de fogo foram encontradas em um poço na tarde desta terça-feira (20), na zona rural de Rondonópolis (212 km ao sul), próximo à Rodovia do Peixe. O material estava coberto por pedras e um homem foi preso em flagrante por porte ilegal.

 

A busca ocorreu durante um patrulhamento com apoio da Rede de Enfrentamento Tático Contra as Facções Criminosas (REFAC). A equipe recebeu informações de que uma organização criminosa estaria com drogas e armas escondidas no local, uma área chamada de “Volta Grande”.

 

Após a localização do imóvel, um homem foi detido em flagrante na cozinha da residência. À PM, ele afirmou que era o caseiro e confirmou as informações da denúncia.

 

O homem revelou aos policiais um pequeno poço coberto por pedras, que escondia as armas de fogo, munições e outros apetrechos dos armamentos. Os policiais ainda encontraram três rádios comunicadores utilizados pelos integrantes da facção.

 

Todo material apreendido pelos policiais militares, bem como o suspeito, foram levados à delegacia para registro do boletim de ocorrência.


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CMTU leva emissão de carteiras de idosos e pessoas com deficiência para Feira da Lua


 

No local foram confeccionadas Carteiras de Estacionamento para pessoas idosas e PCDs, documento necessário para que possam estacionar seus veículos nas vagas especiais

Coordenadoria de Comunicação –

A Coordenadoria Municipal de Trânsito e Transportes Urbanos (CMTU) montou uma banca na Feira da Lua para levar seus serviços para a população que frequenta o espaço. No local foram confeccionadas Carteiras de Estacionamento para pessoas idosas e Pessoas Portadoras de Deficiência (PCDs), documento necessário para que possam estacionar seus veículos nas vagas especiais destinadas a elas sem correrem o risco de sofrerem alguma sanção e também foram esclarecidas dúvidas e dadas orientações a respeito da questão do trânsito.

 

 

 

Conforme explica a Agente de Trânsito Adriana Lopes, o objetivo é principalmente levar os serviços para perto da população e facilitar a vida de quem precisa das Carteiras de Estacionamento. “Nós estamos aqui fazendo Carteiras de Estacionamento tanto para idosos quanto para PCDs que são válidos aqui e no Brasil inteiro. Sem essa carteira a pessoa está sujeita a uma autuação, uma multa, e em alguns lugares pode até ter o veículo guinchado. Nós começamos agora, mas vamos estar presentes em todas as Feiras da Lua durante o ano. Essa carteira é muito importante e a procura aqui tem sido muito grande”, contou.

 

 

 

Ela conta também que além da confecção do documento, os agentes de trânsito aproveitaram para orientar a população sobre a legislação e esclarecer dúvidas sobre multas e outras situações. “É importante dizer também que aquelas pessoas que não puderem vir até a Feira podem ir até a CMTU, que fica na Rua do Comércio, 2333, entre as 7 horas da manhã até as 17 horas de segunda a sexta-feira. Nós não fechamos para o almoço e estamos a disposição para esclarecer quaisquer dúvidas”, completou Adriana Lopes.

 

 

 

A importância de levar o serviço de emissão da Carteira de Estacionamento para a Feira da Lua foi ressaltada pelo senhor Sena Queribe Alves de Oliveira, 62 anos, de morador do bairro Bela Vista. “Para mim é muito importante, porque eu ainda não tinha essa carteirinha e é uma segurança para nós. Evita da gente tomar uma multa e assim a gente anda certinho, dentro da lei. Eu nunca tomei uma multa na vida e sempre procurei andar certo, não faço coisa errada para evitar ter problemas depois. Tenho dois filhos e sempre ensinei eles andarem direitos”, externou.

 

 

 

Outro que aproveitou para emitir a sua Carteira foi o senhor Amarildo Boldrin, 63 anos, morador do bairro Pioneiros, e ele aproveitou para elogiar a iniciativa. “Isso deles virem aqui é ótimo, é a melhor coisa que fizeram. Eu também não tinha, mas a muito tempo queria ter essa carteirinha. E já aproveitei a oportunidade e agora vou andar certinho. Eu também nunca tomei uma multa na vida e nunca bati o carro, porque sempre procurei andar certinho”, contou.


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