Primavera do Leste / MT - Domingo, 24 de Novembro de 2024

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Polícia Militar retoma ações do programa Divvam no combate a violência doméstica



Com o intuito de diminuir casos de violência doméstica e oferecer atendimento humanizado às mulheres, o projeto Divvam busca a capacitação de policiais militares no atendimento a estas vítimas. Hoje, o projeto, também oferece uma rede de apoio as vítimas.

Uma iniciativa do 11º Comando Regional da Polícia Militar, o projeto segue em parceria com instituições de Primavera do Leste para oferecer apoio especializado às vítimas de violência doméstica. O projeto conta com apoio do Ministério Público, Secretarias de Saúde e de Assistência Social, Sala da Mulher e Conselho da Mulher. É oferecido as mulheres atendimento
psicológico, assistência social, qualificação profissional entre outros.

O projeto já existe há dois anos e, de acordo com a comandante da PM, Coronel Francyanne Siqueira, a ação dos policiais no atendimento melhora a qualidade de vida das vítimas e diminui casos de reincidência. Ela conta que em uma situação, eles foram à casa de uma das vítimas, mas só encontrava o esposo dela, “nessa oportunidade eu conversei com ele, que disse: ‘foi
uma situação aleatória, nunca tinha acontecido antes, não vai voltar a acontecer’. Então, porque a gente vai continuar vindo aqui”, relata a coronel. A Coronel Francyanne diz que o projeto tinha foco somente nos policiais para que eles tivessem maior sensibilidade no atendimento as vítimas, mas que perceberam que tinham condições e viram a necessidade de ampliar o atendimento as vítimas. “Nós fazemos essa visita pós ocorrência, verificamos como ela está, se o marido voltou a agredir, se ela conseguiu a medida protetiva, caso ela tenha requerido, se ela está
precisando de algum encaminhamento, prefeitura, assistente social, para o CRAS, para o CREAS”, relata.

No atendimento as mulheres ela fala que é importante fazer a visita para verificar qual a necessidade delas. “A gente percebe que o que falta é uma orientação. A pessoa, ela fica num estado psicológico muito abalado, aí ela não tem para onde ir, ela não sabe que caminho seguir, então é mais nesse sentido mesmo, de uma orientação, saber do que ela está precisando naquele momento”, complementou.

Francyanne ressalta que, muitas vezes, a mulher não quer largar o marido, ela somente quer que o clico de agressões pare. E muitas mulheres começam a enxergar que podem romper esse ciclo de violência. “A primeira coisa que a gente ouve delas é que ela não se sente só, que tem outras mulheres que tem a mesma situação, vivem a mesma realidade e que é possível sim a gente sair daquele ciclo, romper aquele ciclo de
violência, que tem vida após isso”.

A coronel fala que as parcerias que a PM encontra para que essas mulheres busquem uma qualificação profissional é muito importante “porque elas percebem que, realmente, tem condições, que elas podem, são capazes de viver sem aquela situação toda”. Como exemplo, em 2019, o projeto em parceria com o Senac, entregou 13 certificados do curso de Manicure e Pedicure. O curso com duração de três meses, foi oferecido as
vítimas de violência doméstica. Segundo a Coronel, muitas mulheres acabam mantendo o ciclo de violência porque ela não tem uma forma de se sustentar, de sustentar os filhos. “Então com esse curso a gente conseguiu, mostrar para ela que ela é capaz, que ela consegue ter o seu próprio
dinheiro, ter o seu ganho mensal e consegue trabalhar dentro de casa, não precisa sair”, relata Francyanne.

O projeto Divvam irá retomar as visitas às mulheres que foram vítimas de violência no período de dezembro até agora que ainda não foi possível realizar. Muitos casos são registrados toda semana, mas a Coronel Francyanne fala que não há aumento de casos, existe aumento de registro. “Não é que agora que começou a acontecer, sempre aconteceu, só que ficava dentro de casa. Agora não, a mulher está tendo coragem de ligar, ela está tendo coragem de ir atrás dos direitos dela”. O projeto Divvam acolhe todas as mulheres vítimas de violência doméstica e oferece ajuda. A coronel ressalta que, mesmo que a mulher não queira dar continuidade ao
registro da ocorrência, eles vão até a residência para ver se tudo está bem, se ela está precisando de algo, de encaminhamento para algum serviço.

Segundo a Coronel Francyanne, existe uma análise para que o programa Divvam passe a oferecer serviços para os maridos das vítimas, “é uma proposta da promotora de justiça, Nayara Scolfaro, para que, em parcerias com a prefeitura, com a câmara municipal, a gente consiga. Só que isso depende de profissionais, da contratação de psicólogo, de assistente social e, infelizmente, hoje a realidade não está ajudando muito”, relata.
Recentemente, por meio de decreto, a Prefeitura de Primavera do Leste instituiu o Programa de Desconstrução da Violência com ações que envolvem os homens. “Implantação do Projeto Homem com H, visando incluir o público masculino na reconstrução de olhares e coibir, prevenir e reduzir a reincidência da violência doméstica contra a mulher, nos grupos de PAIF (Programa de Atenção Integral a Família), SCFV (Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos) e PAEFI (Programa de Atenção
Especializada para Famílias e Indivíduos) das unidades de CRAS e CREAS”, diz texto do decreto.

A Coronel Francyanne fala da importância deste decreto. Ela ressalta que a Polícia Militar faz por boa vontade, porque vê a necessidade de se fazer algo. “A partir do momento que tem uma lei que direciona isso, até por conta de recurso também, é um ponto importante que a gente tem que apoiar”, pontua. O decreto está em vigor desde 28 de fevereiro e irá atuar no atendimento as mulheres e na prevenção de casos de violência por meio da articulação dos atendimentos especializados no âmbito da saúde, da justiça, da rede socioassistencial e da promoção da autonomia financeira.
A coronel Francyanne fala que é importante ressaltar a postura da mulher, “ela não tem que ficar aguentando aquilo, através de conversa a gente percebe que tem mulheres que, há anos, todo fim de semana apanha. Como a pessoa consegue se manter, sobreviver numa situação dessa. A gente alerta para que elas tenham essa coragem de romper essa vida de agressões, que ela, com certeza, consegue, mas tem que ter coragem e muita vontade porque, realmente, não é fácil”.

O programa Divvam está disponível a todas as mulheres vítimas de violência que necessitem de qualquer apoio. Para buscar ajuda, podem ligar no 190, por e-mail divvam@pm.mt.gov.br ou procurar o 11º Comando Regional da Polícia Militar. “Não quer vir aqui, liga aqui que a gente vai até o local, vamos até a casa para poder conversar. Estamos abertos esse público”, conclui.

Fonte: Wellington Camuci/Clique F5



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Região

Polícia ‘caça’ feminicida que matou companheira a golpes de picareta, em Rondonópolis,


Autor usou uma marreta e picareta para golpear a vítima, que chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos


A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Rondonópolis realiza buscas pelo paradeiro do homem que matou a companheira a golpes de marreta, na noite desta quarta-feira (20.11), na cidade | PC-MT
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Rondonópolis realiza buscas pelo paradeiro do homem que matou a companheira a golpes de marreta, na noite desta quarta-feira (20), na cidade.

Francisca Pereira da Silva, de 38 anos, foi agredida dentro de casa, no bairro Jardim Vetorasso, no final da noite de quarta-feira, pelo companheiro, Antônio Sousa de Jesus, 57 anos. Ele usou uma marreta e depois uma picareta para desferir os golpes contra Francisca.

A vítima chegou a ser socorrida pelo Samu ao Hospital Regional de Rondonópolis, mas não resistiu à gravidade dos ferimentos e morreu logo após dar entrada na unidade de saúde.

Francisco fugiu em uma motocicleta Honda CG 125, logo após o crime.

A equipe da DHPP está com as diligências para localizar o pedreiro. Quem tiver informações que possam levar ao paradeiro de Francisco, pode entrar em contato com o disque denúncia da Polícia Civil, pelo 197, ou no telefone da DHPP: (66) 98156-0028.


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Polícia

PF prende 3 e destrói máquinas usadas em garimpo ilegal em MT


A Polícia Federal, em ação conjunta com o IBAMA, a FUNAI e com a Polícia Civil, encerrou, nesta sexta-feira (22/11), uma ação de repressão a crimes ambientais e à ordem econômica nas Terras Indígenas Nambikwara e Vale do Guaporé, em Mato Grosso. A ação visou combater a extração ilegal de ouro e realizar a desintrusão de áreas atingidas pelos garimpeiros, inutilizando instrumentos e maquinários empregados na atividade de garimpagem ilegal.

A operação foi desencadeada a partir de uma informação da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), relatando a presença de garimpeiros ilegais na região. Os suspeitos estariam usurpando matéria-prima da União, por meio da extração ilegal de minério de ouro e desmate de madeira.

Ao chegar no local, a equipe policial flagrou caminhões e tratores utilizados para realizar o desmate e transporte da madeira extraída, bem como, grande quantidade de madeira pronta para ser retirada da Terra Indígena.

Durante as ações de repressão à extração ilegal de madeira, foram apreendidos dois tratores, dois caminhões e cinco motos, sendo ainda inutilizados três tratores. Sete pessoas foram autuadas por infração ambiental.

Em continuidade aos trabalhos em campo, as equipes localizaram uma frente de garimpo ilegal no interior da TI Nambikwara. A polícia prendeu em flagrante três pessoas por porte ilegal de arma de fogo, extração ilegal de minério e usurpação de matéria prima da União. Outras 14 pessoas foram autuadas pelo Ibama por infrações ambientais.

Quanto aos instrumentos utilizados pelos criminosos, foram apreendidos seis veículos, uma escavadeira hidráulica e uma arma de fogo. Também foram inutilizadas no local outras quatro escavadeiras hidráulicas.

Após o encerramento das atividades em campo, todos os autuados serão relacionados na investigação em curso, cujo objetivo é identificar os financiadores das atividades ilegais.

Midia Jur


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política

Veja organograma de como funcionava esquema de fraude e desvio de recursos em prefeitura de MT


Por g1 MT

O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) apresentou um organograma com os seis presos na Operação Gomorra, que foi deflagrada nessa quinta-feira (7)mostrando como funcionava o esquema entre os investigados por fraude de licitações e desvio de recursos em Barão de Melgaço, a 121 km de Cuiabá. De acordo com o MP, esse mesmo grupo tem contratos, que agora são investigados, com mais de 100 prefeituras e câmaras municipais .

No documento apresentado pelo MP, em conjunto com a Polícia Civil, é possível identificar que Edézio Corrêa, líder do grupo, contava com a ajuda e apoio da convivente: Tayla Beatriz Silva Bueno Conceição, dos sobrinhos: Roger Corrêa da Silva, Waldemar Gil Corrêa Barros e Jânio Corrêa da Silva, da irmã: Eleide Maria Correa, e da sócia: Karoline Quatti Moura (veja abaixo a ligação entre eles).

Para viabilizar o esquema, quatro empresas foram criadas com o objetivo de firmar contratos fraudulentos com as prefeituras e câmaras municipais. Cada integrante da organização ficou responsável pela administração de uma dessas empresas, garantindo o funcionamento do esquema e a manipulação dos processos licitatórios.

Organograma mostrando como funcionava o esquema de desvio — Foto: MPMT

Organograma mostrando como funcionava o esquema de desvio — Foto: MPMT

O que cada integrante fazia:

  • Tayla: sócia da Pontual Comércio e Serviços de Terceirizações LTDA;
  • Roger: sócio da Pantanal Gestão e Tecnologia LTDA;
  • Eleide: sócia da Saga Comércio e Serviço Tecnologia e Informática LTDA e foi sócia da Centro América Frotas LTDA de janeiro a março de 2020;
  • Waldemar: foi sócio da Saga Comércio de 2017 a 2020;
  • Jânio: sócio ativo da Centro América desde 2007
  • Karoline: proprietária da Karoline Quatti Moura e PP

O g1 tenta localizar a defesa dos investigados.

De acordo com o MP, Karoline fazia movimentações desde o ano de 2019 e, até 2020, movimentou mais de R$ 8,3 milhões para a Saga Comércio, durante esse período.

Além disso, a investigação constatou que o esquema de fraude consistia em manipular processos licitatórios para garantir contratos fraudulentos entre a administração pública e empresas de fachada. O modus operandi envolvia a participação ativa de prefeitos municipais, que, como ordenadores de despesa, facilitavam a fraude e garantiam a continuidade do esquema, mesmo após a prisão de alguns dos investigados. Até o momento, não foi divulgado o nome de prefeitos ou vereadores envolvidos na organização criminosa.

As investigações também revelaram que o grupo atuava principalmente em prefeituras do interior de Mato Grosso, sendo o município de Barão de Melgaço, um dos principais alvos das fraudes.

A investigação identificou quatro empresas que, embora legalmente registradas, eram utilizadas de maneira indevida para viabilizar as fraudes. No caso específico de Barão de Melgaço, o esquema se tornava ainda mais evidente, com as empresas sendo contratadas para fornecer serviços e produtos que, na prática, nunca eram entregues, ou eram entregues de forma inadequada e superfaturada.

Diante às fraudes, o Ministério Público solicitou à Justiça uma série de medidas cautelares para impedir que o grupo siga atuando. Entre as medidas requeridas, estão a suspensão das atividades econômicas das empresas envolvidas no esquema e o afastamento do sigilo de dados eletrônicos. A Justiça manteve a prisão temporária dos integrantes do grupo.

Além disso, o MP e a Polícia Civil também solicitaram a busca e apreensão de computadores, notebooks, celulares e documentos nos endereços residenciais e profissionais dos investigados, para coletar mais provas que possam esclarecer o papel de cada envolvido e detalhar a atuação do grupo criminoso.

Entenda o caso

 

Nesta quinta-feira, após a prisão dos envolvidos, o Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) divulgou uma lista com supostos contratos firmados pelo grupo com mais de 100 prefeituras e câmaras municipais de Mato Grosso (veja lista no final da matéria).

Conforme a investigação, em Barão de Melgaço, a 121 km de Cuiabá, os suspeitos utilizaram ‘cartões coringa’ como mecanismo para desvio de combustível e prática de sobrepreço — valor cobrado acima do preço justo de forma abusiva.

De acordo com o Naco, a identificação do esquema ocorreu após a análise de todos os processos licitatórios homologados pela Prefeitura de Barão de Melgaço com uma empresa, desde o período de 2020 até a atualidade.

A investigação

 

Durante a investigação, foi constatado que outras empresas que participaram desses processos tinham sócios pertencentes à mesma família do proprietário da empresa. Além disso, algumas dessas empresas nem sequer estavam em operação.


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cidade

Servidores são alvos de operação que investiga aliciamento de eleitores indígenas para influenciar resultado de eleição em município de MT


Envolvidos teriam coagido indígenas a transferirem os títulos eleitorais para o município, com o intuito de votarem em determinados candidatos durante as eleições municipais de 2024.

Dois servidores públicos foram alvos de uma operação deflagrada pela Polícia Federal, nesta sexta-feira (8), que investiga um esquema de aliciamento de eleitores indígenas da etnia Enawene Nawe, em Brasnorte, a 580 km de Cuiabá, para influenciar no resultado das eleições municipais deste ano.

A suspeita é que os envolvidos teriam coagido indígenas a transferirem os títulos eleitorais para o município, com o intuito de votarem em determinados candidatos a vereador e a prefeito.

Conforme a investigação da polícia, servidores estariam envolvidos no fretamento de dois ônibus para transportar eleitores indígenas ao município durante o período eleitoral. Segundo a PF, os votos arrecadados seriam para atual prefeito do município, Edelo Ferrari (União), reeleito nas eleições municipais de 2024, com 4.634 dos votos válidos.

g1 entrou em contato com a Prefeitura de Brasnorte, que informou não ter conhecimento oficial dos fatos apurados pela operação e que, assim que tiverem acesso às informações, prestarão os esclarecimentos necessários. Já Edelo não deu retorno até esta publicação.

Prefeito de Brasnorte, Edelo Ferrari, afirma que Brasnorte é o futuro celeiro de Mato Grosso. — Foto: Prefeitura de Brasnorte - MT

Prefeito de Brasnorte, Edelo Ferrari, afirma que Brasnorte é o futuro celeiro de Mato Grosso. — Foto: Prefeitura de Brasnorte – MT

Outros crimes eleitorais

 

Uma outra operação deflagrada também nesta sexta, em Brasnorte, investiga a divulgação de vídeos íntimos, envolvendo outro candidato a prefeito nas eleições 2024.

A Polícia Federal cumpriu quatro mandados de busca e apreensão, com o objetivo de coletar provas que possam identifiquem os responsáveis pela produção e divulgação das imagens.

Policiais apreenderam uma quantia de R$ 100 mil em espécie — Foto: Reprodução

Policiais apreenderam uma quantia de R$ 100 mil em espécie — Foto: Reprodução

Durante as buscas, os policiais apreenderam três celulares, uma pistola, várias munições e uma quantia de R$ 100 mil em espécie.

Em decorrência da posse ilegal de arma de fogo, o suspeito foi preso em flagrante e uma nova investigação foi instaurada para apurar a origem do dinheiro apreendido.

Fonte: G1 MT


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