Primavera do Leste / MT - Domingo, 23 de Novembro de 2025

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MP acata denúncia de irregularidades da concessão do pedágio da MT-130



Da Assessoria

O pedido para que seja feito a revisão do contrato da concessionária que presta serviços de pedágio na MT-130, foi requerido pelo vereador Luis Costa (PR), no dia 5 de setembro, e em resposta o Ministério Público (MP) Estadual informou que no prazo de 30 dias irá apresentar novas informações em relação ao caso.

A denúncia registrada pelo vereador é sobre o valor do pedágio. Os usuários da MT-130, trecho entre Primavera do Leste a Rondonópolis vem sendo lesados pagando mais de R$ 16 reais em duas praças de pedágios que fica em uma distância uma da outra de 110 km.

Durante uma entrevista concedida na TV Primavera, retransmissora da Record, no município de Primavera do Leste-MT, o vereador Luis Costa, deixou claro que sua luta pela revisão do contrato e conseqüentemente a alteração do valor cobrado, é antiga.

“Eu defendo a revisão do contrato, porque cobrar o valor de R$8,75 em cada posto de pedágio, é um absurdo, eu luto para que se cobre um preço justo. Eu discordo desse valor cobrado, o correto seria R$ 3,98, que está no contrato que a concessionária ganhou para administrar, na época. Mas quando começaram a cobrar, não obedeceram ao valor estipulado e a cobrança foi de R$6,50”.  Explica o vereador Luis Costa.

O vereador Luis Costa ressaltou ainda que com o avanço das investigações de esquemas de corrupção na política estadual e nacional, começaram a aparecer nomes de políticos e empresários envolvidos em esquemas que aponta o uso de propina para adquirir a concessão da MT-130.

“Nós estamos acompanhando a mídia local e nacional diariamente e vimos neste mês vários escândalos de corrupção. Envolvimentos de empresários com políticos, roubando o dinheiro do povo, segundo a delação do ex-governador Silval Barbosa, foram pagos R$ 7 milhões em propina para liberar a concessão, este dinheiro foi pago por nós cidadãos que somos usuários e utilizamos a rodovia. Estes acordos têm que parar, temos que lutar pela nossa sociedade, o povo não pode mais arcar com isso. Não existe um pedágio tão caro assim no País, alguma coisa esta errada e minha intenção é que esse contrato seja revisto e o valor cobrado seja digno. Eu deixo minha indignação com tudo isso, políticos de todas as esferas envolvidos em escândalos. O País não agüenta mais isso. Não podemos pagar essa conta que não é nossa, que fique bem claro isso”. Conclui Luis Costa.

No dia 14 de setembro, duas equipes da Polícia Federal (PF) estiveram em Primavera do Leste cumprindo mandados de busca e apreensão em duas empresas da cidade. Uma delas foi a Morro da Mesa que é alvo de investigações depois de ser citada pelo ex-governador Silval Barbosa.



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Casa demolida sem ordem judicial: morador de 45 anos perde moradia após ação da associação do Assentamento Vale Verde


O drama vivido por Ronildo Cardoso Ventura, 45 anos, morador há mais de 13 anos no Assentamento Vale Verde, tomou proporções alarmantes após a demolição completa de sua residência no último sábado, dia 22. A ação foi realizada sem qualquer ordem judicial, utilizando — segundo testemunhas — recursos financeiros da própria associação de moradores.

 

A demolição foi autorizada pelo presidente da associação, Eliseu Barbosa Souza, que afirma que Ronildo estaria em débito com a entidade e, por isso, teria concordado em devolver o imóvel e o lote. No entanto, a defesa de Ronildo sustenta que nenhum processo judicial existe e que o documento apresentado pela associação não possui reconhecimento em cartório.

 

Há ainda um agravante: Ronildo afirma que assinou o papel sob efeito de álcool, sem plena consciência do conteúdo, e que o documento foi levado até ele por um morador conhecido como Madrugada. A situação levanta questionamentos sobre a validade e a legalidade desse suposto acordo.

No dia da demolição, uma pá carregadeira teria sido contratada com dinheiro da associação, demolindo completamente a casa onde Ronildo viveu durante mais de uma década. Desde então, ele está desabrigado, vivendo de favor em casas de amigos e vizinhos.

 

Sentindo-se ameaçado e injustiçado, Ronildo registrou boletim de ocorrência e conta agora com centenas de assinaturas de moradores que confirmam seu histórico e sua permanência no local. Os documentos serão encaminhados às autoridades na tentativa de reverter o que seus apoiadores classificam como uma violação flagrante de direitos.

 

O caso expõe um embate delicado dentro do assentamento e levanta preocupações sobre abuso de poder, coerção, insegurança jurídica e violação do direito à moradia — princípios protegidos pela legislação brasileira.

 

As investigações devem avançar nos próximos dias, enquanto Ronildo tenta reconstruir, ao menos emocionalmente, o que perdeu em minutos.


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