Primavera do Leste / MT - Quinta-Feira, 20 de Novembro de 2025

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Pastoral da AIDS em parceria com Secretaria de Saúde atende com trabalhos de prevenção e conscientização durante Primafolia



Da Redação

Em Primavera do Leste a festança já começou. Com a expectativa de um público diário de 6 mil pessoas, o Primafoilia é a maior estrutura de Carnaval da região sul do estado.

Com um trabalho de Prevenção e Conscientização contra as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), a Secretaria de Saúde está presente todas as noites com um ônibus que possibilita atendimentos de acolhimento, conscientização e ainda testagem. Em parceria com a Pastoral da AIDS e o Centro de Testagem e Acolhimento (CTA), os foliões terão acesso a profissionais da saúde e também a testes rápidos como AIDS, Hepatite B e C.

“É de suma importância a Secretaria de Saúde estar presente em uma das festas mais popular e com um maior número de público. A parceria com a Pastoral da AIDS e o CTA irá possibilitar uma maior assistência às pessoas que muitas vezes não tem conhecimento dos serviços gratuitos ou tempo para fazer exames, e até mesmo buscar mais conhecimento sobre as doenças”. Explica a secretária de saúde, Laura Leandra.

O CTA que atua com testes rápidos tem o objetivo de fomentar cada vez mais os atendimentos. “Nós temos que aparecer, precisamos divulgar e chegar até as pessoas. Os testes rápidos são gratuitos e precisamos orientar as pessoas a fazerem. Hoje temos em nossa cidade 180 pessoas em tratamento de DSTs, e quanto mais às pessoas se conscientizarem,  mais estaremos lutando contra essas doenças”. Menciona o coordenador do CTA, Marcos Moreira.

Integrante e mobilizadora da Pastoral da AIDS na Diocese de Primavera do Leste, Maviane Damitiz, ressalta que a Pastoral da AIDS atua com serviço de prevenção ao HIV e assistência aos soropositivos. “A Igreja assume esse serviço sem preconceitos, acolhe, acompanha os direitos daqueles que foram infectados pela AIDS. Estaremos no ônibus da Secretaria de Saúde para dar toda assistência necessária durante este Carnaval”.

Os testes serão realizados até o dia 11.

 



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Demarcação de terras indígenas em MT: após novos decretos, AMM e entidades vão ao STF cobrar segurança jurídica


Preocupados com o impacto das novas demarcações de terras indígenas em Mato Grosso, o presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, Léo Bortolin, levou a Brasília uma pauta de emergência em defesa dos municípios. Ao lado de representantes do agro e do Legislativo estadual, ele participa de reunião com o ministro Gilmar Mendes, nesta quinta-feira (20/11), feriado da Consciência Negra, no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a comitiva, os decretos publicados nesta semana geram insegurança jurídica para prefeituras, produtores rurais e para a economia de Mato Grosso.

 

As entidades questionam decretos assinados nesta semana pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que homologam a demarcação das terras indígenas Manoki, Uirapuru, Estação Parecis e Kaxuyana-Tunayana. Ao todo, são cerca de 2,45 milhões de hectares distribuídos entre Pará, Amazonas e Mato Grosso. Com essas homologações, chega a 20 o número de territórios indígenas confirmados desde 2023, de acordo com a Casa Civil.

 

Em Mato Grosso, as novas demarcações atingem diretamente áreas produtivas nos municípios de Diamantino, Campos de Júlio, Nova Lacerda, Conquista D’Oeste e Brasnorte. Prefeitos e produtores já vinham manifestando preocupação com o avanço de processos de demarcação e revisão de limites territoriais. “O que está em jogo em Mato Grosso não é um debate abstrato. São prefeituras que podem perder parte importante da receita de uma hora para outra, sem tempo de adaptação e sem diálogo. Os prefeitos estão inseguros, os produtores apreensivos. Nosso pedido é por segurança jurídica e previsibilidade”, afirma o presidente da AMM, Léo Bortolin.

 

Em cidades como Brasnorte, a ampliação da Terra Indígena Manoki atinge propriedades rurais consolidadas e pode reduzir de forma significativa a base de arrecadação do município. O prefeito de Brasnorte, Edelo Ferrari, destaca o impacto direto nas contas públicas e nos serviços prestados à população. “Se essa ampliação for mantida, o município vai perder arrecadação e ter que cortar serviço. Não estamos falando só de fazenda, estamos falando de escola, saúde, estrada. Para Brasnorte, o prejuízo é enorme e muito difícil de reverter”, aponta o prefeito.

 

Para o presidente da Aprosoja Mato Grosso, Lucas Costa Beber, muitos produtores rurais foram pegos de surpresa pelos decretos de demarcação. “Tem assentamento, área com CAR e famílias que estão há muitos anos na mesma região. O produtor olha para o decreto e pensa: tudo o que construí está em risco? Isso é uma insegurança jurídica enorme”, avalia.

 

Vilmondes Tomain, presidente da Famato, ressalta que a pressão não recai apenas sobre o setor produtivo, mas também sobre os gestores municipais. “Essas áreas não são só números em mapa. São municípios inteiros tentando manter serviço público funcionando, enquanto produtores se sentem vulneráveis com medo de perder o patrimônio de uma vida. Precisamos de responsabilidade e equilíbrio”, diz.

 

A deputada estadual Janaína Riva avalia que o diálogo com o ministro Gilmar Mendes é essencial para levar a realidade mato-grossense ao centro do debate no STF. “O ministro foi receptivo e conhece o estado. Quando explicamos que um município pode perder até 20% de receita, fica claro que não se trata apenas de discutir limites, mas de discutir a continuidade dos serviços para a população”, afirma a parlamentar.

 

Como encaminhamento, ficou definido que, já na próxima segunda-feira, a AMM e as demais entidades envolvidas irão se reunir para protocolar uma ação com o objetivo de suspender todos os processos que tratem de novas demarcações ou remarcações de terras indígenas envolvendo Mato Grosso, tanto na esfera administrativa quanto na judicial. A intenção é garantir segurança jurídica até que haja maior clareza sobre critérios, procedimentos e impactos para os municípios e para a economia do estado.

 

Participaram da reunião com o ministro Gilmar Mendes o presidente da AMM, Léo Bortolin, o deputado estadual Eduardo Botelho, a deputada estadual Janaína Riva, o prefeito de Brasnorte, Edelo Ferrari, o presidente da Aprosoja Mato Grosso, Lucas Costa Beber, e o presidente da Famato, Vilmondes Tomain.

Assessoria


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