Prefeitura de Primavera do Leste divulga ações que serão feitas em combate ao Aedes Aegypti
O número de casos notificados de dengue em Primavera do Leste aumentou
consideravelmente. Em uma comparação dos quatro primeiros meses de 2018 para os quatro primeiros meses de 2019, o aumento foi de 93,1%. Saltando de 58 para 112 casos. O alto índice colocou o poder público em alerta.
Desde segunda-feira (07) uma força tarefa que busca localizara focos do mosquito da dengue está em atividade na cidade. Os casos de chikungunya foram oito casos notificados neste ao, o mesmo número do ano passado, já em relação a Zika, houve uma redução de 10 para 5. O Ministério da Saúde colocou a cidade de Primavera do Leste no nível de alerta em relação ao risco de surto para doenças relacionadas ao mosquito. Já que a cidade
tem o Índice de Infestação Predial (IPP) está em 1,4%, os dados foram obtidos em primeiro Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) de 2019.
O Ministério da Saúde divulga esses dados para alertar as cidades que o sistema de vigilância e toda a população devem reforçar os cuidados para combater o Aedes aegypti. Na região de Primavera do Leste, o município de Poxoréu é o que tem a situação mais grave, com IPP de 4,2%, ou seja, alto risco para surto de doenças provocadas pelo mosquito.
De acordo com o levantamento mais de 80% dos focos do mosquito ainda estão dentro das residências. Por isso a conscientização de todos quanto a não deixar água limpa empossada é necessário.
DADOS DO ESTADO DE MATO GROSSO E NO BRASIL
Um levantamento da Secretaria de Estado de Saúde aponta que 5.394 casos de dengue foram registrados em Mato Grosso no primeiro trimestre de 2019. O número aponta para uma queda de 14,1% de incidência da doença, em comparação ao mesmo período do ano passado.
Apesar de Mato Grosso ter apresentado redução nos números de casos, o índice de todo Brasil é assustador. De acordo com o Ministério da Saúde, o país já soma ao menos 322 mil casos da doença, de acordo com novo balanço do Ministério da Saúde, se levar em consideração o mesmo período do último ano, o crescimento é de 303% —o que indica que, após quase três anos com casos em queda, há uma retomada de um crescimento na transmissão da doença em diferentes regiões do país.
Intensificação nas fiscalizações, ampliação da jornada de trabalho das agentes comunitárias de endemias, contratação de equipes de bloqueio em caráter emergencial e decreto de Estado de Alerta são algumas medidas que a Prefeitura de Primavera do Leste tomará para reduzir o número de focos e proliferação do mosquito Aedes Aegypti, mesmo transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Com pontuação de 1,5 no Índice de Infestação do Vetor, Primavera do Leste é considerado um município com numeração baixa e situação controlada, já que a medição vai de 0 a 5. Através destes indicadores é possível identificar se os casos estão controlados ou se há um surto, no qual medidas emergências podem ser adotadas conforme as orientações do Estado.
Para acabar com focos da dengue e a proliferação do Aedes Aegypti, alguns
municípios adotam o sistema fumacê, que consiste em espalhar nuvens de inseticida pelas ruas e residências. Em Mato Grosso, este método é controlado pelo Governo do Estado. Como Primavera do Leste não possui índices elevados, o uso não foi autorizado.
De acordo com secretária municipal de Saúde, Laura Kelly, o trabalho em combate ao mosquito transmissor da dengue já é realizado, porém, devido ao último acontecimento que culminou na morte de uma menor, as ações serão intensificadas. Entre uma delas, Laura Kelly salienta a ação da equipe de bloqueio. “Iremos agir conforme as notificações”, diz.
A coordenadora de Vigilância Ambiental, Bárbara Pelissari, explica que as ações com equipes de bloqueio são feitas mediante a notificações de casos suspeitos de dengue. “Recebemos as condições do paciente, fazemos a investigação e constatamos se é dengue ou não. Com a confirmação, é feita a movimentação de até 15 pessoas que fiscalizam toda a região em que ela mora e trabalha, realizamos a varredura e posteriormente entramos com os bloqueios químicos, pulverizando o veneno para quebrar o ciclo de transmissão do mosquito”. Pelissari ainda salienta que todo este
processo deve ser feito de forma rápida.
Segundo dados da Vigilância Ambiental e Vigilância Epidemiológica, os bairros com maiores índices de notificação de casos de dengue, em escala de aproximação, são o Primavera II, Poncho Verde e São Cristóvão.
Mônia Maia, coordenadora da Vigilância Epidemiológica, salienta que os números de notificações e confirmações de dengue são todos acompanhados regularmente. “Através disto é que conseguimos pensar em políticas públicas e promover ações de combate”, expõe.
A secretária de Saúde relata que aumentaram os números de atendimentos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no entanto, isso não quer dizer que são casos de dengue. Devido a isto, ela pede para que a população fique atenta aos sintomas e que procure o local em casos de necessidade. “Nossa equipe está preparada para atender a população”.
Laura Kelly orienta a população a ficar atenta com focos do mosquito que podem surgir em todos lugares, seja nas casas, lojas, industrias e “se vermos um copo descartável na rua temos o dever de jogar no lixo, pois ali pode acumular água. É nosso papel de cidadão”.
A coordenadora de Vigilância Epidemiológica pede para que a população fique atenta aos sintomas e que não façam a automedicação, já que está pode agravar o quadro de saúde do paciente.
O prefeito Leonardo Bortolin pontuou um problema recorrente em Primavera do Leste, que é a questão de terrenos baldios onde o cidadão adquire o local, mas não realiza as limpezas. “Temos loteamentos grandes em que os terrenos não são mais da imobiliária, já foram vendidos à população, mas o Poder Executivo que tem que limpar o local, já que a omissão do proprietário”.
ATENDIMENTO AO PÚBLICO
A Prefeitura de Primavera do Leste disponibiliza a Ouvidoria, onde cidadão pode fazer denúncias de focos de dengue. Tudo é feito de forma sigilosa e pode ser acessado através do http://primaveradoleste.mt.gov.br. Outra forma é entrar em contato com a Vigilância Ambiental pelo telefone (66) 3498 9147.
Fonte: Jaqueline Hatamoto / Pérsio Souza – Clique F5
COMENTÁRIOS
0 Comentários