Primavera do Leste / MT - Domingo, 24 de Novembro de 2024

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Primavera do Leste pode ter epidemia de casos de dengue



Com 317 casos notificados, 186 confirmados e três casos graves, incluindo uma morte, Primavera do Leste, caminha para desenvolver uma epidemia de dengue. A informação foi repassa pela bióloga que compõe a Secretaria de Saúde Estadual – escritório regional Rondonópolis, Márcia Veloso em entrevista concedida na tarde de quinta-feira (23).

“A situação de Primavera preocupa por conta do óbito que houve e pela evolução dos casos dessas crianças. São três crianças que contrariam a dengue e evoluíram para gravidade, uma morreu, outra foi para UTI e a outra conseguiu controlar mesmo ela evoluindo para um caso grave. Há um risco eminente de uma epidemia, caso a situação não seja revertida”, frisou Márcia.

A situação de Primavera do Leste não é diferente de outras cidades do estado, que também tem muitos casos da doença já confirmados. Segundo a bióloga, a única alternativa para que a cidade fique livre de uma epidemia está na mão da população. Isso mesmo! Basta que cada um mantenha limpo seu quintal.

De acordo com um levantamento feito pela Vigilância Ambiental, 63% dos focos do mosquito estão alojados em lixo doméstico, ou seja, em material que pode armazenar água e que não tiveram a destinação correta. “Para nossa surpresa, descobrimos que o maior problema hoje instalado no município é em relação ao lixo doméstico. As pessoas não estão tendo o hábito de descartar o lixo de forma adequada. Quando entra no quintal, se encontra muito lixo, garrafa pets, pote de margarina e até mesmo tampa de garrafa. E é nesse local que a fêmea vai botar os ovos”, explicou a bióloga.

Antigamente havia a informação de que a fêmea do mosquito Aedes Aegypti, só botava os ovos em água limpa, porém, conforme a bióloga da Secretaria Estadual de Saúde, qualquer lâmina d’água serve como criadouro. “Antigamente se falava apenas em água limpa, mas hoje esse vetor evoluiu e está escolhendo qualquer lugar que tenha um acumulo de água, que não precisa ser em grande quantidade. Um exemplo disso é que há focos de mosquito da dengue encontrados até dentro de bueiros”.

Para eliminar de vez os possíveis criadouros do mosquito da dengue, precisa muito mais que despejar a água parada ou dissipar a água empossada, é necessário eliminar de vez o criadouro, já que um ovo, antes de eclodir, pode ficar até 450 dias aguardando água novamente. “Os ovos são botados na parede dos criadouros e não na água, sendo assim o simples fato de despejar a água não elimina os ovos onde estão os mosquitos. Esses ovos conseguem permanecer na parede por até 450 dias, então se esse criadouro receber água novamente, eles continuam a se desenvolver e
esse mosquito vai nascer”, explicou Márcia, que ainda destacou que o controle da doença se torna difícil, pois uma única fêmea do mosquito pode, durante trinta dias, botar até 1.500 ovos.

Diante de tantos ovos e inúmeras possibilidades de se contrair as doenças
propagadas pelo vetor, a única saída é promover a limpeza e vigilância constante dos quintais. “Eliminar o criadouro é única saída. É preciso colocar no lixo, para que seja levado para local adequado e não deixar o lixo no quintal. Independente se recebeu ou não a visita da agente, é obrigação de cada morador cuidar da sua casa. Se cada morador cuidar do seu quintal e da sua casa, com certeza controla a dengue dentro do município”.

AÇÃO SALA DE CONTROLE É RETOMADA
Com objetivo de traçar ações que levem ao efetivo controle de casos de dengue na cidade, foi retomada nesta quarta-feira (29), a Sala de Controle. Composta por membros dos poders Legislativo e Executivo, bem como representantes das secretarias de Saúde, Educação, Obras e Meio Ambiente e também Polícia Militar, sociedade civil organizada e imprensa, a Sala foi criada no ano de 2016.

Além de organizar o trabalho de todos os agentes de endemias, no combate aos focos de proliferação do mosquito, os participantes tem como missão fortalecer o controle do combate do vetor, no caso o aedes aegypti, propondo ações a serem desenvolvidas em toda cidade. “Não basta só dar ideias, é preciso ajudar a executar e envolver mais pessoas nesta ação, afim de atingir o maior número possível de pessoas, traçando sempre metas a serem cumpridas”, ressaltou a bióloga que compõe a Secretaria de Saúde Estadual – escritório regional Rondonópolis, Márcia Veloso.

Entre as ações a serem desenvolvidas já nos próximos dias, estão: Visita a imóveis no bairro Primavera III, com a parceria dos desbravadores;
Levantamento da legislação em relação a resíduos sólidos;
Orientação da população também por parte das agentes de saúde;
Coletivas de imprensa;
Mobilização de grupos para captação de mão obra, entre outras. Os resultados devem ser apresentados já em reunião que será realizada na quarta-feira (29).

CONTROLE QUÍMICO DEVE SER INICIADO NA CIDADE
No dia 08 de maio foi publicado o Decreto de Estado de Emergência na saúde pública de Primavera do Leste em razão do aumento de 428% dos casos de dengue relatados no mês de março.

Com o decreto, a Prefeitura tem autorização para fazer contratação temporária de pessoal, bem como o trabalho de jornada extraordinária dos servidores. O documento ainda permite a dispensa de licitação em caráter emergencial para contratar ou adquirir bens e serviços para atender o objetivo da ação. Diante disso, o poder público contratou a empresa MS Tercerização, que fornecerá mão de obra para que seja feito o chamado controle químico da dengue, ou seja, aplicação de veneno.

Neste caso a ação dos agentes terceirizados ocorrerá apenas em bairros onde já houveram notificações de casos de dengue e quando solicitados. “Depois do decreto emergencial, foi possível fazer a contratação dessa empresa que vai oferecer a mão de obra para gente. Os insumos e bombas são do município, utilizaremos apenas a mão de obra. Essas pessoas vão agir apenas em locais onde houveram notificações.

Primeiro será feito o bloqueio mecânico, que é quando o agente e a população destroem os focos físicos e depois entra com borrifação, no caso notificado em nove quarteirões ao redor”, explicou Barbara Pelissari, coordenadora Vigilância Ambiental.

Fonte: Jaqueline Hatamoto/ Clique F5



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Região

Polícia ‘caça’ feminicida que matou companheira a golpes de picareta, em Rondonópolis,


Autor usou uma marreta e picareta para golpear a vítima, que chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos


A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Rondonópolis realiza buscas pelo paradeiro do homem que matou a companheira a golpes de marreta, na noite desta quarta-feira (20.11), na cidade | PC-MT
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Rondonópolis realiza buscas pelo paradeiro do homem que matou a companheira a golpes de marreta, na noite desta quarta-feira (20), na cidade.

Francisca Pereira da Silva, de 38 anos, foi agredida dentro de casa, no bairro Jardim Vetorasso, no final da noite de quarta-feira, pelo companheiro, Antônio Sousa de Jesus, 57 anos. Ele usou uma marreta e depois uma picareta para desferir os golpes contra Francisca.

A vítima chegou a ser socorrida pelo Samu ao Hospital Regional de Rondonópolis, mas não resistiu à gravidade dos ferimentos e morreu logo após dar entrada na unidade de saúde.

Francisco fugiu em uma motocicleta Honda CG 125, logo após o crime.

A equipe da DHPP está com as diligências para localizar o pedreiro. Quem tiver informações que possam levar ao paradeiro de Francisco, pode entrar em contato com o disque denúncia da Polícia Civil, pelo 197, ou no telefone da DHPP: (66) 98156-0028.


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Polícia

PF prende 3 e destrói máquinas usadas em garimpo ilegal em MT


A Polícia Federal, em ação conjunta com o IBAMA, a FUNAI e com a Polícia Civil, encerrou, nesta sexta-feira (22/11), uma ação de repressão a crimes ambientais e à ordem econômica nas Terras Indígenas Nambikwara e Vale do Guaporé, em Mato Grosso. A ação visou combater a extração ilegal de ouro e realizar a desintrusão de áreas atingidas pelos garimpeiros, inutilizando instrumentos e maquinários empregados na atividade de garimpagem ilegal.

A operação foi desencadeada a partir de uma informação da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), relatando a presença de garimpeiros ilegais na região. Os suspeitos estariam usurpando matéria-prima da União, por meio da extração ilegal de minério de ouro e desmate de madeira.

Ao chegar no local, a equipe policial flagrou caminhões e tratores utilizados para realizar o desmate e transporte da madeira extraída, bem como, grande quantidade de madeira pronta para ser retirada da Terra Indígena.

Durante as ações de repressão à extração ilegal de madeira, foram apreendidos dois tratores, dois caminhões e cinco motos, sendo ainda inutilizados três tratores. Sete pessoas foram autuadas por infração ambiental.

Em continuidade aos trabalhos em campo, as equipes localizaram uma frente de garimpo ilegal no interior da TI Nambikwara. A polícia prendeu em flagrante três pessoas por porte ilegal de arma de fogo, extração ilegal de minério e usurpação de matéria prima da União. Outras 14 pessoas foram autuadas pelo Ibama por infrações ambientais.

Quanto aos instrumentos utilizados pelos criminosos, foram apreendidos seis veículos, uma escavadeira hidráulica e uma arma de fogo. Também foram inutilizadas no local outras quatro escavadeiras hidráulicas.

Após o encerramento das atividades em campo, todos os autuados serão relacionados na investigação em curso, cujo objetivo é identificar os financiadores das atividades ilegais.

Midia Jur


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política

Veja organograma de como funcionava esquema de fraude e desvio de recursos em prefeitura de MT


Por g1 MT

O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) apresentou um organograma com os seis presos na Operação Gomorra, que foi deflagrada nessa quinta-feira (7)mostrando como funcionava o esquema entre os investigados por fraude de licitações e desvio de recursos em Barão de Melgaço, a 121 km de Cuiabá. De acordo com o MP, esse mesmo grupo tem contratos, que agora são investigados, com mais de 100 prefeituras e câmaras municipais .

No documento apresentado pelo MP, em conjunto com a Polícia Civil, é possível identificar que Edézio Corrêa, líder do grupo, contava com a ajuda e apoio da convivente: Tayla Beatriz Silva Bueno Conceição, dos sobrinhos: Roger Corrêa da Silva, Waldemar Gil Corrêa Barros e Jânio Corrêa da Silva, da irmã: Eleide Maria Correa, e da sócia: Karoline Quatti Moura (veja abaixo a ligação entre eles).

Para viabilizar o esquema, quatro empresas foram criadas com o objetivo de firmar contratos fraudulentos com as prefeituras e câmaras municipais. Cada integrante da organização ficou responsável pela administração de uma dessas empresas, garantindo o funcionamento do esquema e a manipulação dos processos licitatórios.

Organograma mostrando como funcionava o esquema de desvio — Foto: MPMT

Organograma mostrando como funcionava o esquema de desvio — Foto: MPMT

O que cada integrante fazia:

  • Tayla: sócia da Pontual Comércio e Serviços de Terceirizações LTDA;
  • Roger: sócio da Pantanal Gestão e Tecnologia LTDA;
  • Eleide: sócia da Saga Comércio e Serviço Tecnologia e Informática LTDA e foi sócia da Centro América Frotas LTDA de janeiro a março de 2020;
  • Waldemar: foi sócio da Saga Comércio de 2017 a 2020;
  • Jânio: sócio ativo da Centro América desde 2007
  • Karoline: proprietária da Karoline Quatti Moura e PP

O g1 tenta localizar a defesa dos investigados.

De acordo com o MP, Karoline fazia movimentações desde o ano de 2019 e, até 2020, movimentou mais de R$ 8,3 milhões para a Saga Comércio, durante esse período.

Além disso, a investigação constatou que o esquema de fraude consistia em manipular processos licitatórios para garantir contratos fraudulentos entre a administração pública e empresas de fachada. O modus operandi envolvia a participação ativa de prefeitos municipais, que, como ordenadores de despesa, facilitavam a fraude e garantiam a continuidade do esquema, mesmo após a prisão de alguns dos investigados. Até o momento, não foi divulgado o nome de prefeitos ou vereadores envolvidos na organização criminosa.

As investigações também revelaram que o grupo atuava principalmente em prefeituras do interior de Mato Grosso, sendo o município de Barão de Melgaço, um dos principais alvos das fraudes.

A investigação identificou quatro empresas que, embora legalmente registradas, eram utilizadas de maneira indevida para viabilizar as fraudes. No caso específico de Barão de Melgaço, o esquema se tornava ainda mais evidente, com as empresas sendo contratadas para fornecer serviços e produtos que, na prática, nunca eram entregues, ou eram entregues de forma inadequada e superfaturada.

Diante às fraudes, o Ministério Público solicitou à Justiça uma série de medidas cautelares para impedir que o grupo siga atuando. Entre as medidas requeridas, estão a suspensão das atividades econômicas das empresas envolvidas no esquema e o afastamento do sigilo de dados eletrônicos. A Justiça manteve a prisão temporária dos integrantes do grupo.

Além disso, o MP e a Polícia Civil também solicitaram a busca e apreensão de computadores, notebooks, celulares e documentos nos endereços residenciais e profissionais dos investigados, para coletar mais provas que possam esclarecer o papel de cada envolvido e detalhar a atuação do grupo criminoso.

Entenda o caso

 

Nesta quinta-feira, após a prisão dos envolvidos, o Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) divulgou uma lista com supostos contratos firmados pelo grupo com mais de 100 prefeituras e câmaras municipais de Mato Grosso (veja lista no final da matéria).

Conforme a investigação, em Barão de Melgaço, a 121 km de Cuiabá, os suspeitos utilizaram ‘cartões coringa’ como mecanismo para desvio de combustível e prática de sobrepreço — valor cobrado acima do preço justo de forma abusiva.

De acordo com o Naco, a identificação do esquema ocorreu após a análise de todos os processos licitatórios homologados pela Prefeitura de Barão de Melgaço com uma empresa, desde o período de 2020 até a atualidade.

A investigação

 

Durante a investigação, foi constatado que outras empresas que participaram desses processos tinham sócios pertencentes à mesma família do proprietário da empresa. Além disso, algumas dessas empresas nem sequer estavam em operação.


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cidade

Servidores são alvos de operação que investiga aliciamento de eleitores indígenas para influenciar resultado de eleição em município de MT


Envolvidos teriam coagido indígenas a transferirem os títulos eleitorais para o município, com o intuito de votarem em determinados candidatos durante as eleições municipais de 2024.

Dois servidores públicos foram alvos de uma operação deflagrada pela Polícia Federal, nesta sexta-feira (8), que investiga um esquema de aliciamento de eleitores indígenas da etnia Enawene Nawe, em Brasnorte, a 580 km de Cuiabá, para influenciar no resultado das eleições municipais deste ano.

A suspeita é que os envolvidos teriam coagido indígenas a transferirem os títulos eleitorais para o município, com o intuito de votarem em determinados candidatos a vereador e a prefeito.

Conforme a investigação da polícia, servidores estariam envolvidos no fretamento de dois ônibus para transportar eleitores indígenas ao município durante o período eleitoral. Segundo a PF, os votos arrecadados seriam para atual prefeito do município, Edelo Ferrari (União), reeleito nas eleições municipais de 2024, com 4.634 dos votos válidos.

g1 entrou em contato com a Prefeitura de Brasnorte, que informou não ter conhecimento oficial dos fatos apurados pela operação e que, assim que tiverem acesso às informações, prestarão os esclarecimentos necessários. Já Edelo não deu retorno até esta publicação.

Prefeito de Brasnorte, Edelo Ferrari, afirma que Brasnorte é o futuro celeiro de Mato Grosso. — Foto: Prefeitura de Brasnorte - MT

Prefeito de Brasnorte, Edelo Ferrari, afirma que Brasnorte é o futuro celeiro de Mato Grosso. — Foto: Prefeitura de Brasnorte – MT

Outros crimes eleitorais

 

Uma outra operação deflagrada também nesta sexta, em Brasnorte, investiga a divulgação de vídeos íntimos, envolvendo outro candidato a prefeito nas eleições 2024.

A Polícia Federal cumpriu quatro mandados de busca e apreensão, com o objetivo de coletar provas que possam identifiquem os responsáveis pela produção e divulgação das imagens.

Policiais apreenderam uma quantia de R$ 100 mil em espécie — Foto: Reprodução

Policiais apreenderam uma quantia de R$ 100 mil em espécie — Foto: Reprodução

Durante as buscas, os policiais apreenderam três celulares, uma pistola, várias munições e uma quantia de R$ 100 mil em espécie.

Em decorrência da posse ilegal de arma de fogo, o suspeito foi preso em flagrante e uma nova investigação foi instaurada para apurar a origem do dinheiro apreendido.

Fonte: G1 MT


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