Primavera do Leste / MT - Quinta-Feira, 20 de Novembro de 2025

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Triagem Neonatal auxiliam mães e fortalecem vínculo familiar



Amor, carinho, proteção, cuidado e dedicação. Ao ouvirmos essas palavras, logo pensamos na definição de ‘mãe’, mas desenvolver esse papel, não é tarefa fácil e por isso elas precisam de apoio, segurança e orientação, desde o momento da descoberta da gravidez até os cuidados com os bebês. Entendendo a importância de realizar projetos com essa finalidade, a Prefeitura de Primavera do Leste, por meio da Secretária de Saúde presta assistência a essas mulheres tão especiais. Isso é possível a partir da Triagem Neonatal, vinculada à atenção básica, que realiza atividades como palestra preparatória para lidar com os cuidados diários aos bebês, além de orientações relacionadas à amamentação, dores de cólicas, troca de fraldas e outros.

Idealizado e implantado no município pela bióloga e técnica de enfermagem, Rode Martinho, que tem no currículo especialização e atualização no método Iniciativa Unidade Básica Amiga da Amamentação (IUBAAM), pela fundação Oswaldo Cruz/ RJ, o projeto da Triagem Neonatal tem o objetivo do acolhimento humanizado. Baseado em projetos aplicados em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul, o programa em Primavera do Leste, tem um diferencial, isso porque, o atendimento começa com o Teste do Pezinho e segue até a introdução alimentar.

Rode Martinho explica que a ideia do projeto surgiu quando ela começou a trabalhar com a realização do teste do pezinho. “Eu percebia que as mamães tinham dificuldades e muitas dúvidas, em relação à amamentação, alimentação, troca de fralda e outras. O teste que era feito em cinco minutos, durava mais de meia hora para ser concluído, pois elas ficavam realizando perguntas. Foi nesse momento que comecei a reunir todas e fornecer informações necessárias para os recém-nascidos”.

Essas mamães que participam da Triagem Neonatal são incluídas em grupos de Whatsapp, criado pela técnica de enfermagem, e também na página do Facebook e instagram do projeto, para que o processo de aprendizagem e dúvidas seja contínuo. “Com esses mecanismos estabelecemos uma proximidade maior e instantânea”, afirma Rode.

Ações da Triagem Neonatal

Diversas ações são proporcionadas as mamães de recém-nascido, como mesa redonda, com especialistas, que possibilita a orientação e replicação de informações. Além de Workshop de palestras, relacionadas à alimentação das mamães e aos cuidados com os bebês. No entanto, segundo Rode, o foco principal da Triagem Neonatal é a amamentação. “É importante que a mãe aprenda os cuidados com os bebês, pois é ela quem vai cuidar, dar banho e acalentar. “Por isso, possibilitamos que elas aprendam técnicas, como banho de ofurô e alguns tipos de massagem”.

As ações do projeto este ano serão intensas. Rode relata que um cronograma de atividade está sendo criado, uma vez que a triagem neonatal está vinculada a Atenção Básica, coordenada pela enfermeira Roberta Bernadelli, e possibilitará a ampliação do projeto. “O nosso objetivo é amparar essas mães, acolhendo e transmitindo informações importantes para uma gestação tranqüila e um bebê saudável. Por isso também realizamos ações que envolvem toda a família”.

O projeto da Triagem Neonatal funciona no prédio do Núcleo de Saúde Mental. Ele fica localizado na Avenida São João, 800. Para mais informação, basta ligar no número (66) 3498-3671. O celular para as interessadas em participar do grupo de watts é (66) 99650.9170.

Da Assessoria



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política

Demarcação de terras indígenas em MT: após novos decretos, AMM e entidades vão ao STF cobrar segurança jurídica


Preocupados com o impacto das novas demarcações de terras indígenas em Mato Grosso, o presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, Léo Bortolin, levou a Brasília uma pauta de emergência em defesa dos municípios. Ao lado de representantes do agro e do Legislativo estadual, ele participa de reunião com o ministro Gilmar Mendes, nesta quinta-feira (20/11), feriado da Consciência Negra, no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a comitiva, os decretos publicados nesta semana geram insegurança jurídica para prefeituras, produtores rurais e para a economia de Mato Grosso.

 

As entidades questionam decretos assinados nesta semana pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que homologam a demarcação das terras indígenas Manoki, Uirapuru, Estação Parecis e Kaxuyana-Tunayana. Ao todo, são cerca de 2,45 milhões de hectares distribuídos entre Pará, Amazonas e Mato Grosso. Com essas homologações, chega a 20 o número de territórios indígenas confirmados desde 2023, de acordo com a Casa Civil.

 

Em Mato Grosso, as novas demarcações atingem diretamente áreas produtivas nos municípios de Diamantino, Campos de Júlio, Nova Lacerda, Conquista D’Oeste e Brasnorte. Prefeitos e produtores já vinham manifestando preocupação com o avanço de processos de demarcação e revisão de limites territoriais. “O que está em jogo em Mato Grosso não é um debate abstrato. São prefeituras que podem perder parte importante da receita de uma hora para outra, sem tempo de adaptação e sem diálogo. Os prefeitos estão inseguros, os produtores apreensivos. Nosso pedido é por segurança jurídica e previsibilidade”, afirma o presidente da AMM, Léo Bortolin.

 

Em cidades como Brasnorte, a ampliação da Terra Indígena Manoki atinge propriedades rurais consolidadas e pode reduzir de forma significativa a base de arrecadação do município. O prefeito de Brasnorte, Edelo Ferrari, destaca o impacto direto nas contas públicas e nos serviços prestados à população. “Se essa ampliação for mantida, o município vai perder arrecadação e ter que cortar serviço. Não estamos falando só de fazenda, estamos falando de escola, saúde, estrada. Para Brasnorte, o prejuízo é enorme e muito difícil de reverter”, aponta o prefeito.

 

Para o presidente da Aprosoja Mato Grosso, Lucas Costa Beber, muitos produtores rurais foram pegos de surpresa pelos decretos de demarcação. “Tem assentamento, área com CAR e famílias que estão há muitos anos na mesma região. O produtor olha para o decreto e pensa: tudo o que construí está em risco? Isso é uma insegurança jurídica enorme”, avalia.

 

Vilmondes Tomain, presidente da Famato, ressalta que a pressão não recai apenas sobre o setor produtivo, mas também sobre os gestores municipais. “Essas áreas não são só números em mapa. São municípios inteiros tentando manter serviço público funcionando, enquanto produtores se sentem vulneráveis com medo de perder o patrimônio de uma vida. Precisamos de responsabilidade e equilíbrio”, diz.

 

A deputada estadual Janaína Riva avalia que o diálogo com o ministro Gilmar Mendes é essencial para levar a realidade mato-grossense ao centro do debate no STF. “O ministro foi receptivo e conhece o estado. Quando explicamos que um município pode perder até 20% de receita, fica claro que não se trata apenas de discutir limites, mas de discutir a continuidade dos serviços para a população”, afirma a parlamentar.

 

Como encaminhamento, ficou definido que, já na próxima segunda-feira, a AMM e as demais entidades envolvidas irão se reunir para protocolar uma ação com o objetivo de suspender todos os processos que tratem de novas demarcações ou remarcações de terras indígenas envolvendo Mato Grosso, tanto na esfera administrativa quanto na judicial. A intenção é garantir segurança jurídica até que haja maior clareza sobre critérios, procedimentos e impactos para os municípios e para a economia do estado.

 

Participaram da reunião com o ministro Gilmar Mendes o presidente da AMM, Léo Bortolin, o deputado estadual Eduardo Botelho, a deputada estadual Janaína Riva, o prefeito de Brasnorte, Edelo Ferrari, o presidente da Aprosoja Mato Grosso, Lucas Costa Beber, e o presidente da Famato, Vilmondes Tomain.

Assessoria


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