Primavera do Leste / MT - Quinta-Feira, 06 de Novembro de 2025

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Surge um novo grupo na política de Primavera, o grupo do povo, diz Luís Costa



Luís Costa (PR), foi o candidato a deputado estadual mais votado em Primavera do Leste. O parlamentar concorreu ao cargo ao lado de outras três pessoas da cidade, o também vereador Miley Alves, Zeca Viana e Toninho Nogueira, dentre esses Luís conquistou 13,91% dos votos válidos, o que representa 3.973.

Em entrevista ao jornal O Diário na manhã de segunda-feira (08), o vereador falou da experiência de concorrer a uma cadeira na Assembleia Legislativa e a surpresa do resultado, pois segundo Costa, ele não teve apoio de grupos políticos da cidade e acredita que o resultado nas urnas é um recado da população que quer mudanças.

Mesmo não alcançando o objetivo final, que era o de se tornar representante de Primavera do Leste na Assembleia Legislativa, Luís Costa disse estar muito satisfeito com o resultado. “Todo mundo que participa de uma eleição quer ganhar e fica muito contente quando atinge esse objetivo, mas na realidade da campanha, no dia a dia, avalio como positivo. Estou muito contente com a população de Primavera que entendeu que nem sempre o dinheiro e o sobrenome que você carrega é importante, ter trabalho prestado e estar ao lado do povo, é muito importante na política. A
População deu esse recado nas urnas”, ressaltou.

Dos 49.970 candidatos aptos a votar, 33.919 compareceram aos locais de votação. O que chama a atenção é a divisão dos votos, já que 110 candidatos a deputado estadual receberam votos dos primaverenses, diante desse cenário, Luis Costa avalia que faltou união entre as lideranças para que a cidade de fato tivesse um representante. Além disso o vereador ressaltou que o fator econômico fez a diferença.

“Na época de eleições candidatos de outras cidades vem para cá e
derramam dinheiro para poder se eleger. Como? Comprando as lideranças que vai pedir votos aqui. Por isso outros candidatos têm voto aqui. A população ainda não entendeu a importância que é ter um deputado que seja realmente de Primavera, que se interesse em resolver o problema daqui. Ter alguém daqui só por ter não adianta, mas a população precisa entender como funciona a politica. Outros candidatos são bem votados por causa do dinheiro. Outra situação que eu avalio, estamos vivendo uma época de governo populista, onde se xinga todo mundo, mentem, fazem discursos moralistas, pois quando você chega em um cargo, vê que
não consegue fazer o que falava. Primavera podia ter feito sim, dois deputados, mas ainda está muito dividido devido a questões econômicas, a falta de união aqui se reflete no financeiro”, avaliou.

Dos quatro nomes que concorriam a uma cadeira na Assembleia, nenhum conseguiu uma das 24 vagas, assim Primavera do Leste fica sem um representante direto no cenário estadual, o que para Costa é extremamente ruim para a cidade. “Não ter representante é ruim, vamos ter que bater na porta deles pedindo favor, seja em Brasília ou em Cuiabá. Dos que foram eleitos e tiveram o apoio do prefeito o que destinaram para cá? O que eles trouxeram para cidade? Claro que eles vão priorizar a cidade deles, priorizar onde tiveram mais votos. Eles não têm compromisso com a população. Será muito ruim, não vai ter ninguém por Primavera cobrando, vai faltar
na saúde, vai faltar na educação, pois não teremos a quem cobrar”,ressaltou o candidato que novamente voltou a criticar as lideranças da cidade.

“A liderança que pega dinheiro e pede votos para candidatos de outra cidade só pensou nele. Pegou o dinheiro e pensou em si, não na comunidade. A política tem que ser feita no coletivo pensando em todos. Muita gente me pergunta se poderia ter sido só eu o candidato de Primavera. Se fosse ver o que foi tratado lá atrás, sim seria só eu! Tirando o Zeca que é de outro grupo e estaria eleito também. Vejo a falta de união e de pensar na cidade de verdade, as pessoas pensam apenas nos seus grupos e não na cidade, com
isso vem consequências ruins para o município”, explicou.

Porém, Luís se vê otimista diante do cenário e acredita que as pessoas já estão com um novo olhar. “Nota-se um novo grupo surgindo. Meu grupo é o povo, não tive apoio de nenhum político da cidade. Se o povo quer, por que não pensar em ser prefeito de Primavera? Por que não pensar novamente em uma candidatura para deputado? Nestes dois anos que temos a frente da Câmara, espero passar para a população a importância do voto, a importância em votar em alguém que é da cidade. Quem sabe agora as pessoas passem a entender o verdadeiro papel de um político, um político que briga, não apenas ser político por nome. Um político que
trabalha e não somente pense no dinheiro”, frisou.

O vereador fez questão de agradecer a todos que, direta e indiretamente, ajudaram na campanha e confiaram a ele o voto. “Fiz uma campanha sem dinheiro e por mim, pela minha esposa e meu filho. O povo mostrou que eles querem um novo grupo. Agradeço a todos que andaram comigo o tempo todo, pessoas voluntárias que entregavam os santinhos para familiares. Agradecer a todos de Primavera e também em toda região. Prometo continuar trabalhando ao lado do povo”, finalizou.

Fonte: Jaqueline Hatamoto / Clique F5



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A Palavra

Ataque à Liberdade de Imprensa em Primavera do Leste


Na sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Primavera do Leste, realizada no dia 27 de outubro, um episódio levantou preocupações quanto à liberdade de imprensa e ao direito à crítica pública.

Durante seu discurso, o vereador Sargento Telles afirmou que, por ser formado em Direito, levaria apenas 15 minutos para ingressar com uma ação judicial, e que um juiz certamente acataria seu pedido para retirar matérias ou charges da internet que o desagradassem. A declaração foi interpretada como uma tentativa de intimidar a imprensa e os produtores de conteúdo crítico na cidade.

A fala causa estranheza, sobretudo por partir de um parlamentar — agente público sujeito à transparência e ao escrutínio da sociedade. A Constituição Federal assegura, de forma ampla, a liberdade de expressão, a liberdade de imprensa e o direito à crítica, fundamentos indispensáveis ao Estado Democrático de Direito.

Além disso, a Lei nº 14.996/2024 reconhece oficialmente a charge, a caricatura, o cartum e o grafite como manifestações da cultura brasileira, garantindo sua preservação e valorização como formas legítimas de expressão e crítica social.

Pontos principais da Lei 14.996/2024:

Reconhecimento cultural: define a charge, caricatura, cartum e grafite como manifestações da cultura nacional.

Objetivo: assegurar a livre expressão artística e promover a crítica social como parte essencial da democracia.

Definições: a charge é uma “ilustração humorística de acontecimentos da atualidade”; o cartum, uma ironia dos comportamentos humanos; e a caricatura, o exagero de traços para gerar humor e reflexão.

Qualquer tentativa de censura prévia, intimidação ou remoção de conteúdo crítico contraria esses princípios constitucionais e legais. A liberdade de imprensa e a arte crítica são instrumentos legítimos de fiscalização do poder e participação cidadã.

Em tempos de tensões políticas, é essencial que os representantes eleitos respeitem o papel do jornalismo e da arte como meios de construção de uma sociedade mais transparente, informada e democrática.


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