Primavera do Leste / MT - Sábado, 20 de Dezembro de 2025

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Pedido de afastamento do governador é embasado em suposta prática de “caixa 3”



A pedido de afastamento de Pedro Taques (PSDB) do cargo de governador, apresentado pela deputada estadual Janaina Riva (MDB) à Mesa Diretora nessa terça (23), cita a utilização de suposto “caixa 3” na campanha eleitoral de 2014, quando o tucano se elegeu. De acordo com a parlamentar, o “caixa 3” foi configurado na doação de R$ 900 mil feita, em tese, pelo empresário Willians Mischur à campanha do então candidato. Este seria apenas um dos supostos crimes praticados por Taques antes e durante sua gestão.

Ocorre que ao falar da doação em seu acordo de colaboração premiada (delação), o empresário Alan Malouf disse que parte dos R$ 900 mil foi destinada ao primo do governador, Paulo Taques (que comandou a Casa Civil no início dessa gestão), e que o grupo de empresários e amigos que cuidava do “caixa 2” não tomou ciência dessa doação.

Gilberto Leite

Pedro Taques

Governador Pedro Taques (PSDB) é alvo de delação premiada homologada pelo STF que relata suposto caixa 2 e caixa 3 em sua campanha de 2014

Mischur é proprietário da empresa Consignum Gestão de Margem Consignável. O objetivo da tal doação seria garantir a continuidade do contrato com o Estado para oferta de empréstimos consignados aos servidores do Executivo. O empresário chegou a ser preso na Operação Sodoma, fez acordo judicial e devolveu dinheiro ao erário.

Segundo a delação de Alan, a doação teria sido feita após o governador ter conhecimento do esquema na secretaria estadual de Gestão (Seges) em que Mischur pagava propina ao Governo de Silval Barbosa (ex-MDB, hoje sem partido) com valores entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão. A manutenção do esquema teria sido intermediada por Paulo Taques, que coordenou a campanha em 2014. O delator conta que ficou sabendo através do próprio Paulo sobre a doação.

Alan descreve como o montante teria sido pago. Parte da doação, R$ 500 mil, foi entregue em espécie para Paulo. O restante, R$ 400 mil, foi repassado por meio de cheques entregues por Paulo a Dozinete Aguilera Castrillon, que fez a doação oficial em nome de sua empresa, a Aguilera Auto Peças Ltda. Donizete disputou as eleições de 2014. Foi segundo suplente na chapa de Rogério Salles (PSDB), derrotado na disputa pelo Senado. A destinação dos R$ 900 mil é desconhecida por Alan, que foi condenado a 11 anos de prisão, em ação penal derivada da Operação Rêmora, que investiga esquema de fraude a licitações na Seduc.

Trâmite do pedido de afastamento

A Procuradoria da Assembleia tem prazo de cinco dias para se manifestar sobre a admissibilidade do pedido de afastamento. O presidente do legislativo, Eduardo Botelho (DEM), foi quem recebeu o pedido e tem a prerrogativa de decidir quando será colocado em pauta para votação. Na petição, a assessoria jurídica de Janaina elenca ao menos 10 crimes supostamente cometidos por Taques e que foram relatados por Alan na delação.

Taques nega envolvimento em qualquer irregularidade e diz que se manifestará nos autos. Mischur, por sua vez, comenta que lhe causa estranheza e indignação o surgimento de seu nome na delação premiada do empresário. Ele nega ter feito a doação e afirma ainda que a verdade prevalecerá.

Fonte: RD News/ Eduarda Fernandes



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Polícia

PRF apreende grande quantidade de drogas em caminhão na BR-070


Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu uma grande quantidade de entorpecentes na tarde desta quinta-feira (18), durante fiscalização realizada na BR-070, em Várzea Grande (MT). A ocorrência foi registrada no km 540, após a abordagem a uma combinação veicular composta por caminhão trator Volkswagen 19.320 e semirreboque Noma.

 

Durante a verificação, foram localizados diversos tipos de drogas ocultos no veículo. Em razão da complexidade da ocorrência, a combinação veicular foi conduzida até um ponto seguro para a realização dos procedimentos, na BR-364, km 434, região conhecida como Trevo do Lagarto.

 

Drogas apreendidas

 

Após a contagem e pesagem preliminar, foram apreendidos:

 

Pasta base de cocaína: aproximadamente 303,40 kg (367 tabletes);

 

Cloridrato de cocaína: aproximadamente 4,32 kg (4 tabletes);

 

Skunk: aproximadamente 50,45 kg (62 tabletes);

 

Haxixe: aproximadamente 5,05 kg (5 tabletes).

 

O material ilícito foi apreendido e encaminhado à Polícia Judiciária Civil, que dará continuidade aos procedimentos legais cabíveis. O veículo permaneceu à disposição da autoridade competente.

 

A apreensão reforça a atuação da Polícia Rodoviária Federal no combate ao tráfico de drogas, com foco na proteção da sociedade e no enfrentamento às organizações criminosas que utilizam as rodovias federais para o transporte de entorpecentes.


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