Primavera do Leste / MT - Domingo, 23 de Novembro de 2025

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Vereador Luis Costa afirma que fechamento de UTI Pediátrica em Rondonópolis irá deixar de atender todas as crianças e adolescentes da região



Da Redação

Médicos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica do Hospital Filantrópico Santa Casa de Misericórdia de Rondonópolis, anunciam que iriam encerrar os atendimentos neste domingo (15) por falta de repasse de valores por parte do governo do Estado. A unidade já não recebe novos pacientes e os internados devem ser transferidos para outras unidades. Por meio de nota a equipe médica que presta serviço ao Hospital alega dificuldades financeiras e defasagem na tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) e por isso, as atividades devem ser encerradas.

A decisão de fechar a UTI Pediátrica em Rondonópolis foi comentada pelo vereador Luis Costa (PR), na sessão ordinária de sexta-feira (13), que foi a última deste semestre. O legislador questiona o governador do estado por ter deixado chegar a esta situação, de fechar as portas por falta de pagamentos.

“Caro Governador, eu lamento muito essa notícia, isso é um crime, é um assassinato premeditado as nossas crianças e adolescentes. Quando a pessoa já está doente, está com a saúde vulnerável, agora imagina fechar uma UTI que é um tratamento intensivo para quem está com a saúde muito delicada, e isso por falta de pagamento, é um absurdo”. Desabafa o vereador.

Luis Costa salienta ainda, que toda a demanda da região em relação a UTI Pediátrica, tem como referência Rondonópolis, e se caso parar os atendimentos, o que irá se fazer, porque quase não existem vagas e as que existem são em outras regiões do estado.

“Todo gestor público tem que ter sempre em mente que prioridade é saúde e educação, sem estes serviços, todos os outros não irão funcionar direito. Nós dependemos de inúmeros serviços de saúde do governo do estado em Rondonópolis, a UTI Pediátrica é um serviço essencial, e se algo estiver errado lá, aqui também será afetado”. Explica Luis Costa.

O legislador fala ainda que todos os meses ouvimos que serviços públicos estão sendo fechados, atendimentos parados, e quem sofre é as pessoas usuárias destes serviços, os mais simples, os que não tem condições de pagar por um atendimento particular, que são maioria.  Luis Costa ressalta que a política é um mecanismo de fazer transformação, principalmente para quem precisa.

“Independente de qual seja o gestor, estadual ou municipal, o nosso povo precisa de saúde e educação de qualidade. Nossa cidade e estado não podem ser tratados com indiferença, precisamos cobrar qualidade de trabalho, e assim atender as demandas existentes. Ainda vemos por ai, escola como a da Vila União uma vergonha, que tem salas divididas, que são pequenas e quentes, paredes deterioradas, crianças estudando em um contêiner, entre outras necessidades. A prefeitura tem responsabilidade em ajudar a manter a escola, já que existe uma sala anexa com crianças vinculadas a educação infantil, e por meio da Secretaria de Educação e Esporte, informaram que irá construir uma estrutura mais adequada aos alunos do município. Porém, não estou vendo mudanças, e melhorias a escola, nem por parte do município e nem estado. Já estamos indo para o segundo semestre e não existem licitações para aquisição de materiais e infraestrutura, e as crianças continuam da mesma forma. É uma vergonha ter um estado e uma cidade tão ricos e não dar o mínimo de estrutura para o futuro destas crianças”. Conclui.

Andamento das negociações da UTI Pediátrica

Após reunião, na sexta (13), entre deputados, representantes da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) e Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a diretoria da Santa Casa de Misericórdia de Rondonópolis decidiu prorrogar o prazo para efetivamente paralisar o atendimento da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica.

A suspensão do atendimento estava prevista para domingo (15), mas agora a diretoria vai aguardar até quinta-feira (19), para que o acordo com o Estado e Município seja cumprido.  Segundo a diretoria do hospital, foi estabelecido que seja regularizado os pagamentos em atraso até o início da semana e também vai ser mantido a regularidade nos pagamentos. Ao todo devem ser repassados R$ 2,5 milhões da Prefeitura de Rondonópolis para quitar o déficit das UTIs, além do realinhamento dos valores pagos pelos leitos de UTI.

 



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Casa demolida sem ordem judicial: morador de 45 anos perde moradia após ação da associação do Assentamento Vale Verde


O drama vivido por Ronildo Cardoso Ventura, 45 anos, morador há mais de 13 anos no Assentamento Vale Verde, tomou proporções alarmantes após a demolição completa de sua residência no último sábado, dia 22. A ação foi realizada sem qualquer ordem judicial, utilizando — segundo testemunhas — recursos financeiros da própria associação de moradores.

 

A demolição foi autorizada pelo presidente da associação, Eliseu Barbosa Souza, que afirma que Ronildo estaria em débito com a entidade e, por isso, teria concordado em devolver o imóvel e o lote. No entanto, a defesa de Ronildo sustenta que nenhum processo judicial existe e que o documento apresentado pela associação não possui reconhecimento em cartório.

 

Há ainda um agravante: Ronildo afirma que assinou o papel sob efeito de álcool, sem plena consciência do conteúdo, e que o documento foi levado até ele por um morador conhecido como Madrugada. A situação levanta questionamentos sobre a validade e a legalidade desse suposto acordo.

No dia da demolição, uma pá carregadeira teria sido contratada com dinheiro da associação, demolindo completamente a casa onde Ronildo viveu durante mais de uma década. Desde então, ele está desabrigado, vivendo de favor em casas de amigos e vizinhos.

 

Sentindo-se ameaçado e injustiçado, Ronildo registrou boletim de ocorrência e conta agora com centenas de assinaturas de moradores que confirmam seu histórico e sua permanência no local. Os documentos serão encaminhados às autoridades na tentativa de reverter o que seus apoiadores classificam como uma violação flagrante de direitos.

 

O caso expõe um embate delicado dentro do assentamento e levanta preocupações sobre abuso de poder, coerção, insegurança jurídica e violação do direito à moradia — princípios protegidos pela legislação brasileira.

 

As investigações devem avançar nos próximos dias, enquanto Ronildo tenta reconstruir, ao menos emocionalmente, o que perdeu em minutos.


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