Primavera do Leste / MT - Quarta-Feira, 05 de Novembro de 2025

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PF cumpre 8 mandados em operação para combater crimes previdenciários



PF cumpre mandados de busca e apreensão durante operação — Foto: PF/Divulgação

PF cumpre mandados de busca e apreensão durante operação — Foto: PF/Divulgação

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (13), uma operação para combater crimes previdenciários em Mato Grosso. Ao todo, devem ser cumpridos oito mandados de busca e apreensão. Os alvos da Operação Opus Ficta não foram divulgados.

As ordens judiciais foram expedidas pela 5ª Vara da Justiça Federal em Mato Grosso. Os mandados são cumpridos em Cuiabá e Várzea Grande, na região metropolitana da capital.

As investigações da operação tiveram início em 2017. À época, informações fornecidas pela Coordenação de Inteligencia Previdenciária (Coinp-MT) denunciavam a inserção de vínculos empregatícios falsos no sistema previdenciário, através da Guia de Recolhimento do FGTS.

A fraude, segundo a PF, era feita com a inserção de vínculos laborais inexistentes com empresas que já tinham encerrado as atividades.

Mandados são cumpridos em Cuiabá e Várzea Grande — Foto: PF/Divulgação

Mandados são cumpridos em Cuiabá e Várzea Grande — Foto: PF/Divulgação

A irregularidade teria possibilitado a concessão e manutenção de benefícios previdenciários fraudulentos.

O suposto esquema teria participação de dois servidores do INSS, um contador e três pessoas. Eles devem responder por estelionato contra a autarquia previdenciária e inserção de dados falsos em sistema de informações.

A estimativa da PF é que os prejuízos aos cofres públicos seja de R$ 3 milhões.

A origem do nome da operação vem do latim e significa ‘trabalho fictício’.

Fonte: G1 Mato Grosso



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A Palavra

Ataque à Liberdade de Imprensa em Primavera do Leste


Na sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Primavera do Leste, realizada no dia 27 de outubro, um episódio levantou preocupações quanto à liberdade de imprensa e ao direito à crítica pública.

Durante seu discurso, o vereador Sargento Telles afirmou que, por ser formado em Direito, levaria apenas 15 minutos para ingressar com uma ação judicial, e que um juiz certamente acataria seu pedido para retirar matérias ou charges da internet que o desagradassem. A declaração foi interpretada como uma tentativa de intimidar a imprensa e os produtores de conteúdo crítico na cidade.

A fala causa estranheza, sobretudo por partir de um parlamentar — agente público sujeito à transparência e ao escrutínio da sociedade. A Constituição Federal assegura, de forma ampla, a liberdade de expressão, a liberdade de imprensa e o direito à crítica, fundamentos indispensáveis ao Estado Democrático de Direito.

Além disso, a Lei nº 14.996/2024 reconhece oficialmente a charge, a caricatura, o cartum e o grafite como manifestações da cultura brasileira, garantindo sua preservação e valorização como formas legítimas de expressão e crítica social.

Pontos principais da Lei 14.996/2024:

Reconhecimento cultural: define a charge, caricatura, cartum e grafite como manifestações da cultura nacional.

Objetivo: assegurar a livre expressão artística e promover a crítica social como parte essencial da democracia.

Definições: a charge é uma “ilustração humorística de acontecimentos da atualidade”; o cartum, uma ironia dos comportamentos humanos; e a caricatura, o exagero de traços para gerar humor e reflexão.

Qualquer tentativa de censura prévia, intimidação ou remoção de conteúdo crítico contraria esses princípios constitucionais e legais. A liberdade de imprensa e a arte crítica são instrumentos legítimos de fiscalização do poder e participação cidadã.

Em tempos de tensões políticas, é essencial que os representantes eleitos respeitem o papel do jornalismo e da arte como meios de construção de uma sociedade mais transparente, informada e democrática.


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