Primavera do Leste / MT - Segunda-Feira, 15 de Dezembro de 2025

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Polícia

Câmeras de segurança flagram bate-boca entre delegado e ex-secretário de Segurança de MT em supermercado



Imagens feitas por duas câmeras de segurança do estacionamento de um supermercado registraram o bate-boca entre o delegado Flávio Stringuetta, que investigou o caso dos grampos telefônicos clandestinos, e o ex-secretário estadual de Segurança Pública (Sesp-MT), Rogers Jarbas, que chegou a ser preso por suspeita de tentar atrapalhar as investigações. Os doisregistram boletins de ocorrência sobre as supostas ameaças.

A reportagem teve acesso às imagens com exclusividade. Nas filmagens, é possível ver o momento em que o delegado Flávio Stringuetta, que está de camisa vinho, passa pelo caixa. O delegado afastado e ex-secretário Rogers Jarbas, que usa camisa vermelha, se aproxima também levando um carrinho.

Na sequência, Striguetta sai e Jarbas passa as compras dele. Ele olha várias vezes em direção ao lado onde Stringuetta saiu do mercado, paga as compras e larga tudo no caixa. Em seguida, outra câmera já mostra Stringuetta montado na moto dele, com um capacete branco.

Depois, Jarbas aparece na imagem seguindo em direção a Stringueta. Os dois parecem discutir por alguns minutos e Stringueta chega a sair da moto e abrir os braços.

Interceptações clandestinas

Striguetta foi um dos delegados responsáveis pelas investigações do esquema de interceptações clandestinas que teria monitorado ilegalmente dezenas de telefones em Mato Grosso, entre 2014 e 2015.

Rogers Jarbas é acusado de tentar obstruir essas investigações e, de acordo com a ação que corre no Superior Tribunal de Justiça (STJ), teria usado o cargo para coagir delegados. Além disso, o ex-secretário teria participado de um plano para instalação de uma microcâmera em uma farda, para espionar o desembargador Orlando Perri, que era relator do caso dos grampos no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).

Outro lado

Rogers Jarbas nega ter feito ameaças ao delegado Flávio Stringuetta. O ex-secretário chegou a ser preso, mas foi liberado. Mesmo assim, tem restrições: não pode ter contato com outros acusados, testemunhas ou servidores públicos que fizeram parte das investigações.

Por meio de nota, os advogados de defesa de Jarbas afirmaram que, de fato, o ex-secretário e o delegado Flávio Stringuetta tiveram contato em um supermercado na semana passada, mas que Rogers não ameaçou e não propôs confronto contra Stringuetta. A defesa diz que foi Stringuetta quem propôs a briga.

A reportagem ainda questionou a defesa do ex-secretário sobre ele ter buscado contato com um delegado envolvido na investigação dos grampos. Pelo entendimento dos advogados, as medidas restritivas impostas pela justiça não impedem que Rogers Jarbas fale com Stringuetta.

Fonte: G1 Mato Grosso



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Zambelli renuncia após decisão do STF, e Câmara convoca suplente para assumir mandato


A decisão ocorre após o presidente da Câmara solicitar um parecer jurídico sobre a determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que anulou a votação do plenário

A Câmara dos Deputados oficializou neste domingo (14) a saída de Carla Zambelli (PL-SP) do Parlamento. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), comunicou que a deputada apresentou renúncia ao mandato, o que levou à convocação imediata do suplente Adilson Barroso (PL-SP) para assumir a vaga.

A decisão ocorre após o presidente da Câmara solicitar um parecer jurídico sobre a determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que anulou a votação do plenário que havia mantido Zambelli no cargo. O entendimento de Moraes, posteriormente confirmado por unanimidade pela Primeira Turma do STF, reafirmou a cassação do mandato, conforme já havia sido decidido anteriormente pela Corte.

Em nota oficial, a Câmara informou que a deputada comunicou formalmente sua renúncia à Secretaria-Geral da Mesa neste domingo. Diante disso, Hugo Motta determinou os trâmites administrativos para a posse do suplente.

Ao justificar sua decisão, Alexandre de Moraes classificou a deliberação do plenário da Câmara como inconstitucional, afirmando que houve violação aos princípios da legalidade, moralidade e impessoalidade, além de desvio de finalidade. Para o ministro, a Constituição é clara ao atribuir ao Poder Judiciário a competência para decretar a perda de mandato de parlamentares condenados criminalmente com trânsito em julgado.

Segundo o magistrado, nesses casos, cabe à Mesa Diretora apenas formalizar a perda do mandato, sem margem para decisão política. Moraes também ressaltou que o STF mantém esse entendimento há mais de uma década, desde o julgamento do mensalão, em 2012.


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