Primavera do Leste / MT - Sexta-Feira, 21 de Novembro de 2025

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Cinco são presos após empregada doméstica ajudar em roubo na casa dos patrões em MT



Cinco pessoas foram presas suspeitas de terem cometido um assalto em uma casa em Barra do Garças, a 516 km de Cuiabá. A Polícia Civil descobriu que a empregada doméstica da própria residência ajudou no roubo. Cinco suspeitos foram presos na operação ‘Fiducia’, realizada nessa quarta-feira (3). A funcionária da casa, por se tratar de ré primária, não teve a prisão decretada e vai responder em liberdade.

Entre os presos estão, Lucas Ribeiro Brito Oliveira, Cleyton Vinicios Alves dos Santos, Wkariston Barbosa Lauriano, Lucas Souza Cardoso, e Emmylle Souza da Silva. Eles responderão pelos crimes de furto qualificado e associação criminosa. Um dos integrantes do grupo continua foragido.

Segundo a Polícia Civil, as investigações iniciaram após o furto de uma residência no Bairro Jardim das Mangueiras, ocorrido no dia 25 de dezembro, quando os proprietários viajaram e deixaram a casa sob a responsabilidade da empregada. A funcionária, casada com um dos autores do furto, alertou os comparsas sobre a vulnerabilidade da residência, assim como sobre os objetos de interesse dos criminosos.

No dia do furto, a empregada prendeu os cachorros e aguardou a concretização do crime. Eles levaram uma moto aquática com carreta semirreboque, avaliado em R$ 60 mil, televisões, notebook, joias e roupas das vítimas. No dia seguinte, a funcionária ligou para os donos da residência para informar sobre o furto.

A polícia foi chamada e começou a análise de câmeras de segurança das proximidades. Os investigadores identificaram o veículo que rebocou a moto aquática para fora da residência. O trabalho também identificou dois suspeitos, que são monitorados por tornozeleira eletrônica, que estavam no dia, horário e local do crime.

Com as informações, os policiais conseguiram chegar até uma residência em que foram encontrados a moto aquática, uma televisão, três celulares e roupas das vítimas. No momento da apreensão a televisão já estava instalada no quarto de um dos suspeitos. Outro envolvido no furto usava roupas da vítima.

De acordo com o delegado Wilyney Santana Borges, os envolvidos também são suspeitos de atuarem em diversos roubos e furtos ocorridos na cidade.

O nome da operação “Fiducia” vem do latim e significa ‘confiança’. O termo foi escolhido, baseado na relação de confiança, de como o crime foi planejado e executado.

Fonte: G1 Mato Grosso



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Demarcação de terras indígenas em MT: após novos decretos, AMM e entidades vão ao STF cobrar segurança jurídica


Preocupados com o impacto das novas demarcações de terras indígenas em Mato Grosso, o presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, Léo Bortolin, levou a Brasília uma pauta de emergência em defesa dos municípios. Ao lado de representantes do agro e do Legislativo estadual, ele participa de reunião com o ministro Gilmar Mendes, nesta quinta-feira (20/11), feriado da Consciência Negra, no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a comitiva, os decretos publicados nesta semana geram insegurança jurídica para prefeituras, produtores rurais e para a economia de Mato Grosso.

 

As entidades questionam decretos assinados nesta semana pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que homologam a demarcação das terras indígenas Manoki, Uirapuru, Estação Parecis e Kaxuyana-Tunayana. Ao todo, são cerca de 2,45 milhões de hectares distribuídos entre Pará, Amazonas e Mato Grosso. Com essas homologações, chega a 20 o número de territórios indígenas confirmados desde 2023, de acordo com a Casa Civil.

 

Em Mato Grosso, as novas demarcações atingem diretamente áreas produtivas nos municípios de Diamantino, Campos de Júlio, Nova Lacerda, Conquista D’Oeste e Brasnorte. Prefeitos e produtores já vinham manifestando preocupação com o avanço de processos de demarcação e revisão de limites territoriais. “O que está em jogo em Mato Grosso não é um debate abstrato. São prefeituras que podem perder parte importante da receita de uma hora para outra, sem tempo de adaptação e sem diálogo. Os prefeitos estão inseguros, os produtores apreensivos. Nosso pedido é por segurança jurídica e previsibilidade”, afirma o presidente da AMM, Léo Bortolin.

 

Em cidades como Brasnorte, a ampliação da Terra Indígena Manoki atinge propriedades rurais consolidadas e pode reduzir de forma significativa a base de arrecadação do município. O prefeito de Brasnorte, Edelo Ferrari, destaca o impacto direto nas contas públicas e nos serviços prestados à população. “Se essa ampliação for mantida, o município vai perder arrecadação e ter que cortar serviço. Não estamos falando só de fazenda, estamos falando de escola, saúde, estrada. Para Brasnorte, o prejuízo é enorme e muito difícil de reverter”, aponta o prefeito.

 

Para o presidente da Aprosoja Mato Grosso, Lucas Costa Beber, muitos produtores rurais foram pegos de surpresa pelos decretos de demarcação. “Tem assentamento, área com CAR e famílias que estão há muitos anos na mesma região. O produtor olha para o decreto e pensa: tudo o que construí está em risco? Isso é uma insegurança jurídica enorme”, avalia.

 

Vilmondes Tomain, presidente da Famato, ressalta que a pressão não recai apenas sobre o setor produtivo, mas também sobre os gestores municipais. “Essas áreas não são só números em mapa. São municípios inteiros tentando manter serviço público funcionando, enquanto produtores se sentem vulneráveis com medo de perder o patrimônio de uma vida. Precisamos de responsabilidade e equilíbrio”, diz.

 

A deputada estadual Janaína Riva avalia que o diálogo com o ministro Gilmar Mendes é essencial para levar a realidade mato-grossense ao centro do debate no STF. “O ministro foi receptivo e conhece o estado. Quando explicamos que um município pode perder até 20% de receita, fica claro que não se trata apenas de discutir limites, mas de discutir a continuidade dos serviços para a população”, afirma a parlamentar.

 

Como encaminhamento, ficou definido que, já na próxima segunda-feira, a AMM e as demais entidades envolvidas irão se reunir para protocolar uma ação com o objetivo de suspender todos os processos que tratem de novas demarcações ou remarcações de terras indígenas envolvendo Mato Grosso, tanto na esfera administrativa quanto na judicial. A intenção é garantir segurança jurídica até que haja maior clareza sobre critérios, procedimentos e impactos para os municípios e para a economia do estado.

 

Participaram da reunião com o ministro Gilmar Mendes o presidente da AMM, Léo Bortolin, o deputado estadual Eduardo Botelho, a deputada estadual Janaína Riva, o prefeito de Brasnorte, Edelo Ferrari, o presidente da Aprosoja Mato Grosso, Lucas Costa Beber, e o presidente da Famato, Vilmondes Tomain.

Assessoria


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