Primavera do Leste / MT - Segunda-Feira, 24 de Novembro de 2025

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Polícia

Operação contra desvio de verba do Detran-MT cumpre mandados nas casas de dois deputados



Uma operação foi deflagrada nesta segunda-feira (19) contra desviou dinheiro do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT), por meio de esquema fraudulento, denunciado pelo irmão do ex-governador de Mato GrossoSilval Barbosa (PMDB), Antônio Barbosa, em delação já homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

São cumpridos mandados na casa do presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Eduardo Botelho (PSB), na casa e no gabinete do deputado Mauro Savi (PSB), e nas casas de servidores públicos e empresários. Um chaveiro abriu a porta do gabinete de Savi, na Assembleia. Eles ainda não se manifestaram sobre o caso.

De acordo com o Ministério Público Estadual (MPE), os mandados de busca e apreensão foram determinados pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e estão sendo cumpridos pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) e Polícia Civil, com apoio da Polícia Militar, por meio do Batalhão de Operações Especiais (Bope).

A operação Bereré, como foi batizada, faz buscas em Cuiabá, Sorriso, a 420 km de Cuiabá, e em Brasília.

Em Sorriso, a polícia faz buscas na casa do empresário Valdir Daroit, irmão da ex-mulher do deputado Mauro Savi.

O esquema é investigado pela Delegacia Especializada em Crimes Contra a Administração Pública e Ordem Tributária (Defaz) em conjunto com o Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco).

Delação

Em delação, o irmão de Silval Barbosa disse que o presidente da Assembleia Legislativa teria se beneficiado com um esquema no Detran. A delação foi feita e homologada no ano passado pelo STF.

Segundo ele disse em depoimento, houve fraude no serviço de gravames de veículos (registro de contratos de financiamento), através de uma empresa ligada a ele. Mauro Savi e o ex-deputado federal Pedro Henry também foram apontados por ele como supostos integrantes do esquema.

Fonte: G1 Mato Grosso



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Casa demolida sem ordem judicial: morador de 45 anos perde moradia após ação da associação do Assentamento Vale Verde


O drama vivido por Ronildo Cardoso Ventura, 45 anos, morador há mais de 13 anos no Assentamento Vale Verde, tomou proporções alarmantes após a demolição completa de sua residência no último sábado, dia 22. A ação foi realizada sem qualquer ordem judicial, utilizando — segundo testemunhas — recursos financeiros da própria associação de moradores.

 

A demolição foi autorizada pelo presidente da associação, Eliseu Barbosa Souza, que afirma que Ronildo estaria em débito com a entidade e, por isso, teria concordado em devolver o imóvel e o lote. No entanto, a defesa de Ronildo sustenta que nenhum processo judicial existe e que o documento apresentado pela associação não possui reconhecimento em cartório.

 

Há ainda um agravante: Ronildo afirma que assinou o papel sob efeito de álcool, sem plena consciência do conteúdo, e que o documento foi levado até ele por um morador conhecido como Madrugada. A situação levanta questionamentos sobre a validade e a legalidade desse suposto acordo.

No dia da demolição, uma pá carregadeira teria sido contratada com dinheiro da associação, demolindo completamente a casa onde Ronildo viveu durante mais de uma década. Desde então, ele está desabrigado, vivendo de favor em casas de amigos e vizinhos.

 

Sentindo-se ameaçado e injustiçado, Ronildo registrou boletim de ocorrência e conta agora com centenas de assinaturas de moradores que confirmam seu histórico e sua permanência no local. Os documentos serão encaminhados às autoridades na tentativa de reverter o que seus apoiadores classificam como uma violação flagrante de direitos.

 

O caso expõe um embate delicado dentro do assentamento e levanta preocupações sobre abuso de poder, coerção, insegurança jurídica e violação do direito à moradia — princípios protegidos pela legislação brasileira.

 

As investigações devem avançar nos próximos dias, enquanto Ronildo tenta reconstruir, ao menos emocionalmente, o que perdeu em minutos.


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