Primavera do Leste / MT - Quinta-Feira, 25 de Dezembro de 2025

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Polícia

PF mapeia 16 fazendas do tráfico e uma delas chama “Branca”, em alusão à “coca”



Organização criminosa liderada por um dos maiores traficantes da América do Sul, Luiz Carlos da Rocha, o “Cabeça Branca” tinha uma mega estrutura em Mato Grosso.

Investigando a atuação dele, a Polícia Federal identificou pelo menos 16 fazendas utilizadas para pousos de aeronaves carregadas de cocaína, vinda da Bolívia, Colômbia e Peru. Um total de 40 mil hectares.

Segundo a PF, um núcleo atuava em Mato Grosso e outro no Paraná.

“Cabeça Branca” foi preso em Sorriso (a 290 km de Cuiabá) em 2017 na Operação Spectrum.

A Spectrum chegou à quarta fase, denominada Sem Saída, desencadeada na quinta (22), envolvendo o ex-prefeito de Brasnorte.

Organização extremamente respeitada no mundo do crime”, afirmou o delegado Roberto Biasoli, durante coletiva de imprensa na sede da PF em Curitiba.

De acordo com o delegado coordenador da Operação, Elvis Aparecido Secco, que também participou da coletiva, em Mato Grosso, a maioria dos mandados foi cumprida em fazendas. “Um mar de terras”, comenta.

Fazendeiro do pó

Dos cerca de R$ 665 milhões apreendidos do tráfico pela Polícia Federal em 2017, metade era de Cabeça Branca. O traficante tinha mansões com vista para o mar e carros luxuosos em vários estados, além de fazendas em Mato Grosso. As propriedades rurais ficavam em nomes de laranjas e eram usadas para lavar o dinheiro do crime.

Um mar de terras

Delegado da PF, Elvis Secco

Uma de suas fazendas fica em Tapurah (a 431 km de Cuiabá). Tem cerca de 2 mil hectares de soja. Outra está localizada em Marcelândia (524 km). Também produz soja e, mesmo com o traficante preso, já foi arrendada para outros produtores. Uma terceira propriedade, chamada de Por do Sol, foi abandonada logo após sua prisão, em julho de 2017.

Meses antes de ser preso, o traficante tentou comprar uma propriedade em Campo Novo do Parecis (404 km). O local se chamava “Branca” e já era utilizado como ponto do comércio de drogas. Pilotos que traziam a cocaína da Bolívia de avião passavam pelo local e lançavam os pacotes, que eram recolhidos por uma equipe em terra.

Em maio deste ano a PF deflagrou a operação Efeito Dominó, após a deleção de Carlos Alexandre de Souza Rocha, conhecido como “Ceará”. Ele atuava na Lava Jato com o doleiro Alberto Youssef e firmou acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR). Segundo as investigações da polícia, Cabeça Branca, era “cliente vip” dos doleiros.

narcotr�fico

Aeronave do narcotráfico flagrado pela Polícia Militar em fazenda de MT. Em muitas delas tem pista de pouso. Em outras, a aterrizagem é feita no pasto

De acordo com a PF, a investigação policial apontou uma “complexa e organizada estrutura” destinada à lavagem de recursos provenientes do tráfico internacional de entorpecentes.

As pessoas presas nesta quinta formam o “núcleo principal” da organização ligada ao Cabeça Branca. Quase todos os presos tinham acesso ao criminoso e que o contato com ele era restrito. Os presos, segundo a PF, são doleiros e lavadores de dinheiro.

Ainda de acordo com a PF, Ceará e Cabeça Branca passaram a atuar juntos a partir de 2016. Antes, em 2013, Ceará já trabalhava para traficantes.

2 núcleos

A Sem Saída investiga dois núcleos ligados diretamente ao Cabeça Branca. Um núcleo atuava em Mato Grosso e outro no Paraná. Movimentaram R$ 100 milhões. Delegado Secco afirma que, do total, a maioria é representada por propriedades rurais.

“Apreensão de drogas, por si só, não causa o impacto que a PF deseja”, explica o delegado. Para desmobilizar a criminalidade financeiramente, segundo ele, é preciso atacar a força da organização, que são as fazendas.

Ao longo das etapas da Operação Spectrum, foram apreendidos R$ 600 milhões. O delegado afirmou que a Operação é a maior da história da PF em relação à desarticulação patrimonial de organizações criminosas com atuação no tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.

Alvos

Dois dos alvos presos nesta quinta foram identificados por meio de imagens feitas em um shopping em São Paulo, meses antes da prisão do Cabeça Branca. Na época, investigadores chegaram a acreditar que eram seguranças do Cabeça Branca.

A PF admite que a organização criminosa ainda não foi desmantelada no todo, mas está abalada, com o impacto causado com as prisões efetuadas ao longo das quatro etapas e com a desarticulação financeira. Além disso, perdeu o líder, já que Cabeça Branca está preso.

Sem Saída

Nesta nova fase, a Sem Saída, foi marcada pela prisão do ex-prefeito de Brasnorte (a 585 km de Cuiabá), Eudes Tarciso de Aguiar (DEM), do irmão dele, Alessandro Rogério de Aguiar, e do empresário Mauro Laurindo da Silva, sócio da Fama Serviços Administrativos, empresa em Mato Grosso investigada pelo suposto pagamento de propina a políticos e que recebeu repasses de doleiros ligados ao traficante. A Fama está envolvida no esquema de corrupção no Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT).

Fonte: RD News



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SEDEC consolida 2025 como ano de virada econômica em Primavera do Leste sob comando de Fábio Parente


Secretaria amplia atuação estratégica, articula investimentos nacionais e internacionais, fortalece infraestrutura produtiva e coloca Primavera do Leste no mapa da inovação, da indústria e do desenvolvimento de longo prazo.

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Inovações, Turismo e Tecnologia (SEDEC) encerra 2025 consolidada como uma das pastas mais estratégicas da administração municipal de Primavera do Leste. Sob a condução do secretário Fábio Parente, a secretaria deixou de atuar apenas como apoiadora de eventos e passou a exercer papel central no planejamento econômico do município, com ações estruturantes, visão de futuro e articulação em nível estadual, nacional e internacional.

 

Ao longo do ano, a SEDEC avançou simultaneamente em frentes consideradas decisivas para o crescimento sustentável da cidade: infraestrutura produtiva, inovação tecnológica, atração de investimentos, fortalecimento do comércio e qualificação profissional. A agenda adotada colocou Primavera do Leste em diálogo direto com grandes centros de tecnologia, investidores estrangeiros e programas estratégicos do Governo do Estado.

 

Um dos eixos mais relevantes foi a organização da base física do desenvolvimento. A secretaria atuou diretamente na manutenção e no planejamento dos distritos industriais Valdemiro Gueno, José de Alencar e Adivino Castelli, além de conduzir projetos de topografia, pavimentação e regularização fundiária, fundamentais para destravar investimentos e dar segurança jurídica às empresas instaladas ou interessadas em se instalar no município.

 

No setor logístico e aeroportuário, a ampliação do pátio de aeronaves, o fortalecimento da segurança operacional, a atualização do Plano de Emergência de Aeródromo e a realização de cursos de qualificação em segurança aeroportuária colocaram o Aeroporto Municipal em outro patamar, alinhado às exigências técnicas e ao crescimento da frota aérea ligada ao agronegócio.

 

Paralelamente, a SEDEC assumiu protagonismo na pauta da inovação. A defesa da implantação de um parque tecnológico em Primavera do Leste ganhou corpo com missões técnicas a Sorocaba e São José dos Campos, dois dos principais polos de tecnologia do país. As visitas permitiram à gestão conhecer modelos consolidados de centros de inovação, fortalecer parcerias institucionais e desenhar um projeto realista, conectado ao perfil econômico local e com visão de longo prazo.

 

A secretaria também inseriu o município de forma definitiva no ecossistema estadual e nacional de inovação, com participação em eventos estratégicos, reuniões técnicas e articulações com universidades, startups e instituições de fomento. A proposta é clara: preparar Primavera do Leste para crescer de forma organizada, diversificada e competitiva nas próximas décadas.

 

Na frente de atração de investimentos, a atuação foi além das fronteiras nacionais. A SEDEC recebeu comitivas de investidores estrangeiros, manteve diálogo com grandes grupos empresariais e participou de missões internacionais à China e à Índia, apresentando as potencialidades econômicas do município e abrindo caminhos para futuras parcerias comerciais, tecnológicas e educacionais. Esses contatos colocaram Primavera do Leste no radar de mercados estratégicos e reforçaram sua posição como polo regional em expansão.

 

O fortalecimento do empreendedorismo local também foi prioridade. A parceria com a Desenvolve MT ampliou o acesso ao crédito para empresários, com linhas que variam de R$ 15 mil a R$ 1,5 milhão, incluindo condições especiais para mulheres e jovens empreendedores. A secretaria ainda atuou diretamente em feiras, eventos comerciais e ações de orientação empresarial, aproximando o poder público do setor produtivo.

 

No turismo e na economia criativa, o Festival Gastronômico de comida de rua registrou a maior arrecadação de sua história, movimentando cerca de R$ 112 mil em vendas e gerando dezenas de empregos diretos e indiretos. A presença da SEDEC em eventos culturais, feiras e congressos nacionais reforçou a estratégia de usar cultura, tradição e identidade local como vetores de desenvolvimento econômico.

 

Todo esse conjunto de ações ocorreu em sintonia com a orientação da gestão do prefeito Sérgio Machnic, marcada por perfil discreto, pulso firme e foco em resultados. A SEDEC se consolidou como uma das engrenagens centrais desse modelo administrativo, transformando planejamento em entregas concretas e posicionando Primavera do Leste como uma cidade preparada para crescer com organização, inovação e visão de futuro.

 

Ao fechar 2025, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico deixa um recado claro: o desenvolvimento do município deixou de ser discurso e passou a ser política pública estruturada, com estratégia, articulação e horizonte de longo prazo — um legado que projeta Primavera do Leste para além do presente.

 


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