Primavera do Leste / MT - Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 2025

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Polícia Civil conclui inquérito e indicia cinco por homicídio de prefeito de Colniza



A Polícia Judiciária Civil indiciará cinco pessoas no inquérito policial que investiga a morte do prefeito de Colniza, Esvandir Antonio Mendes, 61 anos, e da tentativa de homicídio do secretário de Finanças do município, Admilson Ferreira dos Santos, 41 anos, ocorrido no dia 15 de dezembro. O inquérito policial será concluído, nesta terça-feira (26.12), com a responsabilização dos envolvidos nos crimes de homicídio qualificado, tentativa de homicídio e associação criminosa.

Os suspeitos, Antônio Pereira Rodrigues Neto, Zenilton Xavier de Almeida e Welisson Brito Silva, foram presos em flagrante, no dia 17 de dezembro, em uma estrada entre os municípios de Juruena e Castanheira (880 e 735 km a Noroeste da Capital). Na tarde de domingo (24), a esposa de Antônio Rodrigues, Yana Fois Coelho Alvarenga, teve o mandado de prisão temporária cumprido e o irmão do suspeito, J.V.O.P., 15, foi apreendido, por participação na ação criminosa.

Antônio Pereira Rodrigues Neto é empresário em Colniza do ramo de rede de combustível e táxi aéreo. Segundo as investigações, ele arregimentou dois comparsas oriundos do Pará para o crime, motivado por cobrança de dívida. Apontado como o mandante, o suspeito também participou da execução do prefeito.

Segundo o delegado, Edison Pick, Yana, tinha conhecimento do crime e acobertou a ação do marido. A esposa do suspeito é médica e teve o mandado de prisão cumprido, no Hospital Municipal de Colniza O adolescente, J.V.O.P. teve o mandado de internação, de 45 dias, cumprido em um posto de combustível da família, durante buscas da Polícia Civil no local.

Ouvido em declarações, o irmão de Antônio Rodrigues confessou que auxiliou a fuga dos suspeitos, a pedido do irmão, mas negou que soubesse antes da ação criminosa. Em interrogatório, a médica se reservou ao direito de permanecer calada. O delegado representará pelo pedido de conversão da prisão temporária de Yana em preventiva.

Antônio, Zenilton, e Welisson  fugiam em um veículo Fiat Uno cinza, quando foram abordados a cerca de 20 km após Castanheira, por uma viatura do Grupo Armado de Resposta Rápida (Garra), da  Regional da Polícia Civil de Juína, que auxiliou as investigações. Dentro do automóvel foram apreendidos R$ 60 mil, em espécie. O dinheiro estava em um pacote do Banco do Brasil, sendo um montante de R$ 50 mil, e outros dois volumes de R$ 10 mil.

O delegado, Caio Fernando Álvares de Albuquerque, da Delegacia de Roubos e Furtos de Cuiabá, que foi para região com três investigadores, para reforçar as investigações junto com o delegado de Colniza, Edison Pick, disse que o dinheiro encontrado no carro pertencia a Antônio Pereira Rodrigues Neto. “Dois deles confessam e Antônio permaneceu em silêncio, disse.

De acordo com os presos, foram usadas quatro armas de fogo no crime, mas somente um revólver calibre 38 e um fuzil 22, com numeração raspada, foram encontrados dentro de uma bolsa deixada no mato, pela Polícia Militar. As armas estavam cerca de 15 km de Colniza,  localidade onde também foi abandonada a caminhonete da ação criminosa. Duas pistolas, que segundo as informações levantadas,  também foram usadas, teriam sido jogadas dentro de um rio. O Corpo de Bombeiros foi acionado para efetuar buscas a fim de localizá-las.

O inquérito policial será concluído, nesta terça-feira (26), com indiciamento de todos os envolvidos pelos crimes de homicídio qualificado, pela paga ou promessa de recompensa e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, tentativa de homicídio e associação criminosa. O menor de idade responderá por ato infracional análogo aos mesmos crimes.

Edison Pick agradeceu o apoio das forças de segurança e de todos os que auxiliaram o esclarecimento do crime. “Agradeço o delegado Ramiro Mathias Ribeiro Queiroz que disponibilizou a equipe do Grupo de Operações Especiais (GOE), delegado, Marco Bortolloto Remuzzi com a equipe do Garra de Juína, força tarefa coordenada pelo delegado da Derf Cuiabá, Caio Fernando Alvares de Albuquerque, além da equipe local, sem os quais não seria possível a rápida e eficiente resolução do caso”, destacou o delegado.

O crime

O prefeito conduzia uma Toyota SW4 preta quando foi interceptado pelos criminosos, em um veículo SUV, preto, cerca de 7 quilômetros da entrada da cidade. O veículo foi ao encontro da caminhonete, momento que foram efetuados vários disparos contra o prefeito Esvandir que ainda conseguiu dirigir, mas acabou morrendo no perímetro urbano, na BR 174, esquina com a Rua 7 de Setembro. Outros dois disparos feriram o secretário Admilson, sendo um na perna esquerda e outro nas costas. O fato ocorreu por volta das 18h40, de sexta-feira (15).

Acompanhamento

Nas primeiras horas de sábado (16), duas aeronaves do Centro Integrado de Segurança Pública (CioPaer) foram deslocadas ao município. Um avião seguiu com equipe da Delegacia de Roubos e Furtos de Cuiabá e Inteligência, composta por um delegado e três investigadores, para auxiliar as Polícias local nas investigações. Outra aeronave levou o secretário de Estado de Segurança Pública, Gustavo Garcia Franciso, o comandante geral da Polícia Militar, coronel PM Marcos Cunha e o delegado geral da Polícia Judiciária Civil, Fernando Vasco Spinelli Pigozzi, que acompanham os trabalhos.

O secretário Gustavo Garcia destacou o empenho de todas as instituições da Segurança Pública e atuação célere na elucidação do crime. “O esclarecimento do fato teve um sucesso muito rápido, outros demandam mais tempo. Parabenizo os policiais que se dedicaram que estão horas sem dormir, trabalhando diuturnamente e comemoro o fortalecimento do sistema de Segurança Pública do Estado de Mato Grosso”,  declarou.

“O sucesso dessa operação e de outras se deve a aproximação e integração das forças”, disse delegado geral da Polícia Civil, Fernando Vasco Spinelli Pigozzi.

O comandante da Polícia Militar, coronel PM Marcos Cunha, também ressaltou a eficiência do sistema de segurança. “A rapidez na resolução de todo o caso, praticamente durante 10 horas já demos uma resposta a toda a sociedade. Parabenizo todos policiais militares e policiais civis”.

Fonte: Polícia Civil de Mato Grosso



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Brasil

Em vídeo, turistas agredidos refutam ambulantes; ‘merecem cadeia’


Os turistas Johnny Andrade e Cleiton Zanatta, agredidos na praia de Porto de Galinhas, retornaram a Cuiabá nesta terça-feira (30) e negaram todas as acusações feitas por donos de barracas suspeitos de envolvimento na violência. Em vídeo gravado ainda no Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, o casal mostrou o comprovante de pagamento pelo aluguel dos acessórios praianos e disseram que os empreendedores merecem “cadeia”.

O espancamento ocorreu no último fim de semana, enquanto os mato-grossenses estavam de férias na praia pernambucana. Segundo eles, o desentendimento ocorreu por conta do valor divergente cobrado pela locação.

Por outro lado, ambulantes alegaram que ambos estavam alterados, se negaram a pagar pelo serviço e teriam agredido um dos comerciantes. 14 envolvidos foram identificados pela polícia da cidade e as barracas interditadas por uma semana.
Diante da repercussão de mais um capítulo do caso, o personal trainer, com rosto machucado, fez o vídeo desmentindo as acusações.

“Nós não chegamos alterados, não estávamos bêbados, não levados dois litros de whisky para a barraca de vocês. Sim, nós levamos meio livro de whisky porque não iríamos consumir a caipirinha de vocês porque estavam muito caras”, explicou a vítima.

Ele ainda diz que bebeu duas doses da bebida e foi para a água, logo em seguida houve a briga generalizada.

“Não nos negamos pagar, tanto é que está aqui o comprovante. Pagamos R$ 80 que nos cobraram e mais duas águas de coco, no valor de R$ 94”, descreve e expõe o comprovante de transferência. “Todos têm que ir para a cadeia, que é o lugar de vocês”, finalizou ao lado do companheiro, que reforçou o que foi dito.

 

A situação ganhou notoriedade nacional e muitos turistas relataram ter sofrido o mesmo abuso por parte dos ambulantes. O casal já anunciou que irá acionar a Justiça contra os envolvidos.

O caso
Os mato-grossenses Johnny Andrade e Cleiton Zanatta passavam férias em Porto de Galinhas quando houve o desentendimento na praia, uma das mais famosas do país.

 

Ambos chegaram ao local onde passariam o dia e logo foram abordados por trabalhadores das barracas de locação de cadeiras, mesas e guarda-sol. Foi acertado um valor, mas, segundo as vítimas, na hora de pagar o preço cobrado foi outro.

Ambos se sentiram lesados e disseram que não era aquele o combinado e que não pagariam o montante extra. Neste momento, foram agredidos por um grupo de ambulantes.

 

Os turistas só conseguiram sair da briga generalizada ao serem socorridos pelo Corpo de Bombeiros. Mesmo assim, os suspeitos avançaram sobre eles e foram contidos pelos militares. O boletim de ocorrência foi lavrado e as vítimas passaram por exames para dar prosseguimento à investigação.

Diante da violência, ambos encerraram as férias antes e retornam a Cuiabá.

GD


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