Primavera do Leste / MT - Sexta-Feira, 21 de Novembro de 2025

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Vereador Luis Costa solicita a autoridades as blitz da Lei Seca em Primavera do Leste



Da Redação

A população de Primavera do Leste já presenciou várias cenas tristes de acidentes de trânsito por causa da bebida alcoólica. O jargão utilizado em muitas propagandas pela mídia de que “álcool e direção é uma combinação perigosa”, é ouvida cotidianamente, mas as cenas tristes de acidentes se repetem.

Na última sessão ordinária (25) o vereador Luis Costa (PR), novamente chamou atenção em seu discurso das autoridades competentes, sendo os órgãos públicos e as forças policiais, para que haja blitz da Lei Seca em nossa cidade.

“Parece que acidentes por causa do consumo de bebida alcoólica virou rotina em Primavera. Quando não há vítimas, os motoristas embriagados quebram o patrimônio público, ou postes, e até chegam a entrar com o veículo em comércio. E isso acontece por causa dos bêbados. É comum passar pelas avenidas de nossa cidade e encontrar pessoas consumindo bebidas e depois saírem dirigindo ou pilotando motos, é só passarmos pelas ruas mais movimentadas na segunda-feira e ver quantas garrafas jogadas nas ruas e calçadas”. Explica o vereador.

Luis Costa continua sua fala chamando atenção daqueles que ao consumir a bebida está premeditando um acidente, e podendo até chegar a matar uma pessoa.

“Eu já cobrei muitas vezes aqui, até em reuniões com o executivo, com as forças policiais, para que se façam blitz da Lei Seca, mas até agora não estou vendo nenhuma ação. Todos os anos a Câmara Municipal devolve parte do duodécimo, para ser aplicado na necessidade de serviços para a população, e o executivo fez um acordo para comprar dois novos veículos para a Coordenadoria Municipal de Trânsito e Transportes (CMTU), com parte do repasse, mas até agora nada. Peço mais atenção a nossa CMTU, para que faça serviços voltados para a nossa população em relação ao trânsito, como por exemplo, as blitz educativas, que por sinal, ainda não estão sendo feitas”. Indaga.

O legislador encerra sua fala dizendo que a aplicação das leis em relação ao trânsito prevê o pagamento de fiança, chegando a ser paga o valor de R$100 mil reais. Mas Luis Costa questiona: quanto vale uma vida?

“Precisamos dar mais atenção ao nosso trânsito. Qual é o preço de uma vida? A lei não pode ser leviana, tem que ser aplicada de forma severa e para todos independentes de raça e cor, de classe social, não importando sobrenome. Eu deixo aqui minha indignação sobre o trânsito de Primavera e espero que as pessoas tomem consciência”. Finaliza.



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Demarcação de terras indígenas em MT: após novos decretos, AMM e entidades vão ao STF cobrar segurança jurídica


Preocupados com o impacto das novas demarcações de terras indígenas em Mato Grosso, o presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, Léo Bortolin, levou a Brasília uma pauta de emergência em defesa dos municípios. Ao lado de representantes do agro e do Legislativo estadual, ele participa de reunião com o ministro Gilmar Mendes, nesta quinta-feira (20/11), feriado da Consciência Negra, no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a comitiva, os decretos publicados nesta semana geram insegurança jurídica para prefeituras, produtores rurais e para a economia de Mato Grosso.

 

As entidades questionam decretos assinados nesta semana pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que homologam a demarcação das terras indígenas Manoki, Uirapuru, Estação Parecis e Kaxuyana-Tunayana. Ao todo, são cerca de 2,45 milhões de hectares distribuídos entre Pará, Amazonas e Mato Grosso. Com essas homologações, chega a 20 o número de territórios indígenas confirmados desde 2023, de acordo com a Casa Civil.

 

Em Mato Grosso, as novas demarcações atingem diretamente áreas produtivas nos municípios de Diamantino, Campos de Júlio, Nova Lacerda, Conquista D’Oeste e Brasnorte. Prefeitos e produtores já vinham manifestando preocupação com o avanço de processos de demarcação e revisão de limites territoriais. “O que está em jogo em Mato Grosso não é um debate abstrato. São prefeituras que podem perder parte importante da receita de uma hora para outra, sem tempo de adaptação e sem diálogo. Os prefeitos estão inseguros, os produtores apreensivos. Nosso pedido é por segurança jurídica e previsibilidade”, afirma o presidente da AMM, Léo Bortolin.

 

Em cidades como Brasnorte, a ampliação da Terra Indígena Manoki atinge propriedades rurais consolidadas e pode reduzir de forma significativa a base de arrecadação do município. O prefeito de Brasnorte, Edelo Ferrari, destaca o impacto direto nas contas públicas e nos serviços prestados à população. “Se essa ampliação for mantida, o município vai perder arrecadação e ter que cortar serviço. Não estamos falando só de fazenda, estamos falando de escola, saúde, estrada. Para Brasnorte, o prejuízo é enorme e muito difícil de reverter”, aponta o prefeito.

 

Para o presidente da Aprosoja Mato Grosso, Lucas Costa Beber, muitos produtores rurais foram pegos de surpresa pelos decretos de demarcação. “Tem assentamento, área com CAR e famílias que estão há muitos anos na mesma região. O produtor olha para o decreto e pensa: tudo o que construí está em risco? Isso é uma insegurança jurídica enorme”, avalia.

 

Vilmondes Tomain, presidente da Famato, ressalta que a pressão não recai apenas sobre o setor produtivo, mas também sobre os gestores municipais. “Essas áreas não são só números em mapa. São municípios inteiros tentando manter serviço público funcionando, enquanto produtores se sentem vulneráveis com medo de perder o patrimônio de uma vida. Precisamos de responsabilidade e equilíbrio”, diz.

 

A deputada estadual Janaína Riva avalia que o diálogo com o ministro Gilmar Mendes é essencial para levar a realidade mato-grossense ao centro do debate no STF. “O ministro foi receptivo e conhece o estado. Quando explicamos que um município pode perder até 20% de receita, fica claro que não se trata apenas de discutir limites, mas de discutir a continuidade dos serviços para a população”, afirma a parlamentar.

 

Como encaminhamento, ficou definido que, já na próxima segunda-feira, a AMM e as demais entidades envolvidas irão se reunir para protocolar uma ação com o objetivo de suspender todos os processos que tratem de novas demarcações ou remarcações de terras indígenas envolvendo Mato Grosso, tanto na esfera administrativa quanto na judicial. A intenção é garantir segurança jurídica até que haja maior clareza sobre critérios, procedimentos e impactos para os municípios e para a economia do estado.

 

Participaram da reunião com o ministro Gilmar Mendes o presidente da AMM, Léo Bortolin, o deputado estadual Eduardo Botelho, a deputada estadual Janaína Riva, o prefeito de Brasnorte, Edelo Ferrari, o presidente da Aprosoja Mato Grosso, Lucas Costa Beber, e o presidente da Famato, Vilmondes Tomain.

Assessoria


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