Primavera do Leste / MT - Domingo, 23 de Novembro de 2025

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PM é preso por disparos durante briga em show e interrompe apresentação de Gusttavo Lima em MT



Um policial militar foi preso na madrugada deste sábado (4) depois de fazer disparos na abertura do show do cantor Gusttavo Lima, em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá. De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, o soldado Raimundo Henrique Leal dos Santos, de 22 anos, se envolveu em uma briga generalizada no local e fez vários disparos para o alto, interrompendo o show. O soldado e outro policial, que o prendeu, ficaram feridos.

Em nota enviada ao G1, a assessoria do músico disse que com 1 hora e 25 minutos de show o cantor Gusttavo Lima foi alertado sobre alguns disparos e, por segurança deixou o palco, pedindo para que sua equipe fizesse o mesmo.

A caminho do hotel, Gusttavo foi informado que não houve vítimas fatais no incidente.

“Saímos de casa para levar alegria às pessoas, fico indignado com este tipo de atitude. Me senti confortado por saber que ninguém perdeu a vida”, declarou o cantor na nota.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que o músico, enquanto se apresentava, percebe os disparos e sai do palco. A organização do evento disse que os policiais entraram armados no festival porque tinham porte de arma.

Outro policial, identificado como major Roosevelth Oliveira Escolástico, de 38 anos, deu voz de prisão ao soldado, que resistiu ao ser abordado e acabou baleado na perna pelo major. Os dois policiais estavam de folga e assistiam ao evento.

O show era uma das atrações do ‘Festival Rebouças’, marcado para a noite de sexta-feira (3), era realizado no Parque de Exposições Wilmar Peres de Farias, na zona rural de Rondonópolis.

Segundo o boletim de ocorrência, iniciou-se uma briga durante o show do cantor Gusttavo Lima. O soldado Raimundo deu um soco no rosto de outra pessoa que participava do evento, que não foi identificada, e então uma briga generalizada começou no local. Essa pessoa teria quebrado uma garrafa na cabeça do soldado, momentos antes da confusão.

Raimundo sacou a pistola e fez diversos disparos para o alto, provocando pânico e correria no local. O major disse à polícia que estava no evento com a mulher, a filha e um casal de amigos. Eles tentaram se proteger e se deitaram no chão, assim como outras pessoas que estavam próximas ao soldado.

O major afirmou que passou a acompanhar o soldado, que andava entre as pessoas segurando a arma em uma das mãos. O soldado foi até a área externa do show, no estacionamento, quando foi abordado pelo major.

Sem saber que se tratava de um policial, o major deu voz de prisão ao soldado. Neste momento, conforme a PM, Raimundo sacou a arma e deu um tiro que acertou de raspão a perna do major. O major, por sua vez, atirou na perna direita do soldado, que caiu no chão.

Os seguranças do show apareceram, tomaram a arma do soldado e o imobilizaram. Os dois policiais foram levados para atendimento médico no Hospital Regional de Rondonópolis.

O soldado disse à Polícia Civil que não participava de nenhuma briga e que fez os disparos depois de ser agredido. Ele afirmou que foi atingido por uma garrafa na cabeça, caiu e começou a ser agredido por um grupo de pessoas. Para interromper as agressões, o militar disse que disparou para o alto.

Prisão

Ao G1, a assessoria da Polícia militar declarou que está acompanhando a situação do soldado. Conforme a PM, os dois policiais atuam em Rondonópolis, sendo que um atua no batalhão e outro no comando regional.

O soldado está preso e é acompanhado pelo Comando Regional da PM. Segundo a assessoria da PM, o soldado já prestou depoimento na Polícia Civil. O major é ouvido na manhã deste sábado na mesma delegacia. Um procedimento para apurar os fatos foi aberto pela PM e outra pela Polícia Civil.

Fonte: G1 Mato Grosso



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Casa demolida sem ordem judicial: morador de 45 anos perde moradia após ação da associação do Assentamento Vale Verde


O drama vivido por Ronildo Cardoso Ventura, 45 anos, morador há mais de 13 anos no Assentamento Vale Verde, tomou proporções alarmantes após a demolição completa de sua residência no último sábado, dia 22. A ação foi realizada sem qualquer ordem judicial, utilizando — segundo testemunhas — recursos financeiros da própria associação de moradores.

 

A demolição foi autorizada pelo presidente da associação, Eliseu Barbosa Souza, que afirma que Ronildo estaria em débito com a entidade e, por isso, teria concordado em devolver o imóvel e o lote. No entanto, a defesa de Ronildo sustenta que nenhum processo judicial existe e que o documento apresentado pela associação não possui reconhecimento em cartório.

 

Há ainda um agravante: Ronildo afirma que assinou o papel sob efeito de álcool, sem plena consciência do conteúdo, e que o documento foi levado até ele por um morador conhecido como Madrugada. A situação levanta questionamentos sobre a validade e a legalidade desse suposto acordo.

No dia da demolição, uma pá carregadeira teria sido contratada com dinheiro da associação, demolindo completamente a casa onde Ronildo viveu durante mais de uma década. Desde então, ele está desabrigado, vivendo de favor em casas de amigos e vizinhos.

 

Sentindo-se ameaçado e injustiçado, Ronildo registrou boletim de ocorrência e conta agora com centenas de assinaturas de moradores que confirmam seu histórico e sua permanência no local. Os documentos serão encaminhados às autoridades na tentativa de reverter o que seus apoiadores classificam como uma violação flagrante de direitos.

 

O caso expõe um embate delicado dentro do assentamento e levanta preocupações sobre abuso de poder, coerção, insegurança jurídica e violação do direito à moradia — princípios protegidos pela legislação brasileira.

 

As investigações devem avançar nos próximos dias, enquanto Ronildo tenta reconstruir, ao menos emocionalmente, o que perdeu em minutos.


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