Primavera do Leste / MT - Terca-Feira, 02 de Dezembro de 2025

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PM é preso por disparos durante briga em show e interrompe apresentação de Gusttavo Lima em MT



Um policial militar foi preso na madrugada deste sábado (4) depois de fazer disparos na abertura do show do cantor Gusttavo Lima, em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá. De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, o soldado Raimundo Henrique Leal dos Santos, de 22 anos, se envolveu em uma briga generalizada no local e fez vários disparos para o alto, interrompendo o show. O soldado e outro policial, que o prendeu, ficaram feridos.

Em nota enviada ao G1, a assessoria do músico disse que com 1 hora e 25 minutos de show o cantor Gusttavo Lima foi alertado sobre alguns disparos e, por segurança deixou o palco, pedindo para que sua equipe fizesse o mesmo.

A caminho do hotel, Gusttavo foi informado que não houve vítimas fatais no incidente.

“Saímos de casa para levar alegria às pessoas, fico indignado com este tipo de atitude. Me senti confortado por saber que ninguém perdeu a vida”, declarou o cantor na nota.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que o músico, enquanto se apresentava, percebe os disparos e sai do palco. A organização do evento disse que os policiais entraram armados no festival porque tinham porte de arma.

Outro policial, identificado como major Roosevelth Oliveira Escolástico, de 38 anos, deu voz de prisão ao soldado, que resistiu ao ser abordado e acabou baleado na perna pelo major. Os dois policiais estavam de folga e assistiam ao evento.

O show era uma das atrações do ‘Festival Rebouças’, marcado para a noite de sexta-feira (3), era realizado no Parque de Exposições Wilmar Peres de Farias, na zona rural de Rondonópolis.

Segundo o boletim de ocorrência, iniciou-se uma briga durante o show do cantor Gusttavo Lima. O soldado Raimundo deu um soco no rosto de outra pessoa que participava do evento, que não foi identificada, e então uma briga generalizada começou no local. Essa pessoa teria quebrado uma garrafa na cabeça do soldado, momentos antes da confusão.

Raimundo sacou a pistola e fez diversos disparos para o alto, provocando pânico e correria no local. O major disse à polícia que estava no evento com a mulher, a filha e um casal de amigos. Eles tentaram se proteger e se deitaram no chão, assim como outras pessoas que estavam próximas ao soldado.

O major afirmou que passou a acompanhar o soldado, que andava entre as pessoas segurando a arma em uma das mãos. O soldado foi até a área externa do show, no estacionamento, quando foi abordado pelo major.

Sem saber que se tratava de um policial, o major deu voz de prisão ao soldado. Neste momento, conforme a PM, Raimundo sacou a arma e deu um tiro que acertou de raspão a perna do major. O major, por sua vez, atirou na perna direita do soldado, que caiu no chão.

Os seguranças do show apareceram, tomaram a arma do soldado e o imobilizaram. Os dois policiais foram levados para atendimento médico no Hospital Regional de Rondonópolis.

O soldado disse à Polícia Civil que não participava de nenhuma briga e que fez os disparos depois de ser agredido. Ele afirmou que foi atingido por uma garrafa na cabeça, caiu e começou a ser agredido por um grupo de pessoas. Para interromper as agressões, o militar disse que disparou para o alto.

Prisão

Ao G1, a assessoria da Polícia militar declarou que está acompanhando a situação do soldado. Conforme a PM, os dois policiais atuam em Rondonópolis, sendo que um atua no batalhão e outro no comando regional.

O soldado está preso e é acompanhado pelo Comando Regional da PM. Segundo a assessoria da PM, o soldado já prestou depoimento na Polícia Civil. O major é ouvido na manhã deste sábado na mesma delegacia. Um procedimento para apurar os fatos foi aberto pela PM e outra pela Polícia Civil.

Fonte: G1 Mato Grosso



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Empresa vence na Justiça e derruba lei que proibia mototáxi por aplicativo em Primavera do Leste


Justiça suspende lei municipal que impedia transporte remunerado por motocicletas via app, alinhando-se ao entendimento do STF sobre livre iniciativa

 

A juíza Lidiane de Almeida Anastácio Pampado, da 4ª Vara Cível de Primavera do Leste, concedeu liminar em mandado de segurança à Maxim, aplicativo internacional de viagens e entregas, suspendendo os efeitos da Lei Municipal nº 2.430/2025, que proibia de forma absoluta o transporte remunerado individual de passageiros por motocicletas intermediado por aplicativos.

A decisão, do dia 24 de novembro, impede que a Prefeitura aplique a nova lei para restringir ou impedir as corridas realizadas via moto pela Maxim, bem como proíba a atuação da plataforma na cidade. A magistrada reconheceu que a norma municipal extrapolava a competência do Município e contrariava a legislação federal de mobilidade urbana, além de ferir princípios constitucionais como as livres iniciativa e concorrência.

A lei vetada previa multa ao condutor, em dobro na reincidência, e à plataforma, apreensão da motocicleta utilizada, suspensão do direito de requerer autorização para atividades de transporte por até dois anos, e até a interdição da operação da empresa no município. Na liminar, a Justiça determinou que o Município de Primavera do Leste se abstenha de aplicar essas sanções, de impedir o exercício da atividade econômica da Maxim relacionada ao transporte privado por motocicletas e de impor qualquer restrição com base na referida lei.

A decisão segue a linha do entendimento já consolidado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que considera inconstitucionais leis que proíbem ou restringem a atividade de transporte privado individual por motoristas cadastrados em aplicativos, por violarem a livre iniciativa, cabendo aos municípios apenas regulamentar e fiscalizar o serviço, e não impedir sua existência.

“Essa liminar é uma vitória não só da Maxim, mas de todos os motociclistas que trabalham de forma honesta e dependem do aplicativo para sustentar suas famílias. A Justiça reconheceu que não se pode simplesmente proibir um tipo de transporte que já está previsto em lei federal. Vamos continuar ao lado dos nossos parceiros e dos passageiros, oferecendo um serviço acessível, seguro e dentro da legalidade”, destacou Fernando Alves, gerente do escritório da Maxim no município.

Fonte: Hipernoticia


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